Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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Finalmente Junho, o Dia da Criança e a proximidade renovada do Verão, em Portugal… que saudades.
Este mês apresentamos alguns poemas, um desenho e um primeiro poema em 3D, para ser visto com os óculos próprios. Uma novidade que esperamos que gostem.
TERRA FERIDA por Simone Genari (Brasil)
A terra ferida, reclama sua vida
Tomaram-lhe o pulso,
Seu ar ficou escuro e seu olhar turvo
Abriram-lhe as chagas, roubaram-lhe a alma
Sufocaram sua voz, secaram sua foz
A terra ferida reclama sua vida
Em seu sonho há geleiras, tundras e cerrados
Se recorda dos lagos e dos verdes prados
Já não caem lhe as lágrimas, já não enxerga a beleza
Seu pranto seco causa-lhe dor e tristeza
A terra ferida, reclama sua vida
A esperança se foi assim como os rios
Só sobraram seus filhos e seus desvarios
No fio da sua vida entre tantos aparatos
Os filhos aguardam, sentindo-se ingratos
Ela suspira em vão, respira por aparelhos
Desfalece no chão, tem seus olhos vermelhos
A terra ferida, reclama sua vida
Ela que jovem, foi cortejada em verso
Só queria em seu sonho permanecer no universo
Febril e com suor escorrendo na testa
Ela se agarra aos minutos que o destino lhe empresta
A partir do espaço, a terra é um pequeno ponto de luz azul. Somos um pequeno grande nada, a esperança feita vida. Claro que a maioria de nós apenas teve a possibilidade de ver esse azul em ecrãs de televisão ou computador... ou em uma fotografia num livro. Todavia, acende-se no peito uma emoção estranha, quando nos deparamos com essa imagem.
Esse estado de espírito não nos prende, ainda assim, e somos tentados a olhar em redor, para o universo: para o profundo desconhecido que vai além da nossa imaginação, que nos impõe, as suas cores, as suas químicas, as suas leis da física, as suas vidas.
Enquanto a nossa ação em terra nos faz pensar, dadas as reações da natureza, sob a forma de inundações, tufões e fogos florestais enormes, o universo mantém-se uma "terra" de oportunidades. Até mesmo a literatura parece ter a obrigação de não repetir os erros do passado; tudo deve ser melhor.
A natureza do universo serve-nos de musa para mais este concurso literário. E mesmo um romance de Nicholas Sparks parece ser diferente se pensado nesse contexto imenso e cósmico. Tão impossível quanto um amor dito impossível, tão impetuoso como a vida no meio do nada...
É neste contexto que, com grande alegria, anunciamos o início do Concurso Internacional de Literatura "Natureza 2018-2019", que este ano vai de 15 de outubro de 2018 a 15 de dezembro de 2018. Em 1 de fevereiro de 2019 são anunciados os pré-finalistas e no dia 28 de fevereiro de 2019 os principais vencedores.
Pode a poesia sobreviver a um universo que parece ser tão avesso à vida? O que temos nós a dizer sobre algo que nos é ainda tão desconhecido? Haverá alguma ligação, alguma comparação, que possamos fazer com a nossa realidade terrestre? Como pode surgir a ciência na literatura neste nosso contexto? Tudo isto é um desafio e nos faz pensar. Acima de tudo, deve ser visto como uma ação de boa disposição e alegria: um exercício de escrita entre amigos.
Todos(as) são bem vindos(as).
Detalhes do Regulamento 2018-2019:
1. A participação neste concurso é gratuita.
2. Qualquer pessoa de qualquer país pode participar desde que submeta trabalhos escritos em português.
3. Cada participante pode enviar um poema, sem limite de palavras, e um conto, com um máximo de 3000 palavras.
4. As obras devem ser enviadas por e-mail para Rui M. (ruiprcar@gmail.com) juntamente com nome, país, contacto eletrónico. O assunto do email deve ser "Concurso Literário Internacional 'Natureza - 2018-2019'". Espaçamento entre linhas: espaçamento simples; Dimensão da letra: 12; Tipo de letra: Calibri; textos no corpo do e-mail e não em ficheiro.
