José Saramago em 2020
O ano 2020 foi um ano atípico, por causa da pandemia. Nele acabamos por encontrar todas as fragilidades possíveis dos seres humanos. 2021 continua a ser 2020. O calendário mudou mas tudo continuou, o que em boa verdade, já seria de esperar pois o vírus não tem nada a ver com o nosso calendário.
Ficam os fogos de artifício extemporâneo resultado de uma vontade reprimida de normalidade. O Autor deste blog não participou nesta alegria tão desprecavida mas compreende-se esta situação, quem a pode criticar?! Mas temos temos de esperar que o vírus se vá embora ou fincando que não seja uma ameaça.
Ironia foi o filme "O Ano da Morte de Ricardo Reis" ter estreado no ano em que a morte começou a estar presente no nosso dia a dia. Que falta de pontaria! À tragédia das salas de cinema fechadas somou-se o tópico do filme. Veja-se o filme de apresentação, do Inglês trailer, algo que eventualmente poderíamos traduzir de forma mais resumida como cinpub (ou cinematográfica publicidade). Fica a sugestão para uma nova palavra.
Fica ainda uma sugestão de áudio livro para a obra de José Saramago, a qual bebe inspiração em Fernando Pessoa.
Audio Livro:
Finalmente, para que fique claro que vale a pena confinar, que vale a pena aguardar pelo Verão, fica aqui uma música com um bom ritmo, por Zé Amaro. Pode ser que a variante Europeia do Covid-19 vá de férias no Verão e nos deixe em paz, afinal está claro que prefere as temperaturas mais baixas, ao contrário da variante Amazónica.
O Zé Amaro é um Artista que buscou a sua inspiração na música Brasileira, por sua vez inspirada noutras fontes.
Veja-se um pouco mais sobre ele em:
Ainda um poema “A essência” por Getúlio O. (Brasil,
Poesia da Antologia 2018-2019)
Gosto dos andares tortos
De insetos felizes.
Admiro o soldadinho alvinegro
Que busca o amarelo, ao invés
Da roupa branca do homem engomado.
Sinto a fragrância do mato
Como estivesse sentindo um perfume francês.
Tenho bem querer por pessoas
De almas sorridentes.
Prezo olhos que sorriem
Mais do que bocas que se amostram.
O essencial não está no que se vê,
Mas no que se sente.
Entretanto, qualquer que jeja a vossa idade, sejam responsáveis: protejam-se!
Até breve.