Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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Não há dúvida que a tragédia das inundações no Brasil nos fazem pensar nas alterações climáticas até porque em Portugal é a seca que é uma realidade, aparentemente para ficar.
Como a poesia, tal como a beleza, existe nos olhos de quem vê, fica um poema de Florbela Espanca que alude ao calor e à água de uma fonte.
Árvores do Alentejo
Horas mortas... Curvada aos pés do Monte A planície é um brasido... e, torturadas, As árvores sangrentas, revoltadas, Gritam a Deus a bênção duma fonte!
E quando, manhã alta, o sol posponte A oiro a giesta, a arder, pelas estradas, Esfíngicas, recortam desgrenhadas Os trágicos perfis no horizonte! Árvores! Corações, almas que choram, Almas iguais à minha, almas que imploram Em vão remédio para tanta mágoa! Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
- Também ando a gritar, morta de sede, Pedindo a Deus a minha gota de água!
Partilha-se ainda o texto de um blog que é pertinente pois as pessoas afetadas merecem ser ajudadas neste momento difícil.