Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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As ruas ornamentadas de flores, na sua maioria artificiais, proporcionam uma oportunidade para fruir uma cidade salpicada de cor. Não há dúvida, que a Primavera finalmente chegou a Portugal!
Fica aqui também um poema da poetisa Karina Issa (Brasil). Este poema faz muito sentido na Primavera, porque nos fala de sementes de vida, de esperança, vislumbres de um futuro mais ecológico.
ALMA DE MÃE, por Karina Issa (2019, Brasil)
Tenho dois corações
Batendo em mim, existentes
Um, em meu peito,
Outro, em meu ventre,
Um em formação,
O outro experiente,
De muitas emoções vividas,
Mas de todas, sobrevivente.
Um, já calejado, vivido,
E outro, um tanto eloquente
À espera do momento oportuno,
Em que nutrirá outro ente,
Vindo de uma alma de mãe,
Germinando de uma semente.
Um pedaço especial de mim,
Que trago ao mundo como presente,
Uma entrega especial à vida,
Celebrando toda uma existência.
Ficamos também aqui com uma foto inspiradora, que nos mostra um horizonte de cor, um berço ameno.
A poesia, podemos dizer, tem algo a ver com a alimentação, na medida em que, em boa medida, é também um ato de saborear. Como curiosidade podemos ler o seguinte poema de Fernando Pessoa, em que “a alimentação surge como algo bebível”.
O livro “Desperdício alimentar” (Setembro 2018), por Iva Pires, fala-nos do lixo que criamos ao desperdiçar alimentação, muita dela em bom estado mas que perdemos por fazermos as más opções ou simplesmente por descuido. Muito curioso é referir a escassez e o aumento de preços que surge normalmente em épocas de crise ou convulsão, como a 2ª Guerra Mundial ou a recente Crise Financeira Internacional, ambas a fazer recordar, em parte, a situação que vivemos nos nossos dias com o Covid-19. Até ao momento não podemos dizer que já se tenha verificado um aumento generalizado de preços, eventualmente porque a pandemia ainda é recente ou porque o contexto é muito diferente.
Acresce que no livro ficamos a conhecer uma certa perspetiva das fontes ou causas desta realidade e verificamos que em 2010, 53,6 % deste desperdício, estava diretamente relacionado com as famílias… Ou seja, existe aqui algo em que todos nós podemos contribuir enquanto pessoas autónomas e livres. Podemos, quem sabe, imaginar de novo a nossa forma de cozinhar, por exemplo, e porque não, fritar umas cascas de batata bem lavadas? E quem sabe temperá-las com uma pitada de sal e pimenta? Imaginar de novo a nossa cozinha não tem de ser algo enfadonho, pode mesmo ser divertido! Outra sugestão será fazer iogurtes de sabores, com pedaços, se quisermos, e depois utilizá-los para misturar com chantili e rechear um bolo delicioso!
Não há dúvida que a alimentação é central nas nossas vidas, que nos permite viver biologicamente, e chega mesmo ao ponto de ser responsável por doenças se em excesso (obesidade) ou em defeito (avitaminoses). Todavia, mesmo antes de uma fruta ser comestível, podemos dizer que já nos alimenta, quando contemplamos um campo florido ou respiramos o oxigénio que as árvores frutíferas produzem. Em próxima publicação vamos olhar com algum detalhe para o ato de plantar uma árvore.
Ficam ainda dois poemas “saborosos” e uma imagem inspiradora.