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Contos das Estrelas

Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)

Contos das Estrelas

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Porque era tão fácil desistir nestes tempos… Coldplay e Maria Coquemala

por talesforlove, em 03.09.23

Agora que parece ser evidente que a luta contra as alterações climáticas está perdida... vejam-se as ondas de calor e de chuvas e frio, sem esquecer os 18 migrantes mortos nas florestas Gregas, vamos ter um pouco de música neste blog.

Mas: 18 pessoas mortas devido às alterações climáticas?!

Mas: Se a solução para as alterações globais só pode ser global, desentendimentos globais não são o fim dessa esperança?!

Com efeito a indústria da música com os seus vídeos na internet, ao levar a maior consumo de energia produzida através de formas não amigas do ambiente, também, involuntariamente, contribui para esta situação.

Hoje ficam aqui os Coldplay que atuaram recentemente em Portugal, recorda-se a sua atuação em Coimbra, aquela que poderá ser apelidada da "cidade das luzes Portuguesa". Juntamente, com traduções “livres” para Português.

Ainda teremos tempo para um breve olhar sobre a obra “À margem do Ganges” de Maria Coquemala, a escritora Brasileira em destaque no Concurso Literário Natureza 2022-2023.

 

“Fix You” ou “Reparar-te” Coldplay

https://www.youtube.com/watch?v=k4V3Mo61fJM

 

Letra em Inglês:
When you try your best, but you don't succeed
When you get what you want, but not what you need
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse
And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you
And high up above, or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try, you'll never know
Just what you're worth
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you
Tears stream down your face
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face, and I
Tears stream down your face
I promise you I will learn from my mistakes
Tears stream down your face, and I
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

 

Letra em Português:
Quando tentas o teu melhor, mas não consegues
Quando consegues o que quere, mas não o que precisas
Quando te sentes tão cansado, mas não consegues dormir
Sempre a andar para trás
E as lágrimas escorrem em catadupa pelo teu rosto
Quando perdes o que não consegues substituir
Quando amas alguém, mas esse amor é em vão
O que poderia ser pior?
As luzes vão guiar-te até casa
E incendiar os teus ossos
E vou tentar reparar-te
E lá mesmo no alto, ou lá nas profundezas mas profundas
Quando estás demasiado apaixonado para desistir
Mas se nunca tentares, nunca saberás
O tem verdadeiro valor enquanto pessoa
As luzes vão-te guiar até casa
E incendiar os teus ossos
E então vou tentar concertar-te, salvar-te
As lágrimas escorrem pelo teu rosto
Quando perdes algo sem substituição possível
As lágrimas correm pelo teu rosto, e eu
As lágrimas escorrem pelo teu rosto
Prometo a todos que aprenderei com os meus erros
As lágrimas escorrem pelo teu rosto, e eu
Quando as luzes te guiarem até casa
E atearem fogo aos teus ossos
E vou tentar salvar-te.


“A Sky Full Of Stars” ou “Um céu repleto de estrelas” por Coldplay

https://www.youtube.com/watch?v=VPRjCeoBqrI

 

Letra em Inglês:
'Cause you're a sky, 'cause you're a sky full of stars
I'm gonna give you my heart
'Cause you're a sky, 'cause you're a sky full of stars
'Cause you light up the path
I don't care, go on and tear me apart
I don't care if you do, ooh-ooh, ooh
'Cause in a sky, 'cause in a sky full of stars
I think I saw you
'Cause you're a sky, 'cause you're a sky full of stars
I wanna die in your arms, oh, oh-oh
'Cause you get lighter the more it gets dark
I'm gonna give you my heart, oh
I don't care, go on and tear me apart
I don't care if you do, ooh-ooh, ooh
'Cause in a sky, 'cause in a sky full of stars
I think I see you
I think I see you
'Cause you're a sky, you're a sky full of stars
Such a heavenly view
You're such a heavenly view
Yeah, yeah, yeah, ooh

 

Letra em Português:
Porque tu és um céu, porque tu és um céu repleto de estrelas
Eu entrego-te o meu coração
Porque tu és um céu, porque tu és um céu repleto de estrelas
Porque tu iluminas o meu caminho
Eu não me importo, que despedaces o meu coração
Eu não me importo se tu o fizeres, ooh-ooh, ooh
Porque num céu, porque num céu repleto de estrelas
Eu sinto que te vi
Porque tu és um céu, porque és um céu cheio de estrelas
Eu quero morrer nos teus braços, oh, oh-oh
Porque te iluminas quanto mais a escuridão toma conta de tudo
Eu dou-te o meu coração, oh
Eu não me importo, que me consumas e desfaças em mil pedaços
Eu não me importo se tu o fizeres, ooh-ooh, ooh
Porque num céu, porque num céu cheio de estrelas
Eu acredito que te vejo
Eu acredito que te vejo a ti
Porque tu és um céu, tu és um céu repleto de estrelas
Uma visão celestial
Tu és uma visão tão celestial
Sim, sim, sim, ooh


Finalmente, um olhar sobre a obra “À margem do Ganges” leva-nos a um imaginário subtil, profundo e pedagógico pela mão da autora, à sua maneira, claro, a arte parece ser a suprema arte da técnica humana em liberdade. O conto “À margem do Ganges”, que empresta o seu título ao livro, leva-nos a uma viagem ficcionada mas com algo de documental sobre o que é esse mítico local de culto mais a Oriente. Perturbador o conto, e fica o convite a que a autora trabalhe numa nova versão mais longa, neste conto que é a cereja no topo do bolo. Editora: Porto de Lenha. Contacto: editoraportodelenha@gmail.com

 

Fica ainda um poema da nova Antologia Natureza 2022-2023:

 

Quem te ensinou a nadar?”, por Raquel Taffari

no estrondo de uma onda
perdendo o equilíbrio
cada turista no litoral
fugiu da espuma rapidamente
humanos e animais
são parentes
humanos e animais e ondas
são parentes
mas não sabemos o que temer mais
o terror da tempestade
ou o terror do marasmo
o parto das ondas
ou o que fica depois
o mar estava subindo
as ondas estavam vindo
fez inverno naquele verão
a onda nos alcançou e nos derrubou
virou a ressaca da população
sobrevivemos ao aprender a nadar
foi a manhã mais viva de toda a estação
minha irmã me abraçou e disse
a onda nos abençoou


Um abraço.
Até breve.

Terceiros classificados do Concurso Natureza

por talesforlove, em 28.07.23

Hoje, pese embora o impacto mediático dos fogos florestais na Grécia, e o pequeno grande susto em Cascais, ficam ainda os terceiros lugares do nosso Concurso Literário. Que sejam responsáveis por momentos descontraídos e de paz.

 

3ºs Lugares, em empate.

 

Miragem /Fata Morgana, por Alberto Arecchi (Itália)

 

MIRAGEM (versão Portuguesa de Fata Morgana, em Italiano)

 

Venho do mundo da Fada Morgana,

onde a água do Aspromonte

desce ao mar em cem rios

desde os bosques de abeto e faia.

Meu mar é como um grande rio,

uma corrente que sobe e desce

quatro vezes no dia

acima do redemoinho

profundo de Charybdis,

onde antigas sereias cantam.

No horizonte do mar

torres aparecem

e cidades fantasmas.

Longe ao sol do meio-dia

a alta pluma do vulcão Mongibello

e os fogos que à noite

flamejam de seu topo,

para lembrar que a natureza

nunca foi domesticada.

A terra treme, o vulcão ruge.

O espírito da primavera

paira entre os ramos dos pessegueiros

e mil fadas brilhantes

esvoaçam em torno das flores.

Têm asas multicoloridas,

brilham como as estrelas

em uma noite mágica

em meio ao chilrear dos grilos.

Encantamento de uma noite sem idade,

noite de lua nova,

sem a luz da lua,

iluminada pelas estrelas

e pelos espíritos da natureza.

No vento e no sol,

flores de limão em árvores,

agaves floridos e figueiras-da-Índia,

as rosas do jardim de minha mãe,

os cardumes de sauro,

os outros peixes do Estreito,

os pássaros, as rãs nos riachos,

como há tantos anos…

as raposas, os javalis, os lobos

do Aspromonte.

 

 

FATA MORGANA (versão original Italiana do poema Miragem)

 

Vengo dal mondo della Fata Morgana,

dove l’acqua dell’Aspromonte

scende al mare in cento fiumare

dalle abetaie e dalle faggete.

Il mio mare è come un grande fiume,

una corrente che sale e che scende

per quattro volte al giorno

sopra il gorgo profondo di Cariddi,

ove cantano antiche sirene.

Sull’orizzonte del mare

compaiono torri

e città di fantasmi.

Lontano, nel sole del mezzogiorno,

l’alto pennacchio del Mongibello

e i fuochi che di notte

lampeggiano dalla sua cima,

a ricordare che la natura

non è mai stata domata.

La terra trema, il vulcano brontola.

Lo spirito della primavera

aleggia tra i rami dei peschi

e mille fatine brillanti

svolazzano intorno ai fiori.

Hanno ali multicolori,

risplendono come le stelle

in una notte d’incanto

tra il frinire dei grilli.

Incanto d’una notte senza età,

notte di luna nuova,

priva della luce della luna,

rischiarata dalle stelle

e dagli spiriti della natura.

Nel vento e nel sole,

fiori di limone sugli alberi,

agavi in fiore e fichi d’India,

le rose del giardino di mia madre,

i banchi di costardelle,

 gli altri pesci dello Stretto,

gli uccelli, le rane nei ruscelli,

come tanti anni fa…

le volpi, i cinghiali, i lupi

dell’Aspromonte.

 

Sobre este poema: um belo e místico olhar sobre o ser mais íntimo e selvagem da nossa mãe natureza.

 

 

Progresso, por Suzane Oliveira (Brasil)

 

Peixes no lago,

Que vastidão!

Céu, floresta, água,

Animais em comunhão.

 

Peixes no lago,

Que multidão!

Serras, redes, fábricas,

Homens em ação.

 

Peixes no lago,

Que poluição!

Ar, terra, água,

Animais em extinção.

 

Peixes no lago,

Que aberração!

Dejetos tóxicos,

Água em podridão...

 

Peixes no lago?

Que destruição!

Morte por todo lado,

Homens sem coração...

 

Sobre este poema: um questionar acutilante sobre a ação humana e as suas consequências. Podemos, tal qual a autora, questionar: dejetos tóxicos ou reutilização? drones para matar ou drones para matar? peixes no lago ou na nossa imaginação poluída?

 

 

 

Mar, por Luciane Almeida (Brasil)

 

Mergulhei no mar dos teus olhos

Envoltos em mistérios,

Atrevi-me a desvendar

Será que nas ondas da tua alma

Um dia eu poderei navegar?

Nesse mar de emoções

Às vezes calmaria, em outras ventanias

Será que eu poderia

Em teu porto ancorar?

Tão certo como o sol nasce

E se põe a beira-mar

Eu poderei partir,

Mas voltarei para te encontrar

 

Sobre este poema: aproveita a porta de entrada que são os nossos olhos, para se perder em sentimentos que mais parecem parte de uma autobiografia, feita nos mares da alma de outro ser humano.

 

Até breve.

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