Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Contos das Estrelas

Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)

Contos das Estrelas

Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Parte IV – Poesias

por talesforlove, em 15.10.19

Poesias por Viviane P. (Brasil)

 

SANS FOI NI LOI

 

Je crois en la vérité dite dans les journaux

Je me réveille et je seris dans la rue

Le coup de feu du voisin est le premier impact

Et combien d'autres en entendras-je encore ?

Non, ce n'est pas moi qui vais crier.

Pour mettre fin à cette violence

Je ne suis qu'un spectateur, parce que je n'ai pas d'arme.

Je suis juste un citoyen qui a peur de tout

Y compris les cris

Je ne peux même pas parler.

Mes paroles peuvent tuer aussi.

Oui, en fait je suis quelqu'un

Bien que cela ne signifie pas que je suis une personne

Je suis quelqu'un sans droits, sans garantie

Sans foi et sans empathie

Et, à mon désespoir total,

Face aux abus improbables de la vie quotidienne,

Je vais me taire devant tout !



SANS FOI NI LOI

 

Acredito na verdade dita nos jornais

Acordo e saio para a rua

O tiro da  arma do vizinho é o primeiro impacto

E, quantos outros ainda  vou escutar?

Não , não sou eu quem vai gritar

Para que parem com esta violência

Sou apenas expectador, pois, não tenho arma alguma

Sou apenas um cidadão com medo de tudo

Inclusive de  gritar

Nem falar eu posso

Minhas palavras podem matar  também.

É, na verdade eu sou alguém

Embora isto não signifique  que  eu seja uma pessoa

Sou  alguém  sem direitos, sem  garantias

Sem fé e sem empatia

E, para meu total desespero,

Diante do improvável abuso no cotidiano,

Eu me calo diante de  tudo! 

 

 

ANCESTRALIDADE

 

É bonito ouvir você

 defender seu candidato

E fazer um ultimato

Só porque não penso assim

Faz piada, ri de mim

Ameaça me matar

Degolar , me escalpelar

E se  eu trato de um fato

O  diferente desiderato

Faz a ancestralidade

De repente  aparecer

Quando o homem para viver

Matava o outro para comer

Hoje   é pouco diferente

Pois, eu vejo muita gente

Que mata por prazer

Põe a carne no seu prato

O couro no sapato

E segue a vida a viver

Esta vida que repete

O comportamento humano

Entra um século e saí um ano

 Tudo igual até morrer.

Morre a vida do sujeito

Feito o homem ancestral

Com uma lança bem no peito

E, eu pergunto , e o direito

De pensar o desigual?

Me permita lhe dizer

Mesmo sendo  diferente

Sou um tanto inteligente

Para saber o bem  e o mal

E, percebo  em seu jeito

que essa ancestralidade

Muito  mais do que maldade

É seu jeito de esconder

O tamanho de seu ser

Pequenino na essência

Cuja dor da existência

Não permite aceitar

O que a vida faz brotar

Na cabeça de quem sente

Que viver é acrescentar.

E, termino consciente

De ter feito da semente

Nova forma de pensar.

Pense bem, meu  bom amigo,

Pois, o outro não existe

É você, se me permite,

Do avesso a me olhar.

Pense em mim como em você

Já que estou   na outra ponta

Que você vai encontrar.

 

 

 

Cesário Verde (Portugal, 2ª Metade do Século XIX)

 

Aspiro um cheiro a cozedura, e a lar

E a rama de pinheiro! Eu adivinho

O resinoso, o tão agreste pinho

Serrado nos pinhais da beira-mar.

[…]

 

“Submarino” Renato TouzPin de Brasil - 2º Lugar do Concurso Natureza 2018-2019

 

Submergir do raso para o fundo.

Para longe do ficar ao acaso,

De braços bem dados,

Mergulhados com o profundo.

Banhar-me com águas-de-cheiro colhidas em jardins próximos aos corais mais coloridos.

Reconhecer que distante de mim,

Eu era desconhecido, seco, sozinho.

Catar conchinhas, pérolas e estrelas, no céu marino.

Pegar carona com golfinhos, pescar sereias, cavalgar cavalos marinhos.

Permissão a Neptuno para ali enamorar.

Para bons fluídos, a benção de Iemanjá.

Ao emergir, afobado, sentir saudades das guelras que davam-me ares,

E, com isso, emarasmar.

Entediar-me. Em minha ilha me isolar.

Agora, mesmo que contra correntezas e marés,

A favor de minhas ondas, irei remar.

