Um poema em tempos de Outono
Em tempos tão ativos por questões de proteção ambiental, fica um poema.
Nuvens
Longos brancos partilhados
Partículas tão belas quanto frias
De sentimentos neutros recortados
Tais quais de violoncelos e melodias
Por vezes, o vento forte leva-as…
E estende-as, estende-as, alonga-as, alonga-as… estica-as… prolonga-as… dispersa-as……
Até que o sopro é o horizonte
E sem porto por lá se ficam, noutra margem…
Que de sonhos se veste.
Existem pessoas para as quais a vida é um jogo nulo,
A cada nascer do dia, um por do sol,
A cada nascimento, uma morte,
A cada olá, um adeus,
A cada confissão, uma incompreensão,
A cada soletrar, um desencantar.
Mas, a cada mão que se toca, nova vida.
A cada desencanto, um novo recanto
A cada canto, renovado encanto
A cada sofrimento, um ensinamento
A cada circuito partido, um porto amigo
A cada mentira, uma defesa em gota cristalina
A cada silêncio, uma melodia
E a cada dor, amor
Para cada folha em branco, poema
Por cada estrela, calor
A cada soletrar, um partir sem pena
As nuvens são neutras, não sentem,
E assim, são mais felizes que tristes,
Porque ser neutro é estar no meio.
Uma livraria em Bucarest:
Editura ART Creativ Bucureşti | Facebook
Partilha-se igualmente uma App amiga do ambiente:
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Até breve.