Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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Até recentemente o plástico era considerado um lixo sem impacto significativo na saúde humana. Sabíamos, claro que tem uma durabilidade elevada, cerca de 500 anos, a não ser que tenha características de biodegrabilidade.
Infelizmente, recentemente, foi verificado que este tem sido depositado no meio ambiente em quantidades elevadas, a tal ponto que existem já “ilhas de plástico” a flutuar no mar. Adicionalmente, tem-se verificado que com o tempo este se vai degradando, ou seja, rarefazendo, ou desfazendo em pedaços cada vez mais pequenos até ser um pó finíssimo. Esse pó pode ser então absorvido pelas plantas e depois os animais, comendo as plantas, absorvem também esse plástico microscópico. Sem surpresa, a comunidade médica está já preocupada com o facto de existir este pó nos corpos humanos, facto que pode levar a problemas vários de saúde e mesmo provocar a morte.
Em resumo, parece ser muito importante, por um lado, evitar o uso excessivo de plástico e, por outro, zelar pela reciclagem de todo o plástico possível que possamos utilizar no nosso dia à dia. E sem dúvida, podemos reutilizar todos os plásticos para os quais nos seja possível identificar uma próxima utilização possível, atendendo ao nosso tempo disponível e às exigências dos nossos dias mas também ao princípio superior de garantir um futuro com as mesmas condições de qualidade ambiental como as que possuímos hoje.
Fica também a ligação para descarregar a App StayAwayCovid:
Eu ando pelas escadarias de cristal - embaixo o mar – Um navio de velas brancas e dourado o mastro vejo singrar. Ponho as paredes de minha casa de vento e pó O meu limite é o Universo - não estou só. Lá fora gritam os homens, cantam os pardais, passos distantes no horizonte descansam em paz. E ao por do sol, a bênção desce como orvalho, chuva e neblina E para dormir recito as preces de menina.
Apanhem todos os átomos do infinito; com eles vou construir sino, melodia, canção.
É forte e viva a alma que não se dobra e só entende a linguagem do coração.
NOTA: apenas texto, sem formatação especial de texto.
Passavam pelo ar aves repentinas O cheiro da terra era fundo e amargo, E ao longe as cavalgadas do mar largo Sacudiam na areia as suas crinas.
Era o céu azul, o campo verde, a terra escura. Era a carne das árvores elástica e dura, Eram as gotas de sangue da resina E as folhas em que a luz se descombina.
Eram os caminhos num ir lento, Eram as mãos profundas do vento Era o livre e luminoso chamamento Da asa dos espaços fugitiva.
Eram os pinheiros onde o céu poisa, Era o peso e era a cor de cada coisa, A sua quietude, secretamente viva, A sua exaltação afirmativa.
Era a verdade e a força do mar largo Cuja voz ,quando se quebra, sobe, Era o regresso sem fim e a claridade Das praias onde a direito o vento corre.
Atualmente, temos uma qualidade do ar muito superior à que tínhamos em Fevereiro de 2020, sendo que tal se deve, infelizmente, ao motivo que certamente todos nós conhecemos.
Esta alteração tão importante pode ser uma justificação para pensarmos em hipóteses que podem ser muito interessantes, em concreto as seguintes:
Será possível detetar alguma oscilação na alteração da temperatura média global?
Será possível detetar alguma oscilação no número de casos de cancro do pulmão e outras doenças cuja justificação mais habitual tem sido a poluição atmosférica?
e
3. A sociedade terá comportamentos emocionais diferentes no futuro?
Desejo que desta tragédia de saúde seja possível retirar algo de positivo, que suplante o sofrimento a que se tem assistido.
E para esquecer esta realidade, convido-vos a conhecer:
1. A Oliveira de Moução, perto de Abrantes, que é a mais antiga de Portugal (2º Lugar do Concurso Árvore Portuguesa do Ano 2020). Uma bela árvore com um tronco tão grande que já tem uma abertura central, através da qual podemos ver o céu através dela! Muito bonito!
e
2. A Canforeira de Bencanta, que poderá ser a maior da Europa (3º Lugar do Concurso Árvore Portuguesa do Ano 2020). Uma árvore com uma casca muito rugosa que quase nos faz lembrar a pele de um monstro imaginário…
Partilhem estes resultados. Subscrevam o blog. Obrigado.
Hoje é o Dia Mundial da Arte... Algo que que nos faz bem e que nos ajuda a sonhar. Por estes dias, Artistas e quem Apoia os mais necessitados, devem ser apoiados também, pois todos eles nos ajudam a viver melhor, sobretudo agora. Obrigado.
Fica a informação que a Feira do Livro de Lisboa será em finais de Agosto e inícios de Setembro. Podem confirmar em: www.apel.pt
Partilhamos um poema de Jorge de Sena "Uma pequenina luz"
Uma pequenina luz bruxuleante Não na distância brilhando no extremo da estrada Aqui no meio de nós e a multidão em volta Une toute petite lumière Just a little light Una picolla, em todas as línguas do mundo
Uma pequena luz bruxuleante Brilhando incerta mas brilhando aqui no meio de nós Entre o bafo quente da multidão A ventania dos cerros e a brisa dos mares E o sopro azedo dos que a não vêem Só a adivinham e raivosamente assopram
Uma pequena luz, que vacila exacta Que bruxuleia firme, que não ilumina, apenas brilha Chamaram-lhe voz ouviram-na, e é muda Muda como a exactidão, como a firmeza, como a justiça Brilhando indeflectível Silenciosa não crepita Não consome não custa dinheiro Não é ela que custa dinheiro Não aquece também os que de frio se juntam Não ilumina também os rostos que se curvam Apenas brilha, bruxuleia ondeia Indefectível, próxima dourada
Tudo é incerto, ou falso, ou violento: Brilha Tudo é terror, vaidade, orgulho, teimosia: Brilha Tudo é pensamento, realidade, sensação, saber: Brilha Desde sempre, ou desde nunca, para sempre ou não: Brilha
Uma pequenina luz bruxuleante e muda Como a exactidão como a firmeza, como a justiça Apenas como elas Mas brilha Não na distância. Aqui No meio de nós Brilha