Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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O lobo é um predador em vias de extinção em muitos locais da Europa. Em Portugal o panorama não é diferente, mas não é só ele que está em vias de desaparecer, são também as comunidades rurais que com eles conviveram durante séculos: as compostas por pastores. No livro “Malditos histórias de homens e de lobos” de Ricardo J. Rodrigues, jornalista, faz-se um retrato desta relação de amor e ódio, quanto mais ódio quanto mais amor, em terras dos Lusíadas. “Tudo” começa com a oportunidade de ver um covil de uma alcateia no Gerês em local elevado, cercado de arbustos; um misto de mistérios, hormonas da excitação e curiosidade. Tudo como se não se tratasse de um local de chegada, mas sim um marco para uma jornada inesperada. E foi… Ao viajar na “companhia do lobo”, ou seja, tendo-o na nossa mente, descobrimos que afinal ele é um animal gregário e que toda a alcateia se une para salvar o lobo e loba alfa e sua prol, não vá a comida não chegar para todos e a alcateia desaparecer, vítima da fome. Hoje as autoestradas são verdadeiras muralhas, fronteiras quase intransponíveis que cercam tanto pastores como lobos e tudo isto causa estranheza, pois é como se numa via como esta, apenas interesse o ponto de partida e o ponto de chegada. As comunidades por onde estas passam são retalhadas e a “liberdade” de circulação se tornasse limitada. Em polos opostos homens e lobos, afinal no mesmo lado… A tal ponto que estes últimos, sente-se, se tornam tanto símbolos de medo como de identidade comum. Faz agora algum tempo que na TV ouvi a história do último lobisomem, alegadamente morto no Alandroal. Mais do que misticismo ou receio transformado em imaginação, parece que esta proximidade humanidade vs animal fez nascer uma criatura “nova”: realmente fonte de união entre os dois…
O sono profundo toma conta do meu ser; Vastos são os desejos que afloram no meu corpo ao fechar dos olhos; O véu da noite brilha radiante; como uma raposa do deserto, eu farejo os teus rastros, sinto a brisa fresca carregar o teu perfume por quilômetros sendo impulsionados pela poeira levantada do teu vestido de cor vermelho escarlate; Quando balanças teus cabelos e andas com teus passos largos, as flores em tua volta se envergonham com tamanha beleza e se escondem ofendidas; Tu não és musa, não és miss, muito menos princesa, mas o teu peso, a tua presença física e o teu poder sobre a natureza e os mortais te dão status de Deusa! No teu caminhar, até a tua sombra ganha vida, quando passas rente ao mar, o teu poder é sentido, deixando as ondas sem direção e longe da calmaria; Tu carregas em teus braços o segredo da sedução e da servidão, a magia das ilusões, a chama que aquece os corações dos puros, o sono dos amantes e a chave do que se chama amor! Tu atormentas os homens oferecendo desejos que jamais serão alcançados; Por que carregar tantos corações apaixonados no teu manto sagrado da perdição, se sabes que todos os homens jamais irão possuir o que querem de ti?
Amor à primeira vista
Real e lúdico ao mesmo tempo, energia paralisada; O mundo deixa os seus movimentos de rotação e translação para trás por alguns minutos; É o começo de uma vida a dois, sabendo que vai dar certo antes de acontecer; Troca de olhares cheios de mistérios e enigmas incompreendidos pela grande maioria dos seres vivos; Momento natural e único, eternizado com o doce sabor do tempo; Amor que já nasce com o tema de uma boa novela ou de uma bela poesia. Privilegiados, são os que sabem amar com o soprar do vento no rosto, com o calor crescente tomando conta do corpo sendo acompanhado de batidas aceleradas do coração. Amor a primeira vista, me perdoem os que nunca sentiram; confesso que é para poucos!