Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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Hoje, porque estamos todos novamente de luto, pela morte da filha de Tony Carreira, a Sara Carreira, fica aqui uma partilha que embora já estivesse preparada para meados de Dezembro, ganha agora nova urgência, neste ano, ou melhor, nestes tempos, sem descrição possível.
Estaremos de regresso em meados de Dezembro. Por agora partilhamos o trailer do Filme "Listen", uma notícia muito recente, relativa ao Chef Ljubomir, e finalmente um trailer musical do Filme da Bela e o Monstro, porque trás também um sopro de esperança.
Faleceu na semana passada o Arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles, considerado um dos pioneiros da ecologia em Portugal. Partilha-mos aqui a descrição que existe na Wikipédia:
A ecologia, eventualmente mais que nunca, está no centro das atenções da muitos de nós, a tal ponto que mesmo a música reflete esse centro da nossa sociedade.
Veja-se o projeto "Sem Adubos" remistura por Miguel Torga (o DJ):
Trata-se de música eletrónica que tem uma letra relacionada com a preocupação ambiental. Outro músico que já se inspirou na causa ambientalista é M-Pex, sendo que não utilizou letra ou texto a palavra para esse efeito:
"A vida é como um cobertor demasiado pequeno. Puxa-se para cima e fica-se com os pés de fora, sacudimo-lo para baixo e ficamos a tremer de frio nos ombros; mas as pessoas bem-dispostas conseguem encolher os joelhos e passar uma noite muito confortável."
por Marion Howard
Esta afirmação, recheada de verdade, merece ser partilhada pois atualmente o optimisto é mesmo muito importante.
Fica um vídeo inspirador de Hauser "Alone, Together" ("Sozinhos, Juntos") porque a Humanidade já superou inúmeros desafios ao longo da história.
Agora, após o final de uma exposição sobre a Amazónia, surge uma exposição sobre a criação com a natureza, na Galeria das Belas Artes, da Faculdade de Belas Artes. Com multimédia, imersão e outras surpresas. Vale a pena. Sigamos em frente.
Fernando Pessoa também gostava de sentir a natureza e de escrever sobre a natureza, como se a recordasse ou se a quisesse manter junto de si. Fica aqui um exemplo, seguido de uma música acompanhada de um vídeo que nos permite ver algumas paisagens que bem podiam ter inspirado este poema.
De 13 a 15 de Setembro de 2019, pelos 40 anos da Cidade da Amadora (Área Metropolitana de Lisboa), decorre a IV Festa do Livro da Amadora 2019, na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, com entrada livre, das 10h00 às 23h00.
A Amadora tem uma forte ligação à cultura, não apenas literariamente mas sobretudo quando olhamos para a sua história, sempre próxima das artes visuais e da música. No que diz respeito às artes visuais, destaca-se o Festival Internacional da Banda Desenhada e as pinturas nas fachadas dos edifícios, veja-se o trabalho dos instagrammers @ana_gil_, @eyes.of.rita, @filipesj, @ritacordeiro, @voodoolx, @fesvicente e @silviabernardino. Transpira uma certa arte urbana, feita por artistas urbanos e ainda um olhar nostálgico, sobretudo respeitoso, dirigido a figuras do passado, como Fernando Pessoa e Amália Rodrigues.
Veja-se este link:
https://amadoraemfesta.pt/
Continuamos, entretanto, com a poesia de Rosemary B. (Brasil), com o poema:
CONTROLE
Como poderei ser uma árvore frondosa,
Se não reconheço minhas raízes?
Se não me identifico,
Com os primórdios da evolução,
Ou da criação?
Somos nação?
Salvem suas almas!
Perdemos o controle.
Ultrapassamos o tolerável,
E as mentes estão em combustão.
Onde demônios brincam de roda,
Com sedutoras dúvidas em forma de canção.
Fazem chacota com a história,
E enquanto engessam a geração.
Optam pela agonia do passado deplorável,
Lugar incômodo, mas reconhecido.
Acham melhor retroceder.
Os jovens estão divididos,
Entre os rumos variados do poder;
Delirando em imensuráveis sonhos.
Fechem seus olhos,
E entoem um louvor aos injustiçados mortos,
Uma música de ninar aos vivos cegos,
Ou a todos, uma simples e redentora oração.
