Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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Hoje, porque estamos todos novamente de luto, pela morte da filha de Tony Carreira, a Sara Carreira, fica aqui uma partilha que embora já estivesse preparada para meados de Dezembro, ganha agora nova urgência, neste ano, ou melhor, nestes tempos, sem descrição possível.
Teimosa; como só uma mulher sabe ser. Sabedora; como só uma Deusa sabe ser. Feminina e bela entre o negro de morte, renasce, viva, dependente de força e não da sorte.
Bela é a sua força que dá cor à Manhã. Ágape do nascer do sol que renova a Esperança. E o vento embala-a, envolta em pó cinza, que tudo em seu redor contempla a sua Dança.
É ela, a Flor, que se ergue no monte, de novo, a provar que tinha razão quem a semeou... a provar que uma Deusa nos olha de fronte: sem medo, pese embora as que o vento levou.
Lentamente renasce a obra humana em seu redor, mas ágil ao ritmo da verde Graça, ela se ergue mais rápida que todos, e nítida enquadra o futuro: Pintura baça.
Deusa da Manhã, vestida de Esperança, Dança em Graça; balouça no ar sua Trança.
Notas Um poema espiritual e feminista em homenagem a Janine Canan
Sou todo teu. Ossos, carne, pó. E basta estar ao teu lado, nu Para me não sentir jamais só. Somos assim: pedaço do mundo cru.
E quando um dia morrer... Aceitar-me-ás de novo; teus braços. Feliz estarei por sermos de novo um crer. Renascerei em flor, árvore, em cor, de sóis baços.
Sou teu, é este o meu eterno verde dever. Folha, sol, mar, sal, amanhecer: ser.