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Contos das Estrelas

Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)

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Ártico

por talesforlove, em 31.12.22

Um poema por António Ártico (A.A.)

 

Trincheiras

 

Trincheiras da guerra e da paz

Trincheiras da mentira

Trincheiras da corrupção

Trincheiras da falsa investigação

Trincheiras da indiferença

Trincheiras entre a morte e a vida

Trincheiras entre o mar e a terra

Trincheiras entre o universo e seu reverso

Trincheiras entre a dor e o amor

Trincheiras entre mim e ti

Trincheiras

Trincheiras

Trin

.......cheiras

Perfume que cheiras

Nas pétalas entre as trincheiras

Flores e trincheiras

Odores de amores

Trincheiras entre todos

Trincheiras na floresta e no que dela resta

Trincheiras entre a comoção e a razão

Trincheiras entre aprender e sofrer

Trincheiras entre a corrupção e a purificação

Trincheiras na oração

Trincheiras

trincheiras

trincheiras

TRINCHEIRAS

As tuas

As minhas

As nossas

Trincheiras

Tão só as trincheiras

trincheiras

 

OKpara blog e postal.png

 

Até breve.

Mar em 2021

por talesforlove, em 16.04.22

Hoje partilha-se o poema que em 2021 ficou em 2o lugar no Concurso Natureza.

 

Lágrimas de Sereia por Regina G. (Portugal)

As sereias leves dos cabelos roxos,
róseos, azuis ou de brancura alvar,
dançavam, lascivas, nas águas do mar.
Lembravam medusas.
Inspiravam poetas.

Dos seus olhos vagos e ausentes
se, porventura, lágrimas corriam,
com as águas do mar se confundiam.
Sereias, quais musas,
inspiravam poetas.

Talvez seus olhos verdes, de videntes,
previssem desgraças que rondavam o mar-
“Mermaid tears”, que nunca iriam chorar.
Lágrimas rudes, obtusas,
que não inspiram poetas.

“Plasticus marítimus”, espécie invasora.
Quando incautos humanos a criaram,
provavelmente não imaginaram
sequelas escusas,
que não inspiram poetas.

 

Pérfidas, “falsas medusas” infestam o mar,
ostentando as cores mais diversas.
Tartarugas ingénuas, pelo mar dispersas,
ingerem-nas, confusas.
Choram os poetas.

Plâncton “Errante”, alimentas seres marinhos,
de protozoários “insignificantes”
a raias, golfinhos e baleias gigantes.
A nenhum te recusas.
Cantam-te os poetas.

Pródigo, a maior fonte de oxigénio do planeta,
tu, minúsculo plâncton, tão generoso,
infiltrado por um inimigo poderoso.
“Esférulas intrusas”!
Choram os poetas.

Em que mares nadarão hoje as sereias
que enlouqueciam os marinheiros com seu canto?
Em que mares lembrarão medusas,
com seus cabelos longos e olhares de quebranto?
Em que mares recordarão tempos de glória?
Quiçá em mares de lágrimas, do seu sentido pranto.

 

jardimEunice.png

 

Até breve.

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