Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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É com enorme satisfação que aqui publicamos a nova edição do Concurso Literário Natureza. Este ano sugerimos um conjunto de temas possíveis em associação:
Natureza e comportamento humano;
Natureza e amor;
Natureza e amizade;
Natureza e o nosso cão/cachorro.
A propósito de “comportamento humano” aqui lembramos aquela expressão que utilizamos por exemplo quando referimos a “natureza humana”, ou seja, neste contexto ambas as expressões são equivalentes. Somos feitos dos nossos sentimentos, a alegria, a esperança, a tristeza, o carinho, e igualmente das nossas ações, o dar atenção, o empenho, o simples ato de nadar, correr, cantar. A vida é a ação de tentar seguir em frente, cultivar o presente.
E o amor e a amizade são outros sentimentos que por vezes nos invadem, nas suas diversas formas. O amor familiar, o amor por alguém mais próximo, o amor na forma de amizade. O amor que nos leva a regar uma planta ou a alimentar o cão que nos acompanha e nos considera a sua família…
Regulamento 2025:
A participação neste concurso é gratuita.
Qualquer pessoa de qualquer país pode participar desde que submeta trabalhos escritos em português.
Cada participante pode enviar um poema, sem limite de palavras, e um conto, com um máximo de 2000 palavras.
As obras devem ser enviadas por e-mail para Rui M. (blogsnat@gmail.com) juntamente com nome, país, contacto eletrónico. O assunto do email deve ser "Concurso Literário Internacional Natureza 2025". Espaçamento entre linhas: espaçamento simples; Dimensão da letra: 12; Tipo de letra: Calibri; textos no corpo do e-mail e não em ficheiro. A resposta da organização do Concurso, a cada trabalho recebido, poderá demorar alguns dias.
Os autores participantes concordam em receber e-mails no futuro que tenham como objetivo principal divulgar futuras iniciativas literárias. Devem subscrever o blog (caixa no topo).
Os finalistas vencedores de primeiros prémios têm direito a um certificado digital.
Todos os poemas selecionados serão publicados em antologia, que estará disponível em formato PDF (possibilidade de existir no Windows), com um custo de 2,5 € (pagamento de uma doação pelo PayPal). Os autores premiados têm direito a uma versão gratuita.
Direitos do autor: os autores têm os seus direitos sobre os trabalhos publicados, a fim de publicar como quiserem em qualquer outro lugar. A organização do concurso detém direitos totais sobre os trabalhos publicados no contexto da Antologia do concurso.
Prazo para participação: de 4 de Junho a 4 de Outubro de 2025.
Eventualmente, haverá um mês extra de Concurso mas tal só se saberá após 7 de Outubro 2025.
Os resultados finais serão anunciados cerca de dois meses depois do final do concurso em http://contosdasestrelas.blogs.sapo.pt.
O primeiro de cada categoria terá direito a um prémio: obra de arte (uma pintura A4) enviada pelo correio ou prémio alternativo, caso o envio não seja possível.
Membros do júri:
Lince Verde
Poeta
Pétala de Poesia
Poetiza
Entre 4 de Junho e 4 de Agosto será possível solicitar uma pintura A4 alusiva ao Concurso Literário através do e-mail blogsnat@gmail.com, como contrapartida de um donativo de 90 euros. O envio está incluído no valor. O donativo será utilizado para a causa ambiental, por exemplo, plantar uma árvore ou uma planta nativa, e cobrir custos.
Como resposta ao pedido poderá obter uma listagem de pinturas alternativas a escolher.
Para a edição deste ano sugere-se um passeio inspirador perto de casa, para conhecer melhor um jardim mais próximo, uma árvore ou mesmo uma planta de um vizinho.
Fica aqui igualmente uma publicação de outro blog:
Hoje, pese embora o impacto mediático dos fogos florestais na Grécia, e o pequeno grande susto em Cascais, ficam ainda os terceiros lugares do nosso Concurso Literário. Que sejam responsáveis por momentos descontraídos e de paz.
3ºs Lugares, em empate.
Miragem /Fata Morgana, por Alberto Arecchi (Itália)
MIRAGEM (versão Portuguesa de Fata Morgana, em Italiano)
Venho do mundo da Fada Morgana,
onde a água do Aspromonte
desce ao mar em cem rios
desde os bosques de abeto e faia.