Somos os novos camaleões,
Na camuflagem salvífica contra irreconhecíveis e sorridentes predadores,
Com dentes pontiagudos, clarificados a lazer.
Estamos caindo, alienados,
Aplaudindo na plateia deste circo de horrores.
Engolindo embalagens plásticas,
De coisas mortas,
De coisas prontas.
O quê estará por trás da porta,
Daquilo que somos induzidos a gostar?
Vamos compartilhar!
É legal, e o mal está na moda!
E a bola azul ainda flutua no vácuo,
Abafado e extremamente quente,
Suspensa pela mão invisível,
Para os que creem e os que também não.
Somos crianças numa imensa creche,
Mal educadas,
Deseducadas,
Nunca educadas,
Que por necessidade ou não,
Roubam o lanche do irmão.
A fome não é minha...
Só creio no que sai na mídia!
Os fatos não me importam,
A moda, as marcas e o controle absoluto sim.
São os objetivos da sociedade que evolui amorfa,
Adornando a própria sepultura,
Dos que se tornam estéreis,
Sem compaixão, sem “Rios Doces”, nem cultura.
Abaixo as singularidades!
Os ignorantes se cansam muito fácil.
O raciocínio exige demasiado esforço.
Deleguem nossas vidas à manipulação televisiva ou a qualquer outro.
Se tudo explodir, talvez seja melhor,
Não teremos que acordar cedo e ir trabalhar.
O que queremos são cinco segundos de fama,
Contudo, o tempo é escasso para tantos subterfúgios,
Encapsulados e sem sinapses,
Dos que não suportam, temem ou não querem se responsabilizar,
Pelo direito supremo do livre pensar.
Trata-se de um poema que mostra uma ligação profunda entre a realidade social e a ambiental.
Afinal, como garantir a continuidade de um consumo socialmente justificado, se não existir um
conhecimento técnico e social que permita a sua continuidade? Haverá forma sequer de o repensar,
sem criar feridas nas vidas humanas? Continuar a pensar e a viver, com o pano de fundo da degradação climática,
eis aquela que parece ser a realidade a ter em conta.
Para finalizar, apresenta-se um Trailer oficial do filme La La Land, a anunciar, para breve, um olhar mais profundo:
É com enorme prazer que informamos estar “concluída” a produção da Antologia Natureza 2018-2019.
A conclusão deste trabalho poderia nunca ser dada como real, dada a tamanha beleza dos trabalhos recebidos e selecionados e a inspiração por ela suscitada.
Este ano, a Antologia divide-se em Caderno 1 e Caderno 2, em quase 300 páginas de sucesso crescente.
Fica um abraço suave e incondicional, como o de uma árvore, tal qual a árvore e o amor na música seguinte:
“Ombra Mai Fu” (“Sombra nunca foi” ou “A árvore nunca foi sombra”) por Franco Fagioli.
E como estamos em Agosto, tempo de regresso a Portugal de imensos Emigrantes Portugueses, fica uma música de homenagem, com um vídeo realizado durante uma dessas viagens de regresso, por exemplo, a partir de França.
Finalmente, anunciamos os vencedores da Categoria Poesia, para a Edição 2018-2019 do Concurso Natureza.
Poesia:
“Vida ao vento” Bárbara Rocha de Brasil - 1º Lugar
“Submarino” por Renato TouzPin de Brasil - 2º Lugar
“Chuva” por Maria Catarina Canas de Portugal - 3º Lugar
Menções honrosas:
“CHAYA” por Anna de Freitas de Portugal
“Preservação da vida” por Cristina Cacossi de Brasil
“O Cosmonauta e o Poeta” por Paulo Caldeira de Brasil
“Dança das Flores” por Silvia Ferrante de Brasil
Parabéns a todos os vencedores e vencedoras.
O Concurso Natureza tem feito um percurso de reconhecimento dos autores e autoras que acreditam nesta aventura literária e sobretudo acreditam num mundo diferente, em que o ambiente e a sua preservação, por ser central para o nosso bem estar, tem um papel central nas nossas vidas, enquanto comunidade global.
Muitos trabalhos serão aqui divulgados, ainda que não premiados com primeiros lugares, assim os(as) autores(as) assim o autorizem. Até breve e boa escrita.