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Contos das Estrelas

Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)

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Capítulo II

por talesforlove, em 20.02.22

Bom dia, apresenta-se de seguida o Capítulo II do conto ainda sem nome.

 

Capítulo II

 

Abandonei o Parque Eduardo VII meio atarantado, ou melhor, totalmente atarantado, porque já conseguia imaginar as flores de jacarandá que inundariam de violeta e perfume aquele espaço e depois me levariam, tal qual em hipnose, até Julho e Agosto, meses em que o calor transformaria tudo por ali em algo sobrenatural pois o meu corpo parece então levitar como se perdesse a sua essência de matéria. Talvez isso se chame encantamento, encanto, sonhar acordado ou sentir a eternidade. Todo este sentir inundou-me e caminhei pela Avenida da Liberdade abaixo sem me libertar deste estado de alma.

As plantas nos canteiros reverdeciam naquele silêncio e leve brisa que se ouvia naquele local, quase fantasmagoricamente, quase além do que eu poderia julgar possível sentir. Algumas folhas mais arredondadas pareciam recortar o espaço em seu redor, de uma forma tão completa que eu olhava ainda melhor, até ver um breve recorte ao longo dos seus limites, umas nervuras no meio delas e assim naqueles detalhes seguia caminho. Os pequenos lagos de pedra com águas azul-cinza e reflexos do céu entre as copas das árvores, sobretudo plátanos, emanavam beleza, aos meus olhos. As pequenas estátuas, com a sua silhueta humana, davam um pouco de normalidade aquele espaço. E eu continuava a andar, sempre ao mesmo ritmo, sempre decidido.

A Rua dos Fanqueiros chamava-me como uma praia a um veraneante que sente saudade do mar azul, após um ano de ausência. Talvez seja por causa de saber que Cesário Verde andou por ali a fazer poemas nos intervalos da sua vida, mas ainda assim tornando esses intervalos tão grandes (ou tão intensos) quanto todos os outros momentos que viveu. Terá sido um acaso ou não, mas ele sempre foi recordado pelos intervalos e não pelas grandes partes do seu tempo e não se sabe como ao chegar a outro poeta, Fernando Pessoa, acabou por se levar mais longe, ou melhor, levar mais longe o que fez enquanto a pele que assumiu. E assim, entre estes factos e aquela paisagem urbana, comecei a ficar menos consciente do tempo despendido a olhar tudo em redor, sem mais preocupações. Os azulejos, sempre em padrões diferentes, pareceram-se ser como quadros num museu, feitos para serem vistos ali e num determinado contexto, e no seu todo serem ainda assim algo mais. Não. Pareceram-me ser olhos do passado que me espiavam enquanto o meu caminho se colocava à minha frente tal qual uma qualquer vereda de um bosque, exatamente com o mesmo nível de ruído daquele local… O piar de um pombo acordou-me ou concentrou-me nestes pensamentos, que importa, se ali havia a liberdade de então acreditar no que quer que fosse. Eu era um seu irmão daquele dia, uma pedra que teimava em andar em ser um símbolo do incompreensível, só que ninguém estranhava, afinal nenhum daqueles instantes seriam uma realidade previsível há poucos meses atrás, afinal a humanidade ou o mundo não haviam mudado nada, apenas haviam vestido outras roupas… Nada de significativo aos olhos daquelas aves era diferente e por isso elas se comportavam como há centenas de anos atrás. Mãe natureza porque não me segredaste ao ouvido este dia sem igual?!

Perdi-me por ali, entre aquelas ruas que mais pareciam ser uma só entidade, de tão irmãs se afigurarem ser, e talvez por isso o meu espanto tivesse sido maior quando parei junto de uma montra de Alfarrabista e Livreiro, ali naquela rua que parecia tão igual às demais, sem gente, sem máscaras, sem o caminhar sobre as calçadas, sem sons humanos, onde se respirava medo sem sentido, enigmas de morte. Arrepios de vida e luz. A disposição dos livros expostos fazia lembrar uma constelação de estrelas que brilhavam sem sessar a uma cadência muito suave, meiga, tal qual a esperança de normalidade que simbolizavam dentro de mim; afinal eles estavam onde estariam mesmo sem este vírus anómalo que havia criado para nós esta variante de vida, circunscrita por temor. E, todavia, não me queria vacinar contra esta esperança de respiração quente e húmida, ali plantada naquele horizonte de vidro, sílica roubada ao pó milenar.

