Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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Hoje terminaram os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris. Foi muito bonito assistir a inúmeras provas de desporto a apelar à superação humana. Aqui fica o perfil do Comité Olímpico de Portugal no Instagram em #comiteolimpicoportugal
Publica-se também um poema do Concurso Natureza 2018/2019, por Vitor da Costa, poeta do Brasil.
ALÉM DA TERRA
Somos tão diminutos Seres microscópicos em um recipiente transparente Ciosos de nossa sabedoria convincente Mas, acima de nós, há um silêncio angustiante E indiferente Não sinto o chão de pedras Meus olhos fitam o céu e além O véu anil, as formas brancas Que moldam a imensidão que me convém Tenho acrofobia Todavia, voar era o que eu queria E explorar o teto infindável Onde os olhos sangrariam de prazer E temeriam o desconhecido Muito além das nossas utopias Nos atalhos esparsos, na superfície dos cometas Além, muito além dos solitários planetas E das definições do tempo O espaço morto que encobre a vida Tão vasto, tão casto Imaculado, absoluto Guarda os segredos da existência E as minhas inquietas dúvidas Se soubéssemos o tamanho da nossa pequenez A dimensão da nossa ignorância Desejaríamos, ao menos uma vez, Ser aquelas privilegiadas estrelas Que enxergam todo o universo Em apenas um verso.
Agora que despontam os Jogos Olímpicos, despontam neste blog os valores olímpicos como se de um novo ser vivo nascesse, mas não é assim, afinal os valores da Amizade, Respeito e Excelência são, desde sempre, os valores deste blog. São mesmo os valores de qualquer dos nossos concursos literários, por exemplo o atual ao nosso querido ator Ruy de Carvalho.
Fica aqui um conto original, a concurso no Concurso Literário a Ruy de Carvalho, 97 poemas e contos para 97 anos de vida (2024):
O MEGA-CONTO, por Carolina B.
O que vos irei contar agora, será algo que acredito que já saibam, mas que ainda não conhecem verdadeiramente. Este é um conto que não tem personagens principais ou secundárias, que não tem uma ação ou um espaço, propriamente. Este é o conto do teatro. E este conto irá mostrar-vos o que ele realmente é e o que representa. Às vezes olhamos à nossa volta e sentimos uma revolta interior, com guerras, corações destroçados, pessoas a morrer, crianças a chorar, não haver paz no mundo, a liberdade de expressão a ser roubada aos poucos, a fome, as injustiças do mundo. Olhamos para isto tudo e pensamos: “O que é que nos pode salvar? Como é que poderemos falar, e gritar as nossas angústias, ou mesmo as nossas alegrias?” A resposta é simples. Através deste conto, ou seja, através do teatro. Recentemente escrevi uma peça. O Homem da Blusa Laranja e a Mulher da Peruca Azul. Não se preocupem, não é nenhum tipo de publicidade. Ainda estou a escrever sobre teatro. Esta peça, por incrível que pareça deu esperança ao público. Deu a esperança de ainda haver igualdade entre todos, de a liberdade continuar a ser uma luta constante, de que o futuro não está perdido, e que mesmo 50 anos depois do 25 de abril, a liberdade continua a ser uma luta interminável. Uma luta pela qual o teatro nunca se irá render. NUNCA! Nenhuma geração seguinte ou passada poderá sequer desistir da cerne do teatro. A liberdade, a felicidade, a vontade de dançar depois de sairmos da sala de espetáculos, ou mesmo a vontade de chorar e de te agarrares à tua mãe, e pedires desculpa por tudo. O teatro é um conto, onde as personagens, sendo elas os atores/atrizes, técnicos, encenadores, diretores de cena ou o público, VIVEM! VIVEM O QUE VÊM! VIVEM INTENSAMENTE. Podem não o fazer na sua vida quotidiana, mas naquele momento, naquelas horas, ou minutos, em que estão noutro lugar, elas VIVEM. Sentem-se vivas, sentem que estão no mundo por um propósito. Por um propósito maior que eles. E isto refere-se a todo o tipo de teatro que estejas a pensar. Quando voltares ao mundo real, para por um pouco, e sente a energia deste conto. Repara ao pormenor no que é que o teu cérebro te diz: ele ainda está a refletir, a rir-se, ainda está fora da realidade, a absorver toda a informação. A partir do momento em que nos sentamos nas cadeiras fofinhas (ou não) de uma sala de espetáculo partimos numa viagem mental, com qualquer género de teatro. Seja autobiográfico, político, comédia, tragédia. Até diria que o teatro é um “mega-conto”. Uma expressão que acabei de inventar. O teatro é um “mega-conto” porque as personagens o leem com os olhos, com o cérebro, com as palavras, com os ouvidos e até mesmo com os cheiros. Um conto sensorial no fundo. Um conto que mexe e remexe no nosso interior. Seja ele qual for. Seja o coração, seja o estômago, seja o cérebro, seja o bichinho do teatro, como se costuma dizer. Este conto que vos conto é diferente de todos os outros que já ouviram falar. Pois este conto fala do conto-môr. O TEATRO! Agora pensem em tudo o que vos disse neste conto, e façam como se faz no teatro. Rir, chorar, refletir, pensar, e sobretudo VIVER. VIVER INTENSAMENTE.
Um poema ao vento de Agosto...
Poesia a ti Vento, por Rui M.
Cancro
Paz
Guerra
Luz
Seduz
Sorriso
Música suave
Pai, Mãe
Primavera, Verão
Maresia
Música do mar
Ondular e pradaria
Tudo o que queria…..
Alga, fitoplâncton
Profundezas, sonhos e framboesas
Alegria de viver
Sem medo de morrer
Som de piano, areal, baleal…
Mergulhar, vir à tona
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Ar…
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