Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
Subscrever por e-mail
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Hoje partilhamos um poema presente na Antologia 2018-2019:
Dança das Flores
Vejo flores ao vento num jardim imenso Elas dançam enlevadas por esse som que o vento faz Roçam-se, abraçam-se, enroscam-se e beijam-se E a melodia dos ventos, as deixam ficar cada vez mais unidas Bailam, contorcem, acariciam-se
Vislumbro outras flores com seus sonhos e seus momentos Esses, talvez, fiquem só na imaginação Só no desejo, só no olhar Porém existem e quem sabe, em seu jardim, até deixassem-se bailar
Aí, quando tudo vira calmaria e o vento silencia Cada uma retorna ao seu lugar, e serenas, buscam novas emoções
Quem sabe a chuva... A força da terra... Ou o toque de um beija flor
De facto, com a pandemia a natureza conseguiu respirar em Lisboa e uma eventual prova dessa realidade, é o facto de os animais eventualmente procriarem mais esta Primavera. Vejam-se os patos pequenos e os seus pais, logo nesta primeira fotografia!
Já podemos notar algumas pessoas no local e alguma descontração.
Hoje, fica aqui uma música (muito) calma: "Madrigal"
Actualmente, a preservação do ambiente está na ordem do dia, por um lado, a poluição e a destruição dos locais naturais onde os animais e plantas selvagens vivem (são os ecossistemas que constituem os habitats dos seres vivos), e por outro lado, o aquecimento global. Este último, tal como inúmeros estudos pretendem demonstrar, desde a década de 70 do século XX, resulta da acumulação de CO2 (dióxido de carbono; 2 átomos de oxigénio – O2 – e um de carbono – C) na atmosfera, devido à ação do homem, quando provoca a poluição da atmosfera, sobretudo pela queima de combustíveis fósseis.
Porque este fenómeno é sobretudo “visível” com a “observação” de um número considerável de anos, existem muitas pessoas que duvidam da sua existência, e mesmo da sua real causa. Por exemplo, a subida das águas do mar são um dos fenómenos mais apontados como prova; portanto, é bom perceber que já é uma realidade... o divertido, fascinante, para os(as) mais curiosos(as), é compreender como se prova este facto; é simples: existem estruturas, à beira mar, como o marégrafo de Cascais, que medem a diferença entre a “altura” das águas na maré cheia e na maré vazia, sendo o ponto médio o ponto “0” (zero) da altitude nos mapas, a partir do qual se mede a altitude das montanhas em terra... Ora, como este marégrafo começou a funcionar em 1882, sabemos que, até hoje, o nível médio do mar subiu cerca de 20 centímetros. A estimativa, até 2100, é que venha a subir mais um metro, aproximadamente.
Fascinante... é também saber que a comparação da temperatura actual é feita relativamente ao seu valor médio entre 1850 e 1880, pois são necessários 30 anos, no mínimo, para calcular valores “atmosféricos” fiáveis e, adicionalmente, são anos anteriores à Revolução Industrial, época em que a máquina a vapor revolucionou a produção fabril e os transportes, e com a sua utilização o consumo de carvão subiu muito, levando à 1ª grande libertação de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera, devido à atividade humana!
Não temos fotos originais do marégrafo mas, convidamos a uma visita virtual, fascinante, a partir da página da Câmara Municipal de Cascais:
Em Portugal, por exemplo, existe ainda outro na Figueira da Foz e, no resto do mundo, existem em inúmeros países.
Nota: para mais informação recomenda-se a leitura do livro “Reportagem Especial Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal”, de Bruno Pinto, Penim Loureiro e Quico Nogueira, editado pela primeira vez em Novembro de 2016.
Fica ainda uma fotografia noturna, no Jardim do Museu de História Natural de Lisboa: