Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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Este é um blog dedicado a literatura e à natureza, sediado em Portugal, pelo que se justifica plenamente olhar para Espanha. Fomos ver como o escritor Cervantes (de Dom Quijote de la Mancha) marcou este país. Fomos a Anadaluzia e verificámos como a sua cidade principal, Sevilha, homenageia os seus escritores. Vimos belas planícies, quentes, como fogo, e flores dependuradas em belíssimos vasos, mesmo junto a monumentos com jardins poéticos.
Esta natureza poética, recorda-nos o Peru, com Leo Rojas (El Condor Pasa) e a sua música sempre muito irmã da floresta e das montanhas selvagens.
Neste Agosto, os fogos em Monchique relembraram a importância de uma Floresta bem gerida.
Se o mundo parasse por um momento, Eu poderia sentar-me ouvir o silêncio que surgiria e observar como um rio pára de fluir e como as árvores se detêm em gélido imobilismo.
Se o mundo parasse por um momento, e eu com ele? Eu não veria prados floridos, onde um rio se torna apenas uma linha, e as árvores imóveis fossem semelhantes a esculturas, Eu não ouviria o silêncio omnipresente e total.
Se o mundo parasse mesmo por um dia então as pessoas - não poderiam ferir as pessoas.
Maio é o mês do Euro Festival da Canção em Portugal, em Lisboa, no Parque das Nações. Começamos por mostrar uma fotografia no Parque das Nações e depois vamos até ao Miradouro de Santa Luzia, também em Lisboa. Em ambos os locais a natureza tem uma palavra a dizer. Após este passeio fotográfico, poderemos encontrar a tradução de dois poemas do Inglês para Português e ainda um poema da poeta Brasileira Maria Coquemala. Vamos então até à Casa de Fernando Pessoa, junto do Jardim da Estrela, uma das zonas lisboetas mais bonitas e ouvimos um poema da poetisa Uruguaia Juana de Ibarburu. Olhamos ainda uma outra capa alternativa para a nossa Antologia "Natureza 2017-2018". Para terminar, ouvimos uma música em homenagem a Salvador Sobral, sem dúvida, o nosso salvador, no que diz respeito ao Festival da Canção.
No Parque das Nações existem vários pinheiros mansos... e ao fundo o rio Tejo apresenta-se sempre com águas tranquilas.
É todavia, a partir do Miradouro de Santa Luzia, que podemos ver a Lisboa Antiga: uma das suas versões mais fascinantes.
E também belos azulejos Portugueses.
E ainda, uma videira serena e simples.
Apresentamos agora dois poemas na sua tradução.
1o Poema, por Eliza S., Polónia
True Fantasies
To Professor Bogumila Rouba How easy it is to rest in loneliness of fuzzy thoughts. To leave plans behind, to be there - far, beyond real time. Just me and my true fantasies. To be free, yet trapped in the mouth of pulsating nature. Only the low tide revealing the nudity of the beach reminds that time flows. (Traduzido do Polaco para Inglês por Artur Komoter)
Tradução para Português: Fantasias verdadeiras
À professora Bogumila Rouba Como é fácil descansar na solidão dos pensamentos difusos. Para deixar os planos para trás, estar lá - longe, além do tempo real. Apenas eu e as minhas verdadeiras fantasias. Para ser livre, ainda preso na boca da natureza pulsante. Apenas a maré se esvai revelando a nudez da praia e a lembrar que o tempo passa.
2o Poema, por Joan B., EUA
Hearts That Are Broken
Sadness may fill a heart with longing --- Longing for the sound of a baby’s laughter Or the sweet chirping of a bird outside your window. Sounds of nature bring a pleasant relief to a Heart that is feeling so alone. One’s heart is so entwined within our emotions And we need to let thepurity of nature Fill us with a joy aswe immerse ourselves in the Gifts of nature’s beauty. Then our heart will know the peace that comes With becoming a part of nature’s delight.
Tradução para Português:
Corações que estão desfeitos
A tristeza pode preencher o coração com saudade --- Anseio pelo som do riso de um bébé Ou o doce chilrear de um pássaro lá fora além da tua janela. E os sons da natureza trazem um doce alívio para um Coração que se sente tão só. O coração está entorpecido, preso nas nossas emoções E nós temos de deixar a pureza da natureza Preencher-nos com uma alegria própria do mergulho Nas suas dádivas de beleza. Então o nosso coração saberá a paz que surge Quando nos tornamos parte desse deleite natural.
Um poema da poetiza Brasileira Maria Coquemala.
MINHA ALMA
Leve, minha alma se liberta e cresce. Minha alma que nunca esteve tão alegre, que abandona este corpo que se esvai. Minha alma transcende, avança no espaço... Levada pelas asas do desejo, ruma ao infinito... Minha alma atravessa o arco-íris e se pinta com as cores da alegria. Apagam-se todas as lembranças doloridas. Silenciam para sempre as vozes da saudade, da tristeza, da dor, do sofrimento. Vão-se revelando à minha alma, os segredos todos do Universo... Já não há perguntas sem respostas. Já não há corpo, agonia e morte. E a minha alma inteira, sem recortes, realiza todas as minhas fantasias. Razão e sentimento se fundem em harmonia. Minha alma andarilha avança no infinito desvendando veredas na eternidade.
Nota: no Livro "Pulsar" (2015), All Print Editora, São Paulo, Brasil
Agora sim, faz falta Fernando Pessoa... tentámos vê-lo em sua casa.... mas não estava.
Dizem que andava muito por Lisboa e pensamos então ir até ao Jardim da Estrela, mas nada... será melhor passar outro dia. Nunca é demais e ainda que não seja já possível realmente vê-lo, por já ter falecido, a verdade é que, de certa forma, se sente alguma proximidade do poeta. Malabarismos da nossa mente... que nos mente ou sente.
O melhor será ouvir um belo poema de Juana de Ibarborou, a poetisa da Natureza, no programa da rádio, "O Som que os versos fazem ao abrir". Com Luis Caetano e Ana Luisa Amaral.
Relembra-mos que a nossa Antologia está quase a ser publicada, e por este motivo revelamos aqui uma outra capa alternativa ao nosso livro. Não, esta não é a capa escolhida.
Finalmente, terminamos como começámos, falando do Festival da Canção, este ano em Lisboa. Podemos encontrar em vários locais e várias ruas os anúncios relativos a este evento, entre a agitação do mar de turistas a passear-se alegremente pela Capital. Nada melhor do que ficarmos com um tributo a Salvador Sobral, com uma canção criada a partir de um dos Heterónimos de Fernando Pessoa: Alexander Search.
Até breve, e, por favor, não se esqueçam de subscrever este blog colocando o vosso e-mail na caixa no topo.