Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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Por não haver tempo para mais, porque têm surgido situações neste nosso planeta, com um tal ritmo que é impossível escrever tudo o que todas elas têm de relevante para a temática ambiental, centramo-nos hoje nas secas e nos fogos da América do Sul.
É um facto, fogos florestais descontrolados são hoje uma realidade visível em qualquer ponto do globo. Vejam-se as seguintes notícias relativas à América do Sul, com destaque para o Brasil, e a Floresta Amazónica em agonia, e Argentina.
Foi possível trocar algumas impressões com uma pessoa que vive no Rio de Janeiro. O incómodo motivado pelo clima mais quente e seco não é ignorado, aliás é motivador de elevado desconforto.
Não se trata apenas de uma simples mudança na realidade climática, a permanecerem estas alterações, é a própria relação das comunidades locais com o seu meio ambiente em transformação que é colocado em causa. Existe em todo este contexto uma dimensão de incógnita, podemos imaginar algo acerca do futuro, todavia podemos errar por muito. Certa é a desflorestação e os restos da atividade humana que não têm um destino “renovável” ou “reciclável”.
Na Europa não existe nenhum exemplo comparável à importância da Floresta Amazónica, também porque há muito a floresta nativa foi fortemente danificada. As parcelas preservadas são muito pequenas, pelo que não será possível aprender muito ao olhar para uma paisagem como esta. Os incêndios descontrolados em Portugal e na Argentina foram mesmo quase em simultâneo…
Vamos continuar a acompanhar a realidade ambiental na América do Sul.
Terminamos com a poesia profunda de André Ramos e um excerto de um poema por Cleber Arantes, que nos questiona sobre a natureza (in)finita da humanidade.
“Ser?”, por André Ramos
Ser? Serei sempre que me receberem com exaltações de alegria...
Não ser? Matei a sede a fim de chegar à superfície
Quem é Homero ao luar não sabe o que perde
Viver só vive aquele que morre para a vida
Para quê referenciar coisas que ninguém entende?
Referencia apenas o teu estado de espírito!
Criticar? Critico aquele que com o mais se critica
Criar? Não sei, pois se tem criado em demasia
Aliar a crítica à criação! Ser humorista
que com aquela se opõe a direita à esquerda! Génese imperfeita da democracia
Falar com tons de ironia, soar bem apenas em poesia
Figurar corretamente se com isso formos reis em Belém do Oriente e não dos lusíadas.
Hoje apresentamos um poema, por Patricia Campos, que nos fala do universo; os seus encantos por descobrir, os seus pontos de luz, os seus espelhos de águas estelares, enquadrados nas quatro fases da lua… mistérios. Depois olhamos para o Pantanal no Brasil, recentemente a sofrer, e muito, o impacto das alterações climáticas. Uma tragédia imensa. Finalmente, um adeus temporário a Coimbra, com uma música renascida da música tradicional Portuguesa, através do Projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”. No vídeo musical, é possível identifica uma guitarra Portuguesa de Coimbra, pois tem uma lágrima no final do seu braço, e uma guitarra Portuguesa de Lisboa, que apresenta um caracol no final do seu braço. É uma música que parece representar também muito bem a causa ambiental, na qual a ação, ou a luta, surge primeiramente por convicções. Para quem não conhece Coimbra, será interessante ver o Rio Mondego, e visitar a Quinta das Lágrimas, de Dom Pedro e Inês, as Repúblicas de Estudantes, entre outros locais.
"Astrônoma", por Patricia de Campos (Brasil)
Expande o solar sistema Oito planetas na translação Especial é o espaço poema Gira no próprio eixo, rotação.
Vênus brilha, Estrela d’Alva Marte é o rochoso vermelho Esse Planeta Azul nos salva Água limpa, belo espelho.
Plutão, um dos anões Quatro fases da Lua, Asteroides, cinturões Veja o eclipse da rua!
O Sol, estrela mediana Troca lugar com a cheia Constelação, luz emana Que cada olhar leia!
Foguetes e satélites artificiais Estudo da origem do universo Onde haverá vida a mais? Aqui, a divagação vira verso.
Mas, como olhar as estrelas se o nosso planeta está a arder?!
Aqui algumas notícias com informação sobre a tragédia do Pantanal, no Brasil.
Em Portugal, por exemplo, na SIC Notícias: https://sicnoticias.pt/mundo/2023-11-17-Onda-de-calor-no-Brasil-resulta-em-mais-de-3.000-incendios-em-duas-semanas-8e70cd27
No Brasil, estas duas publicações, entre várias outras: https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2023/11/atipico-fogo-no-pantanal-em-novembro-assusta-e-cerca-moradores-em-meio-a-seca.shtml https://veja.abril.com.br/ciencia/pantanal-sofre-com-seca-mostra-estudo-sobre-a-regiao
Finalmente, recomenda-se o projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”, disponível em:
https://amusicaportuguesaagostardelapropria.org/
Entre várias músicas disponíveis fica esta LABUTA.
Labuta, significa trabalho em Português mais arcaico.