Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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Antes de mais, aqui uma breve nota sobre o desaparecimento de Pedro Sobral, Presidente da APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros): https://www.publico.pt/2024/12/21/sociedade/noticia/ciclista-morre-atropelado-belem-lisboa-condutor-fuga-2116533
Uma situação que nos deixa a todos constrangidos e chocados, relembrando que Lisboa não ainda uma cidade verdadeiramente segura para ciclistas. Aliás atualmente o número de automóveis a circular é enorme, não se verificando uma sua redução que seria bem-vinda tendo em conta as alterações climáticas.
Em momentos do ano como este, o consumismo é mais evidente e dele resultam alguns desperdícios, tais como papel de embrulho rasgado e comida em excesso, ambos acabando no lixo. Assim, a prenda do Natal que se sugere para a nossa mãe natureza é a reciclagem destes produtos e de preferência a sua existência.
É interessante verificar como uma bela caminhada nos dias anteriores ao Natal permitem não apenas falar com pessoas, como ainda evitar a emissão de fumos de automóveis. Não será possível reinventar a nossa vida no sentido de fazer mais perto aquilo que fazemos habitualmente e que implique deslocações longas?!
Hoje publica-se o seguinte poema que contém um toque de proximidade humana, a qual nos é tão sublinhada nesta época. Assim, aqui fica...
"É dar tempo ao tempo, para o ser" por Aurora Sueli
Tudo começa num sim!
A roda gira em torno de abraços.
Sementinhas dançam no jardim,
Formam círculos, decoram espaços.
Fluência colorida, de nascimentos,
Ganham formas lindas, variadas.
São campos de perder a vista, alentos,
Peregrinos somos, de faces pintadas.
Adereços naturais, energia, depuração!
Descalça, comungo uma tal intensidade,
De ser, parte do todo, união…
De ser, parte de mim, integridade.
Tamanha é, essa fabulosa beleza,
É luz, é clareza, é sabedoria, é nascer.
É ter um colo de amor na incerteza,
É dar tempo ao tempo, para o ser.
É beber de vida em cálice de ouro,
Aquela magia divina, transcendente.
É ter a céu aberto o mais lindo tesouro,
Natureza, és casa, és colo, és onipotente.
Votos de Feliz Natal a tod@s leitor@s com muita saúde, paz e literatura.
Sucede que hoje vamos ouvir um pouco de música Eslovaca tradicional, verificando que até parece que as vestes dos músicos ficam bem com o frio da neve…
Atualmente, e em oposição ao calor dos fogos florestais, surge o frio extremo apontado como um exemplo de alterações climáticas. E na realidade, eventos climáticos extremos, tanto de calor como de frio, parecem ser evidências deste fenómeno.
Embora não percebamos a letra, o vídeo aparenta alguma boa disposição e vale a pena também por isso mesmo.
Temos também aqui dois poemas do Concurso Literário Natureza de outros anos.
Folklórny súbor Kolovrat Nitra-Šťastné a pokojné sviatky.
Dois poemas da Antologia Natureza 2021:
“Tempo”, por Priscila Carvalho (Brasil)
Tempo Já não sei a hora de levantar Você já me acorda antes Entrou em mim e te faço parte Me orienta Determina Aperfeiçoa Já sigo sabendo que de você tenho a certeza Dos milésimos de segundos Que não posso desperdiçar Mesmo se tiver que esperar Por que a te notar tempo Te percebo A cada detalhe que me traz A vida que se abre E por te ter seguem as batidas do meu coração por isso mesmo incerta De até quando te terei Sigo sem me preocupar com você Por te entender, já é cura.
“Pequenas observações” por Noi Soul (Brasil)
Ao observar a natureza, folhas, flores, céu, nuvens, terra, ar… Percebo o quanto tudo pode estar em perfeita harmonia! A junção da mão divina com a mão humana pode ser esplendora e radiante... Se soubermos cultivar! É como se a vida tivesse sentido de ser! O sol que queima minha face… As flores que perfumam o meu dia… A terra que sustenta os meus pés… Os pássaros que tocam aos meus ouvidos… As folhas que bailam pelo ar… As pessoas dançantes que brilham e dão brilho a todo este ambiente coberto de natureza e gente! Tudo parece se explicar, de repente! As palavras ecoam pelo coração e pela alma: ainda há tempo de se aventurar ainda há tempo de salvar a vida ainda há tempo de sonhar ainda há tempo antes da despedida!
A sugestão amiga do ambiente de hoje é tentar, uma vez, a cozinha vegetariana, utilizando ingredientes locais e da época. É uma sugestão e um desafio.