Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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O livro “Palavras Kaléidoscopiques”, tem duas partes: um livro de poemas e outro de artes impressas, arte digital, num total de 109 páginas. A poesia é fruto do empenho da poetiza Jeanete Shimara e a arte visual é da autoria de Juan Alarcón. Os poemas surgem, em cada página, em 4 línguas: Francês, Inglês, Espanhol e Português, e é sempre diferente, em alternância, a ordem das línguas dos poemas dispostos em cada página, como se esse espaço fosse um universo próprio. Cada poema é um breve retrato de um sentimento, o qual é bem-sucedido, pois sentimos o que a poeta nos pretende transmitir. Cada um destes retratos nos absorve e nos “liberta” do mundo que nos rodeia, para entrarmos noutro local, que não conseguimos explicar, sendo, eventualmente, o mundo da poetiza que afinal de contas também é nosso… Uma viagem plena de interesse.
O livro de artes impressas, é composto por um conjunto de desenhos digitais, com padrões e jogos de cores que, sendo sempre diferentes, nos fazem sentir que afinal, possuem sempre algo em comum. Existe uma fantasia, metade premeditada, metade incontrolável, a que o artista se parece entregar, abandonando-se à sua “sorte”, deixando-nos sem norte mas felizes. Uma abstração poética feita de formas; quase em 3 dimensões.
Mas não, não é só por tudo isto e muito mais, que vale a pena adquirir esta obra. Muitos de nós podemos sentir algo mais pois Juan Alarcón é Venezuelano, “autoexilado” no Brasil, e portanto este trabalho é também um ato de coragem para seguir em frente, após uma tempestade na vida de alguém. Assim, o livro é um testemunho “histórico” do momento que hoje se vive na Venezuela e pode-se assumir que também nos países de acolhimento, pois saber acolher bem pode ser um desafio com dificuldades muito próprias.
Em resumo, Jeanete Shimara + Juan Alarcón, são a dupla perfeita; os fazedores de oportunidades e quando se fecha o livro fica a saudade, a vontade de a ele regressar, como que a uma frutuosa terra distante. É assim inevitável o convite à leitura de um poema e a apreciação de uma imagem deste livro único.
Nada melhor do que começar o ano com sol e alguma bela poesia!
É interessante verificar que a par da publicação em papel surge imediatamente a publicação em formato digital. É algo que parece ser bom para o ambiente pois existe menor consumo de papel e o gasto de energia dos equipamentos de leitura parece ser negligenciável. A estes factos acresce que o formato digital é menos oneroso que o formato em papel. Para muitas pessoas, o livro continua a ser algo privilegiado na leitura de poemas e outra literatura, sendo que, podemos alegar, ainda contém a magia das coisas sem tempo e eventualmente sem grande complexidade.
Assim, com grande alegria, convidamos à leitura do livro “FAZENDO AMOR COM O UNIVERSO EM VERSOS” (Outubro 2018) de Claudete Soares (Brasil – Bento Gonçalves - RS), Editores Valdir Ben e Vânia Bortoletti, o qual nos apresenta um conjunto de poemas de grande sensibilidade estética e humana, a par de uma composição gráfica belíssima. Entre esses trabalhos encontra-se o seguinte:
Ainda outro livro de poesia, que vale a pena conhecer, é “Azul Instantâneo” (2018) por Pedro Vale (Portugal – Madeira). A poesia visual é muito importante neste livro e sem dúvida oferece uma diversidade na interpretação do que se pretende transmitir. Assim, não é de estranhar que o design gráfico da obra, nomeadamente na capa, apresente linhas tão simples, não ofuscando, de forma alguma, o conteúdo poético já de si tão gráfico.
Um poema, sem nome, a ler será:
Talvez um dia recordes
num qualquer espelho torto
quão simples fora a tua salva
e te lembres daquela vez
em que ceáramos apenas meia
laranja e nada de pão naquela casa cega
com o telhado a verter lágrimas
de fel.
E ainda este:
Para contactar o autor, recomenda-se o seguinte contacto: valedepedro@gmail.com
Finalmente, convida-se à leitura de um poema naturalista por Marcelo de Oliveira Souza, IwA (Brasil):