Meu mar é como um grande rio,
uma corrente que sobe e desce
quatro vezes no dia
acima do redemoinho
profundo de Charybdis,
onde antigas sereias cantam.
No horizonte do mar
torres aparecem
e cidades fantasmas.
Longe ao sol do meio-dia
a alta pluma do vulcão Mongibello
e os fogos que à noite
flamejam de seu topo,
para lembrar que a natureza
nunca foi domesticada.
A terra treme, o vulcão ruge.
O espírito da primavera
paira entre os ramos dos pessegueiros
e mil fadas brilhantes
esvoaçam em torno das flores.
Têm asas multicoloridas,
brilham como as estrelas
em uma noite mágica
em meio ao chilrear dos grilos.
Encantamento de uma noite sem idade,
noite de lua nova,
sem a luz da lua,
iluminada pelas estrelas
e pelos espíritos da natureza.
No vento e no sol,
flores de limão em árvores,
agaves floridos e figueiras-da-Índia,
as rosas do jardim de minha mãe,
os cardumes de sauro,
os outros peixes do Estreito,
os pássaros, as rãs nos riachos,
como há tantos anos…
as raposas, os javalis, os lobos
do Aspromonte.
FATA MORGANA (versão original Italiana do poema Miragem)
Vengo dal mondo della Fata Morgana,
dove l’acqua dell’Aspromonte
scende al mare in cento fiumare
dalle abetaie e dalle faggete.
Il mio mare è come un grande fiume,
una corrente che sale e che scende
per quattro volte al giorno
sopra il gorgo profondo di Cariddi,
ove cantano antiche sirene.
Sull’orizzonte del mare
compaiono torri
e città di fantasmi.
Lontano, nel sole del mezzogiorno,
l’alto pennacchio del Mongibello
e i fuochi che di notte
lampeggiano dalla sua cima,
a ricordare che la natura
non è mai stata domata.
La terra trema, il vulcano brontola.
Lo spirito della primavera
aleggia tra i rami dei peschi
e mille fatine brillanti
svolazzano intorno ai fiori.
Hanno ali multicolori,
risplendono come le stelle
in una notte d’incanto
tra il frinire dei grilli.
Incanto d’una notte senza età,
notte di luna nuova,
priva della luce della luna,
rischiarata dalle stelle
e dagli spiriti della natura.
Nel vento e nel sole,
fiori di limone sugli alberi,
agavi in fiore e fichi d’India,
le rose del giardino di mia madre,
i banchi di costardelle,
gli altri pesci dello Stretto,
gli uccelli, le rane nei ruscelli,
come tanti anni fa…
le volpi, i cinghiali, i lupi
dell’Aspromonte.
Sobre este poema: um belo e místico olhar sobre o ser mais íntimo e selvagem da nossa mãe natureza.
Progresso, por Suzane Oliveira (Brasil)
Peixes no lago,
Que vastidão!
Céu, floresta, água,
Animais em comunhão.
Peixes no lago,
Que multidão!
Serras, redes, fábricas,
Homens em ação.
Peixes no lago,
Que poluição!
Ar, terra, água,
Animais em extinção.
Peixes no lago,
Que aberração!
Dejetos tóxicos,
Água em podridão...
Peixes no lago?
Que destruição!
Morte por todo lado,
Homens sem coração...
Sobre este poema: um questionar acutilante sobre a ação humana e as suas consequências. Podemos, tal qual a autora, questionar: dejetos tóxicos ou reutilização? drones para matar ou drones para matar? peixes no lago ou na nossa imaginação poluída?
Mar, por Luciane Almeida (Brasil)
Mergulhei no mar dos teus olhos
Envoltos em mistérios,
Atrevi-me a desvendar
Será que nas ondas da tua alma
Um dia eu poderei navegar?
Nesse mar de emoções
Às vezes calmaria, em outras ventanias
Será que eu poderia
Em teu porto ancorar?
Tão certo como o sol nasce
E se põe a beira-mar
Eu poderei partir,
Mas voltarei para te encontrar
Sobre este poema: aproveita a porta de entrada que são os nossos olhos, para se perder em sentimentos que mais parecem parte de uma autobiografia, feita nos mares da alma de outro ser humano.