Nada detinha o meu olhar sempre a procurar o que o coração não queria ver ou não julgava ser visível. Ali no campo superior direito, reluzente, uma luzinha brilhava refletida sobre o vidro entre mim e um livro, como se ele, pendurado num fio translúcido fosse uma estrela ali parada que eu podia ver de um lado e quase do outro, com as suas cores a mudarem… um pouco mais amarelo, um pouco mais laranja, um pouco mais de uma tonalidade e ali lia o título em letras maiúsculas claras sobre o fundo mais escuro. Além, um pouco a meio, surgia outro livro um pouco mais rosa e também brilhante, porque a sua capa era suposta refletir a luz. Cada um deles uma história e um empenho de alguém que se sentou um dia a escrever algo que lhe parecia fazer sentido existir. Duvido que algum deles tenha simplesmente existido e não tenha sido algo mais que uma confissão dessa sucessão de factos, cada um deles deve ter transformado a vida de alguém e terá transformado algo físico algo que ninguém imagina. Há um segredo em cada história que se conta e este pode ser consciente para o contador ou contadora ou não o ser de todo, talvez ninguém saiba que ele existe ali, mas estou convencido que sim. Mistério. O mistério das páginas de um livro que se abre é sempre o mesmo que o contido nos dias de uma vida, gémeos, pedaços da mesma realidade na qual queremos como se um malmequer se tratasse… E entre aqueles blocos de papel, tais quais bolos mil-folhas, a absorção de luz que criava aquela escuridão profunda digna de um universo infinito, do tamanho dos nossos sonhos, estendia a sua mão e eu seguia-a, cego de tudo aquilo em meu redor, naqueles olhos de ausência de luz, sentia um amor de letras e veludo, tudo ali era um eco de sonar vinda a Primavera que haveria de vir.

E talvez mesmo exista um segredo em cada Alfarrabista, porque afinal se não houvesse esse sentimento profundo por explicar, porque existiria esse alguém a vender, a perpetuar, livros que estariam esquecidos e dados como mortos. Talvez o segredo seja o amor de alguém. Amor pelo livro, pela história, pelo momento, e até pelo segredo que nos leva a procurar uma “chave” naquela história que ali ficou redigida. Há uma ligação, pensei e foi então que o São Pedro lançou umas gostas de chuva que me fizeram limpar o cabelo, a face e um pouco a montra com o cotovelo. Olhei para dentro com cuidado, pela escuridão. Não havia ninguém. Ninguém que eu conseguisse ver, afinal passado um pouco, ouvi o som agudo e estridente de uma ave, voltei-me para o céu, como reflexo e quando volto a encarar a montra, qual o meu espanto quanto vejo um minúsculo ponto de luz a mover-se, por poucos segundos, lá longe entre o breu profundo.

Pequenas formas pareciam estar entre aquele fundo negro, mas não separadas dele, como se nelas o cinza quase negro, suplantasse o negro total, ou como se um reflexo no limite do espectro do visível ali existisse e eu não me apercebesse. Sem dúvida, quem vai a Lisboa e não pode ver uma montra clássica como esta não conhecerá a verdadeira essência da cidade, aquela não é um pedaço de história recuperado para fins turísticos, provavelmente diferente do seu eu profundo original, apenas uma semelhança oficial, mas sim a própria história viva e trazida do passado para o presente, sem interrupções.

O passar breve do reflexo prateado do vulto de uma gaivota pelo vidro escurecido fez-me viajar ao passado próximo. Eu entrava naquela mesma loja de livros e olhava alguns livros sem sequer os tocar, quase com medo de os danificar, pela sua delicadeza imaginária. O cheiro a papel antigo, ali concentrado em grandes quantidades e bem como o mobiliário cor mogno e cerejeira, com contornos tão dignos de um museu quanto alguns dos livros, conferia uma áurea misteriosa que apenas me podia fazer sonhar imediatamente. Afinal, era como se o livro sobre o Robinson Crusoe estivesse enquadrado no tempo que o fez nascer… Não era apenas o livro que era antigo, era também a sua casa, o seu papel, o seu “respirar”. Se o manuseasse seria quase como se me intrometesse no seu tempo e, de se certa forma, estabelecesse uma afinidade com outra realidade, outra dimensão física. O simples facto de conceber a hipótese de o retirar dali seria e de saber que, entretanto, outros livros antigos ali chegariam, era como se aquele local fosse uma estação de viagens no tempo, sem fumos, tal qual a estação de um comboio elétrico.

No chão algumas silhuetas de pessoas em movimento no passeio e pós isso o meu olhar, a cruzar-se com elas além do vidro transparente. Som de sapatos na calçada branca portuguesa, misturada com o som dos automóveis em propagação distorcida pelo fumo de automóveis com motores diesel e outros, e o autocarro enorme, como um mostro, perseguido pelo elétrico solenemente nos seus carris, sempre leais ao seu espaço no meio da estrada.

