A poesia de 1 de Junho
Hoje apresenta-se o Poema Primeiro Classificado da Edição 2020-2021 do Concurso Literário Internacional Natureza.
Por ser Dia da Criança poderemos ceder à tentação de crer que apreciar uma poesia é algo que, verdadeiramente, apenas só pode ser real se tivermos a nossa mente aberta ao que nos rodeia, no sentido inocente. Não é verdadeiro este ponto de vista pois o que está em causa pode ser também ler algo emocional que se assemelha a ler uma história, como em um livro de 300 páginas. Um pouco exagerada na dimensão a comparação, é certo, mas o que interessa mesmo é o que temos pela frente e o que é retratado.
Este poema é um pouco de romance, é um pouco de natureza, muito de ligação entre humanidade e essa natureza e conta-nos uma história, se a ela estivermos abertos. Existe liberdade e alegria nestas palavras que nos trazem asas de imaginação. Uma música de floresta cheia de vida.
O melhor será mesmo ler e perceber o que está em causa. Fica o convite!
O gaio por Teresa Barranha (Portugal)
É a segunda vez que um gaio espreita a minha janela.
É do mais incomum, ver uma ave tão bela,
que parece trazer, naquelas penas azuis,
um pedacinho de céu.
E será isso mesmo…
Terão decidido em convenção,
todas as aves que se escondiam dos homens,
mostrarem-nos que há outras paragens
onde nos podemos olhar sem medo.
Até ver o gaio, na minha janela,
o homem era seu predador
hoje, esta ave tão bela,
mostrou-me que se veste de amor,
com aquelas penas de céu,
onde ele e eu
partilhamos o sentido da liberdade.
Liberdade que nasce,
primeiro, nos pássaros,
que cresce com a nossa imaginação,
e voa, com o gaio na minha janela,
sem precisar de o ter na mão.
Uma fotografia apelativa da Primavera.
Apresenta-se em breve o segundo classificado.
Até breve.