E, para reproduzir, rio acima irei nadar.

Gerar vivas nascentes, quentes cores refratar.

Dar um tempo da mesmice.

No subconsciente, de cabeça, mergulhar.

Fazer dos mares meu quintal, dos oceanos o meu lar.

De uma vez por todas e enfim amarar.

 

Mudar da superfície.

Me aprofundar no mar.

Meu desejo mora lá.

Quero namorar.

Quero lá morar.

Sumir um pouco da terra.

Ir no mar morar.

 

Flor no Chão - Rafael Alvarenga – Brasil - Itatiaia, 04 de julho de 2015

Um poema vencedor, em primeiro lugar, no Concurso Natureza 2015

 

Achei uma flor

No chão.

Três pétalas lhe sobravam.

Pensei salvá-la.

De que?

Voltei pelo caminho procurando-lhe

os pedaços, mas não sabia o seu caminho,

Fui em direção a casa, jarro d’água em pensamento.

Desisti.

Que atrocidade teria desbeiçado a flor?

Indigna formiga faminta?

Famigerado vento que me refresca a face?

Indolente passarinho que me encanta o tempo?

Achei uma flor

No chão.

Pensei salvá-la.

Desisti.

Deixei que alimentasse a formiga

Que tremulasse ao vento – uma última vez –

Que fosse ninho ao passarinho.

Salvei-a de minhas próprias mãos pensantes.

 

 

Execução sumária - Edweine Loureiro – Japão

Um poema vencedor, em primeiro lugar, no Concurso Natureza 2015

 

Sinto o golpe no tronco!

E grito, aflita,

mas ninguém liga

para esta amiga…

Pois velha estou…

E, para aumentar a dor,

descubro, com horror,

que meu algoz

é aquela criança:

a mesma que,

em outros tempos,

fosse na alegria

ou no sofrimento,

buscava abrigo

sob meus galhos.

E que, hoje,

machado na mão,

congela o coração,

para pôr abaixo

a floresta de carvalhos.

 

Natureza morta - Claudia M. - Brasil

Um poema vencedor, em primeiro lugar, no Concurso Natureza 2015

 

Vi a flor murchar

E o beija-flor perder a cor

Vi o rio secar

E o peixe não ter onde nadar

Vi o sol queimando a grama

E o gado assolar-se de fome

Vi as árvores morrendo

E o oxigênio se dissipando

Vi a chuva surgir na sua escassez

E a sua acidez prejudicar o solo

Vi o agrotóxico multiplicar-se

E a alface crescer de forma nímia

Vi a fruta cariar

E nem para adubo servir

Vi o povo amiúde e nada fazer para tudo renascer

E assim,

Vi a natureza perecer

E o homem com ela morrer.

 

 

 

 

 

Um breve texto poético de Anne Frank:

“Todos temos dentro de nós próprios uma Boa Nova!

A Boa Nova é que não sabemos realmente

quão grandes podemos ser,

o muito que podemos amar,

o muito que podemos alcançar,

e a imensa riqueza do nosso potencial.

Uma Boa Nova como esta não pode ser melhor!”

Concurso Literário - "Natureza 2018-2019" - O Universo Nossa Casa

por talesforlove, em 06.10.18
A partir do espaço, a terra é um pequeno ponto de luz azul. Somos um pequeno grande nada, a esperança feita vida. Claro que a maioria de nós apenas teve a possibilidade de ver esse azul em ecrãs de televisão ou computador... ou em uma fotografia num livro. Todavia, acende-se no peito uma emoção estranha, quando nos deparamos com essa imagem.

Esse estado de espírito não nos prende, ainda assim, e somos tentados a olhar em redor, para o universo: para o profundo desconhecido que vai além da nossa imaginação, que nos impõe, as suas cores, as suas químicas, as suas leis da física, as suas vidas.

Enquanto a nossa ação em terra nos faz pensar, dadas as reações da natureza, sob a forma de inundações, tufões e fogos florestais enormes, o universo mantém-se uma "terra" de oportunidades. Até mesmo a literatura parece ter a obrigação de não repetir os erros do passado; tudo deve ser melhor.