Claro que durante aqueles dias, não sentia nada de especial em tudo aquilo, aquele tudo era mesmo o dia-à-dia, uma forma de estar que nós assumíamos como garantida. Mas, hoje, agora, neste instante sinto-me tão burro que nem sei descrever: não soube aproveitar toda aquela azáfama com tanto de positivo para conhecer e partilhar numa realidade sempre mais profícua que uma qualquer realidade 3D. Falha humana. Miopia. Sem me deter aquele mundo do tamanho de uma cidade sem proprietário poderia ter sido meu, das cores de trepadeiras primaveris, cheiros de bolos a fugir pelas portas de restaurantes cujas receitas desconhecia, a beber olhares do tamanho de oceanos, vidas do tamanho do turismo feito de alegria pela crença de um desconhecido sempre libertador, sempre digno de um respirar fundo, tão fundo que nos levaria a uma cratera submarina, entre as algas ondulantes em florestas aquáticas, tão irreais quanto esta minha descrição de um tempo perdido, que não fui capaz de ler. Perdoa-me tempo que deixei dependurado nas minhas recordações. A minha ignorância impedia-me de saber o que fazia.

Ao sair dali, fui em peregrinação para o Jardim da Estrela, em passo apressado de peregrino que sente ao longe o seu local de adoração e as figuras que lhe tocam o coração, neste caso as árvores com a sua altitude esquia e ramos a apontar para o céu. Mas, até lá chegar havia que descer aquela rua e depois subir aquela outra. Entre elas separação um calafrio de esperança e desvario, uma libertação que era doce e ácida, partilhando o espaço de um mesmo instante. Fuga, contemplação, cada árvore uma amiga e naquele jardim com nome de vida que persiste, nem um livro cumprido, apenas promessas de histórias.

Quase no início o Cinema Ideal, também fechado, e logo após, à esquerda, tive de olhar ao fundo porque ouvi ou não, não esperem que eu confirme o que não sei, a tal voz, vem, dizia-me e eu para onde, pensei. Parei senti um calafrio e desci até ao primeiro cruzamento um pouco mais abaixo. O rio pareceu mais próximo, e estava, mas a voz não e depois subi para regressar ao meu caminho, mas questionei-me por estar a dar sentido real a vozes imaginárias ainda que todo aquele percurso me fosse agradável, como se visitasse um amigo. Talvez esse amigo fosse aquele pó seco de inverno que se elevava lentamente pelo meu pé ter raspado naquele chão milenar. Ali havia mais movimento para além do meu.

 

 

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Até breve.

 

Primeiro capítulo de conto [ainda] sem nome

por talesforlove, em 15.01.22

Tal como referido há algum tempo, aqui fica o início de um conto, o qual será dividido em pequenos capítulos. Ainda não tem nome.

 

Capítulo I

 

Sentia-me algures, não sei onde, porque o calor dos lençóis era tal qual o do meu corpo. Não sabia bem, éramos indistintos e, quase sem saber eu aguardava e ansiava por um som que me embalasse, ainda que eu não tivesse consciência disso. Era aquela harmonia, bom, às vezes pouco harmoniosa, que me acordava ou ajudava a acordar já lá iam alguns meses. Em finais de Novembro podemos dizer que nada acontece, mas em Março, quando a ouvi pela primeira vez, a Primavera despontava e aquelas notas, então pouco encadeadas e até, na verdade, bastante desafinadas, pareciam mais algo que existia para me torturar logo pela manhã, e quando digo pela manhã, digo pelas 6 horas da madrugada, durante meia hora, antes que a autora daquela música tivesse de sair para mais um dia de trabalho, ao qual se antecederia, fatalmente, mais uma hora e meia de viagem, em transportes públicos e a pé por ruas sempre apinhadas de gente mas também frias, no sentido em que não eram mais que um obstáculo até ao seu destino final, ainda que o caminho fosse por vezes turístico, não se sentia dessa forma porque, o turista terá de se assumir enquanto tal… e ela era apenas uma pessoa “em trânsito” até ao local de trabalho e nem este nem o trajeto até ele, eram da sua livre escolha.

Não era só a ela que eu sentia a urgência de procurar mas a toda uma vida que pandemicamente se havia esvanecido. Como se me segredassem ao ouvido um suave e longo procura-me. A vida ganhava estrutura de personalidade humana, palpável, com uma identidade que eu não conseguia entender. Um frio agudo percorreu o meu palato, os pés enregelaram, a porta bateu sem razão aparente e eu senti um medo benévolo, dominador da minha alma. Restava-me obedecer e predispor-me a buscar.

Nesse dia de Novembro um vazio profundo fez-me revirar na cama. Sem me aperceber, o tempo transformou aquela música num sustenido da minha vida, que me levava mais além do que era habitual. Sentia-a como aquele por do sol que não esquecemos, vestido de cores que cria em nosso redor que são as mesmas dos sonhos, ou aquele filme que gostamos de rever, porque há sempre mais que ver que, algures no tempo, admitimos que não vimos aquele detalhe, ou também aquela conversa de café que foi muito mais do que algo vazio, pois dissemos o que realmente precisávamos de dizer, saindo pela boca o peso que tolhia a nossa alma, ou ainda aquele passeio pelo bairro, que apaziguou tudo, porque ali tão perto tivemos esse TUDO, que, afinal, nunca sabemos bem o que é. O sustenido é uma elevação de meio tom a uma nota da escala musical, é, portanto, ir além do que seria de esperar e torna-se difícil perceber como isso foi possível. Há uma magia discreta, que para quem não percebe nada de música, se torna difícil de entender, mas não é de estranhar, se não fosse assim não seria magia, porque entender algo parece ser despojar esse ago de toda a magia.

O vento levou algumas folhas pelo ar e uma bateu na minha janela. Pensei que era o início de mais uma sessão de órgão ou piano… mas não. Depois ouvi o som de uma gaivota a piar e pensei que a tempestade a trouxera para ali. Levantei-me de sobressalto e fui à janela. Um dia meio enublado, com uma chuva miudinha aqui e ali e eu percebi que aquele não era um dia normal. E isto era estranho porque não estávamos em época de férias, ainda ontem ao final do dia havia visto chegar a vizinha do piso de cima, a autora daqueles concertos matinais. Pelo contrário, as férias perderam a sua razão de ser, porque a pandemia que nos invadiu em Março de 2020, subverteu os conceitos de descanso, saúde e de trabalho, nunca mais percebi bem o que era mais importante porque afinal tínhamos tudo por garantido e tudo deixou de o ser sem qualquer aviso prévio.

8 horas da manhã, e saí de casa. Levei uma sandes de manteiga vegetal comigo e corri até ao carro. Segui os meus instintos que me levaram até uma pequena rua não muito longe do Parque Eduardo VII. Sabia que ela gostava muito de parar por ali quando, ao final de um qualquer dia de verão, o sol escapava entre as folhas das árvores e com ele o calor que completava todos os espaços em nosso redor e nos fazia mais felizes sem o sabermos, como se pudesse existir uma boa história sem ação e sem que tivéssemos consciência que rigorosamente tudo é passageiro e, na realidade, aqueles momentos são eternos porque nos fizeram sentir bem e é isso que conta, sobretudo quando num dia qualquer nos socorremos da sua memória nos nossos corações.

Andei um pouco com passos vagarosos, quase a fazer lembrar um fantasma, de tão leve e suspenso em pensamentos me encontrava, e subi um pouco pela calçada Portuguesa, vindo do Marquês, optando pela faixa da direita olhando para os bancos de madeira nus e as árvores perenes despidas e as caducifólias sempre verdes, de um verde oliva por vezes negro. A inclinação da subida não me detinha, eu estava decidido, a respiração acelerava sem eu me aperceber e ao olhar na direção da Estufa Fria, não via ninguém e isso absorvia o meu discernimento, nada mais podia fazer, seguia em frente. Um pouco mais acima decidi subir à direita pelo relvado, sem me deter até encontrar a estrada de terra e ao olhar em frente vi-a, sentada no banco ao fundo, a olhar para as copas e de braços estendidos e mãos apoiadas uma na outra, quase sobre os joelhos; parecia imóvel.

Aproximei-me, o som de pequenos pedaços de ramos e folhas secas pareciam denunciar-me e eu sustinha a respiração, não que eu desejasse ser uma surpresa, mas porque não queria perturbar aquele quadro quase inesperado, quase idílico. Tudo me parecia surreal. Eu sustinha o mais profundo ímpeto do meu ser, até que ela olhou para mim e eu me sentei junto dela; nada pareceu inesperado.

Olá, disse-lhe e ela respondeu por aqui. Sim, e tirei a máscara, deixando-a pelo queixo, despi também a máscara dos meus sentimentos e sobretudo dos meus medos e puxei instintivamente a máscara dela para baixo, apenas um pouco, para eu a beijar de uma forma tão plena de novidade quanto aquele era mesmo o nosso primeiro beijo. Ela não disse nada, apenas sorriu encantadoramente, cúmplice, e eu voltei a colocar as máscaras no lugar. Ficas bem, perguntei e ela respondeu que sim.

Após o olhar feito de calor, parti, aquele dia era um dia de busca pela nossa vida passada e agora reinventada. A voz interior que chamava por mim, continuava a fazer-se sentir. Segui, contornando o Pavilhão Carlos Lopes, subi até ao Jardim da Amália e desci logo depois para voltar a dirigir-me para a Avenida da Liberdade.

 

[Continua]

 

Até breve.

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