Dia de Portugal, de Camões, e das Comunidades Portuguesas
por talesforlove, em 10.06.19
Um soneto de Luís Vaz de Camões
Alegres campos, verdes arvoredos,
claras e frescas águas de cristal,
que em vós os debuxais ao natural
discorrendo da altura dos rochedos;
silvestres montes, ásperos penedos,
silvestres montes, ásperos penedos,
compostos em concerto desigual,
sabei que, sem licença de meu mal,
já não podeis fazer meus olhos ledos.
E pois me já não vedes como vistes,
E pois me já não vedes como vistes,
não me alegrem verduras deleitosas
nem águas que correndo alegres vêm.
Semearei em vós lembranças tristes,
Semearei em vós lembranças tristes,
regando-vos com lágrimas saudosas,
e nascerão saudades de meu bem.
Uma fotografia de mangerico em plena Feira do Livro de Lisboa:
Até breve.