Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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Esta publicação será atualizada ao longo das próximas semanas com novidades sobre o Concurso Literário ao Ator Ruy de Carvalho. Hoje fica alguma informação sobre alguns teatros em Lisboa.
A Câmara Municipal de Lisboa inicia as comemorações do nascimento de Luís Vaz de Camões a 5 de Maio. São 500 anos desde o seu nascimento. Dia 5 de Maio é o Dia Mundial da Língua Portuguesa.
A 7 de Maio: um livro
Em 25 de Abril de 1974, em Portugal, ocorreu a chamada Revolução de Abril, e o seu símbolo passou a ser uma flor: o cravo vermelho. É interessante verificar que no prefácio de um livro da época, publicado em Junho desse ano, surgia uma clara referência à liberdade e às suas implicações. Fica aqui esta curiosidade literária.
O livro em causa é: “O Diabo e o Bom Deus” (original: Le Diable et le Bon Dieu) de Jean-Paul Sartre, da Editora Círculo de Leitores.
Aqui uma parte do prefácio: “O homem é um ser consciente e responsável, deve conhecer e aceitar coerentemente a liberdade das suas atitudes e reconhecer os limites da responsabilidade que aquela mesma liberdade envolve.”
Neste Dia Mundial do Teatro e para inspiração ao Concurso Literário ao Ator Ruy de Carvalho, aqui fica um poema e um conjunto de sugestões importantes.
Fica o poema “Ao pé da varanda” por João Araújo (Brasil)
Deparei-me comigo perdido nas chispas da manhã banhando-me em ouro e em contemplação. Meus olhos extasiados buscavam, no além da alvorada, a beleza dos dias que ainda viriam carregados com suas incertezas e alegrias fugidias vestidas de promessas. Descobri-me do manto da noite e aqueci-me nos raios generosos que rompiam com o fascínio da escuridão e bebi dos cânticos matutinos, deliciando-me com o seu melódico sabor. Pairando em nuvens, corri o etéreo em busca de mim mesmo e encontrei-me amante na resplandescência dos astros. Apreciei-me como se eu fosse um deus decaído e lamentei as lembranças que não mais me visitavam. Meu espírito faiscava ilusões possíveis. Bastava-me crer..., tão somente crer. Trêmula luz acenava-me chamando-me à existência e à realidade. Deixei de lado minhas abstrações e tornei ao casebre modesto, cercado por um verdejante e florido vale, à beira de um riacho de águas repousadas. Sentei-me ao pé da varanda
e enquanto uma orquestra de insetos tocava Tchaikovsky, eu ensaiava enredos. Tuas mãos cariciosas afagaram meus cabelos nevados e teu sorriso de sol refletiu luminâncias. Entreguei-me aos teus encantos e dei-te, da doçura dos meus versos apaixonados, o melhor dos orgasmos. Então..., revivi!