A natureza do universo serve-nos de musa para mais este concurso literário. E mesmo um romance de Nicholas Sparks parece ser diferente se pensado nesse contexto imenso e cósmico. Tão impossível quanto um amor dito impossível, tão impetuoso como a vida no meio do nada...
 

natureza3.jpg

 


É neste contexto que, com grande alegria, anunciamos o início do Concurso Internacional de Literatura "Natureza 2018-2019", que este ano vai de 15 de outubro de 2018 a 15 de dezembro de 2018. Em 1 de fevereiro de 2019 são anunciados os pré-finalistas e no dia 28 de fevereiro de 2019 os principais vencedores.

Pode a poesia sobreviver a um universo que parece ser tão avesso à vida? O que temos nós a dizer sobre algo que nos é ainda tão desconhecido? Haverá alguma ligação, alguma comparação, que possamos fazer com a nossa realidade terrestre? Como pode surgir a ciência na literatura neste nosso contexto? Tudo isto é um desafio e nos faz pensar. Acima de tudo, deve ser visto como uma ação de boa disposição e alegria: um exercício de escrita entre amigos.

Todos(as) são bem vindos(as).
 
 

natureza2.jpg

 

 
 
Detalhes do Regulamento 2018-2019:

1. A participação neste concurso é gratuita.

2. Qualquer pessoa de qualquer país pode participar desde que submeta trabalhos escritos em português.

3. Cada participante pode enviar um poema, sem limite de palavras, e um conto, com um máximo de 3000 palavras. 

4. As obras devem ser enviadas por e-mail para Rui M. (ruiprcar@gmail.com) juntamente com nome, país, contacto eletrónico. O assunto do email deve ser "Concurso Literário Internacional  'Natureza - 2018-2019'". Espaçamento entre linhas: espaçamento simples; Dimensão da letra: 12; Tipo de letra: Calibri; textos no corpo do e-mail e não em ficheiro.

5. Os autores participantes concordam em receber e-mails no futuro que tenham como objetivo principal divulgar futuras iniciativas literárias. Devem subscrever o blog (caixa no topo).

6. Os finalistas vencedores de primeiros prémios têm direito a um certificado digital.

7. Todos os poemas selecionados serão publicados em antologia, que estará disponível em formato PDF (possibilidade de existir no Windows), com um custo de 2,5 € (pagamento de uma doação pelo PayPal). Os autores premiados têm direito a uma versão gratuita.

8. Direitos do autor: os autores têm seus direitos sobre os trabalhos publicados, a fim de publicar como quiserem em qualquer outro lugar. A organização do concurso detém direitos totais sobre os trabalhos publicados no contexto da Antologia do concurso.

9. Prazo final para participação: 15 de dezembro de 2018.

10. Pré-finalistas anunciados em 1 de fevereiro.

11. Os resultados finais serão anunciados no dia 28 de fevereiro em http://contosdasestrelas.blogs.sapo.pt e, quando possível, em outros websites a indicar no futuro próximo.

12. O primeiro de cada categoria terá direito a um prémio: obra de arte (uma pintura A4) enviada pelo correio.
 
 
Membros do júri:
[Lista não definitiva]

A) Edweine Loureiro (Brasil - Japão)
Escritor Brasileiro radicado no Japão.
Premiado internacionalmente.
 
B) Membro da Universidade de Lisboa (Portugal)
Anónimo.
 
C) Karina I. (Brasil)
Escritora premiada internacionalmente. 
 
D) Membro da Universidade de Lisboa (Portugal)
Anónimo. Formação em Astrofísica.
 

natureza1.jpg

 

 
Parcerias:
[Lista não definitiva]

Projeto "1 Café 1 Árvore"
https://m.facebook.com/1cafe.1arvore
 
Jornal "Bom Dia" Luxemburgo
http://bomdia.lu/
 
 
Ligação extra:
 
Arte sobre natureza
https://myvisualarte.blogs.sapo.pt/
 
 
Inspiração em:
A) Observatório Astronómico de Lisboa
http://oal.ul.pt/
 
B) E como mil anos podem ser necessários para viajar até aos confins do universo...

 


Christina Perri- A Thousand Years (Official Music Video)
Letra e tradução para breve.
 
C) Imagens da NASA em
https://www.nasa.gov/topics/solarsystem/images/index.html
 
Este ano homenagem a Nelly Furtado.
Quem desejar pode fazer um poema em sua homenagem e terá atenção especial por parte do júri.

 


Força (Radio Edit) Official Video
Vídeo por Pablo Campos
Força
NELLY FURTADO
FOLKLORE
All rights reserved © 2004 DreamWorks Records
 
Até breve e votos de feliz escrita.

Mais sobre mim

foto do autor

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D