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Contos das Estrelas

Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)

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Do Amor ao Pantanal Brasileiro às Estrelas

por talesforlove, em 19.11.23

Nota introdutória: continua a decorrer o Concurso Literário Natureza África em https://contosdasestrelas.blogs.sapo.pt/concurso-literario-natureza-africa-157137

 

Hoje apresentamos um poema, por Patricia Campos, que nos fala do universo; os seus encantos por descobrir, os seus pontos de luz, os seus espelhos de águas estelares, enquadrados nas quatro fases da lua… mistérios.
Depois olhamos para o Pantanal no Brasil, recentemente a sofrer, e muito, o impacto das alterações climáticas. Uma tragédia imensa.
Finalmente, um adeus temporário a Coimbra, com uma música renascida da música tradicional Portuguesa, através do Projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”. No vídeo musical, é possível identifica uma guitarra Portuguesa de Coimbra, pois tem uma lágrima no final do seu braço, e uma guitarra Portuguesa de Lisboa, que apresenta um caracol no final do seu braço. É uma música que parece representar também muito bem a causa ambiental, na qual a ação, ou a luta, surge primeiramente por convicções. Para quem não conhece Coimbra, será interessante ver o Rio Mondego, e visitar a Quinta das Lágrimas, de Dom Pedro e Inês, as Repúblicas de Estudantes, entre outros locais.


"Astrônoma", por Patricia de Campos (Brasil)

Expande o solar sistema
Oito planetas na translação
Especial é o espaço poema
Gira no próprio eixo, rotação.

Vênus brilha, Estrela d’Alva
Marte é o rochoso vermelho
Esse Planeta Azul nos salva
Água limpa, belo espelho.

Plutão, um dos anões
Quatro fases da Lua,
Asteroides, cinturões
Veja o eclipse da rua!

O Sol, estrela mediana
Troca lugar com a cheia
Constelação, luz emana
Que cada olhar leia!

Foguetes e satélites artificiais
Estudo da origem do universo
Onde haverá vida a mais?
Aqui, a divagação vira verso.

 

Mas, como olhar as estrelas se o nosso planeta está a arder?!

Aqui algumas notícias com informação sobre a tragédia do Pantanal, no Brasil.

 

Em Portugal, por exemplo, na SIC Notícias:
https://sicnoticias.pt/mundo/2023-11-17-Onda-de-calor-no-Brasil-resulta-em-mais-de-3.000-incendios-em-duas-semanas-8e70cd27

 

No Brasil, estas duas publicações, entre várias outras:
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2023/11/atipico-fogo-no-pantanal-em-novembro-assusta-e-cerca-moradores-em-meio-a-seca.shtml
https://veja.abril.com.br/ciencia/pantanal-sofre-com-seca-mostra-estudo-sobre-a-regiao


Finalmente, recomenda-se o projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”, disponível em:

https://amusicaportuguesaagostardelapropria.org/

 

Entre várias músicas disponíveis fica esta LABUTA.

Labuta, significa trabalho em Português mais arcaico.

"LABUTA", por Criatura & Coro dos Anjos

Até breve.

Parte III – Cantinho da ciência: plantas, exoplanetas e robótica

por talesforlove, em 15.10.19

Recentemente, foi atribuído o prémio Nobel da física a investigadores responsáveis pelo estudo e descoberta de planetas externos ao nosso sistema solar. Adicionalmente, a par desta notícia, tem sido revelada diversa informação sobre o caminho que os investigadores desta área científica desejam seguir, por exemplo, a procura de pistas relativas a outros planetas com vida, observando dados relativos às suas atmosferas. Tal será feito com o recurso a potentes telescópios e procurando constituintes como oxigénio, hidrogénio e água, por exemplo. Faz sentido, em terra as plantas recorrerem a um açúcar, a glucose, para a sua construção, ora esta molécula é constituída por carbono, hidrogénio e oxigénio, possuindo a fórmula C6H12O6. Surge também a possibilidade de a vida poder surgir de várias formas, todavia, sem uma observação mais próxima, resistirá sempre a dúvida; é tudo um universo fascinante.

Recomenda-se a leitura das seguintes notícias:

https://www.dn.pt/edicao-do-dia/09-out-2019/cosmologia-e-descoberta-de-exoplanetas-ganham-nobel-da-fisica-2019-11380758.html

https://www.dn.pt/sociedade/o-mais-provavel-e-que-haja-muitos-outros-planetas-com-vida-9027670.html

Fica aqui também o desenho de uma molécula de glucose:

glucose.png

 

Sabemos que a origem da palavra desejo, no latim, significa o “movimento de uma estrela cadente”, depois eventualmente a “saudade de uma estrela cadente”, a quem pedimos algo, hoje significa o querer muito algo e, sem dúvida, estes cientistas querem muito “conhecer” mais. Para nós, para este blog, fica sempre a sensação que é necessário muito mais conhecimento sobre a própria atmosfera terrestre… para preservar e garantir futuras explorações espaciais mais conscientes. Uma visão holística do desafio da preservação ambiental parece ser fundamental.

Nos últimos dias, têm surgido notícias de novos fogos florestais na Califórnia, e com uma dimensão enorme, ao mesmo tempo que as novas tecnologias da inteligência artificial são aplicadas no estudo dos novos planetas. Assim, parece que estamos perante uma contradição pois se, por um lado, procuramos conhecer o espaço, por outro lado, não conseguimos garantir que preservamos o planeta terra, e nesta questão devem ser incluídos ainda os efeitos de várias guerras. É um longo caminho que fica ainda por percorrer.

Percebemos ainda que um dos primeiros passos da moderna aventura espacial começou lá atrás, quando em 20 de Setembro de 1519, Fernão de Magalhães partiu para a 1ª viagem de circum-navegação que procurava provar que o nosso planeta é redondo. Foi um processo de autoconhecimento, autoconsciência, humana, algo a ter em conta em diversas dimensões, por exemplo sociais, dado que partiram cerca de 250 homens, pelo que se sabe, e chegaram apenas 18. Ele conseguiu.

Fica a ligação seguinte, com música, história e poesia, sobre esta viagem:

Os 500 anos sobre o início da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães (parte II).|22 Set. 2019

https://www.rtp.pt/play/p302/e428819/musica-aeterna

 

Fica ainda o Fado de Carminho – “Meu amor marinheiro”

 

 

Quem sabe não faremos a primeira colheita de plantas no espaço, com vista para o nosso planeta terra?

Eventualmente, as primeiras viagens, com o propósito de semear e colher no espaço, sejam mesmo com tripulantes robóticos, tendo o acompanhamento humano a partir de terra. Uma hipótese que pode poupar recursos e vidas, ao mesmo que se alimentará a esperança da humanidade poder continuar a acumular um crescente conhecimento do universo e simultaneamente preservar este nosso planeta, sempre único, porque é o nosso verde lar.

 

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