5. Os autores participantes concordam em receber e-mails no futuro que tenham como objetivo principal divulgar futuras iniciativas literárias. Devem subscrever o blog (caixa no topo).
6. Os finalistas vencedores de primeiros prémios têm direito a um certificado digital.
7. Todos os poemas selecionados serão publicados em antologia, que estará disponível em formato PDF (possibilidade de existir no Windows), com um custo de 2,5 € (pagamento de uma doação pelo PayPal). Os autores premiados têm direito a uma versão gratuita.
8. Direitos do autor: os autores têm seus direitos sobre os trabalhos publicados, a fim de publicar como quiserem em qualquer outro lugar. A organização do concurso detém direitos totais sobre os trabalhos publicados no contexto da Antologia do concurso.
9. Prazo final para participação: 15 de dezembro de 2018.
10. Pré-finalistas anunciados em 1 de fevereiro.
11. Os resultados finais serão anunciados no dia 28 de fevereiro em http://contosdasestrelas.blogs.sapo.pt e, quando possível, em outros websites a indicar no futuro próximo.
12. O primeiro de cada categoria terá direito a um prémio: obra de arte (uma pintura A4) enviada pelo correio.
Membros do júri: [Lista não definitiva]
A) Edweine Loureiro (Brasil - Japão) Escritor Brasileiro radicado no Japão. Premiado internacionalmente.
B) Membro da Universidade de Lisboa (Portugal) Anónimo.
C) Karina I. (Brasil) Escritora premiada internacionalmente.
D) Membro da Universidade de Lisboa (Portugal) Anónimo. Formação em Astrofísica.
Esta sombra encarnada de sangue agarrada aos passos desta gente é agora sofrimento bumerangue um vai e vem da dor que se sente
É sofrimento do tamanho do céu caído nas cinzas que se respiram cobrindo as almas com um véu dos corpos que daqui partiram
E é de lavaredas este interior terra acesas no peito dos que a sentem gritos ouvidos dos vales até à serra na suplica a Deus que os afugentem
Aí fogo queimado para sempre aceso aí chuva semente de sangue corrente trás tu a liberdade a este povo preso ao trauma do corpo e de alma doente
E que de ti se construa nova esperança levantando a sombra que lhe dá o corpo renascida natureza que o sentir alcança sol e terra semente de vida pelo morto
E que dessa dor de incêndio profundo se salvem as grandes pedras brancas como pombas de esperança no mundo fechando as portas da dor com trancas
On ira écouter Harlem au coin de Manhattan On ira rougir le thé dans les souks à Amman On ira nager dans le lit du fleuve Sénégal Et on verra brûler Bombay sous un feu de Bengale
On ira gratter le ciel en dessous de Kyoto On ira sentir Rio battre au cœur de Janeiro On lèvera nos yeux sur le plafond de la chapelle Sixtine Et on lèvera nos verres dans le café Pouchkine
Oh qu'elle est belle notre chance Aux milles couleurs de l'être humain Mélangées de nos différences A la croisée des destins
Vous êtes les étoiles nous somme l'univers Vous êtes un grain de sable nous sommes le désert Vous êtes mille pages et moi je suis la plume Oh oh oh oh oh oh oh
Vous êtes l'horizon et nous sommes la mer Vous êtes les saisons et nous sommes la terre Vous êtes…
Em Português:
Vamos ouvir a área de Harlem de Manhattan Vamos corar chá nos bazares em Amman Vamos nadar no leito do rio Senegal E vamos queimar em Mumbai sob fogo de Bengala Vamos raspar o céu abaixo de Kyoto Vamos sentir a batida do Rio no coração de Janeiro Vamos levantar os olhos para o teto da Capela Sistina E vamos levantar os nossos copos no café Pushkin Oh quão bonita ela é a nossa oportunidade Mil cores do ser humano Misturando as nossas diferenças Na encruzilhada do destino Vocês são as estrelas Nós somos o mundo Tu és um grão de areia nós somos o deserto Tu és de mil páginas e eu sou a caneta Oh oh oh oh oh oh oh Voçês estão no horizonte e nós somos o mar Vocês são asestações do ano e nós somos a terra Vocês são ...