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Contos das Estrelas

Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)

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Poemas em 3º Lugar do Concurso Natureza 2020-2021

por talesforlove, em 04.07.21

 

Boa noite caros Amigos e Amigas das letras e da natureza, é sabido que a nossa mãe natureza é uma “caixa de surpresas” em eterna evolução. Já lá vão uns anos desde que Darwin fez a experiência de cortar as pontas de algumas raízes e depois verificou que estas deixavam de crescer tendo em conta a ação da gravidade, ainda assim, a natureza, neste caso as plantas, continuam a conter mistérios que não se conseguem entender….

Seguidamente apresentam-se dois poemas vencedores que ficaram em 3º lugar, o que também é algo inesperado mas que além de revelar o interesse destes trabalhos sinaliza igualmente o mistério de tentar colocar os nossos pensamentos no papel. Afinal…

 

 

3º lugar: (empate técnico)

 

“Cores de Novembro” por Catarina Canas (Portugal)

 

 

as cores de novembro quentes de ouro,

em murais de folhagens encantadas,

conferem aos dias tal tesouro,

fazem esquecer e aquecer as madrugadas.

 

 

dias grandes em noites escuras desaguam,

roubando a luz que ilumina cada hora,

pinceladas invulgares que continuam

a permitir aos grandes dias ir embora.

 

 

é de lembrar que tudo sempre recomeça,

tudo nasce tudo vive tudo morre

numa dança audaciosa e colorida

com atitude na estrada que percorre.

 

 

 

 

 

“Flores Urbanas” por Marcelo Souza (Brasil)

 

 

Numa terra ocupada

O ser humano é o maior culpado

A flor não respira...

Ela piora com a poluição,

Folhas sujas de fumaça

Um cinza que sufoca.

As flores urbanas sofrem.

As pessoas sofrem...

A natureza reluta...

O povo luta.

Mais prédios aparecem,

No amanhecer ninguém conhece.

Ninguém merece...

A floresta empedrou

A pedra dominou,

As flores raras se escondem

As flores de plástico aparecem

E no mundo artificial

A ruína é total

Pobre desse animal

Num desenvolvimento total

Vai sucumbindo, definhando

Até voltar para a natureza.

 

Som

 

Sem dúvida, dois belos poemas, como resultado de muito trabalho e empenho. Parabéns aos Autores.

tronco.jpg

 

 

 

 

Até breve.

1 de Setembro 2019 – Parte 2 – Livros, Jorge de Sena e Lítio

por talesforlove, em 01.09.19

Hoje, mesmo hoje, termina a 4ª Festa do Livro em Belém, uma iniciativa da Presidência da República de Portugal. O programa está disponível em:

 

http://www.presidencia.pt/?idc=199

 

Uma iniciativa que também recorda, este ano, os 100 anos do nascimento de Jorge de Sena, um poeta que vale a pena conhecer. Fica aqui a sua história de vida:

 

http://cvc.instituto-camoes.pt/seculo-xx/jorge-de-sena-55876-dp1.html#.XWtVFy5KjIU

 

Convida-se à leitura do poema “Uma Pequenina Luz” por Jorge de Sena:

 

Uma pequenina luz bruxuleante
não na distância brilhando no extremo da estrada
aqui no meio de nós e a multidão em volta
une toute petite lumière
just a little light
una picolla
… em todas as línguas do mundo
uma pequena luz bruxuleante
brilhando incerta mas brilhando
aqui no meio de nós
entre o bafo quente da multidão
a ventania dos cerros e a brisa dos mares
e o sopro azedo dos que a não vêem
só a adivinham e raivosamente assopram.
Uma pequena luz
que vacila exacta
que bruxuleia firme
que não ilumina apenas brilha.
Chamaram-lhe voz ouviram-na e é muda.
Muda como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Brilhando indeflectível.
Silenciosa não crepita
não consome não custa dinheiro.
Não é ela que custa dinheiro.
Não aquece também os que de frio se juntam.
Não ilumina também os rostos que se curvam.
Apenas brilha bruxuleia ondeia
indefectível próxima dourada.
Tudo é incerto ou falso ou violento: brilha.
Tudo é terror vaidade orgulho teimosia: brilha.
Tudo é pensamento realidade sensação saber: brilha.
Tudo é treva ou claridade contra a mesma treva: brilha.
Desde sempre ou desde nunca para sempre ou não:
brilha.
Uma pequenina luz bruxuleante e muda
como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Apenas como elas.
Mas brilha.
Não na distância. Aqui
no meio de nós.
Brilha

 

 

Após a leitura deste poema, que nos apresenta inúmeros “recantos” e motivos de interesse, somos tentados a continuar a pensar em poesia…

 

Apresentamos o poema em 3º Lugar, também Vencedor da Antologia “Natureza 2018-2019”:

 

“Chuva” por Maria Catarina Canas de Portugal

 

 

CHUVA

 

Sinto que a chuva me pede respostas

Por ao cair uma canção entoar

Será que eu posso e canto com ela ?

Será que apenas devo observar ?

O que as gotas pequenas e grandes

Dizem no céu no seu voltear

É um mistério sempre estranho

Que muito anseio poder desvendar

Em toda a canção o encanto está

No poder perceber as notas dispersas

Que parecem encetar muitas conversas

Mas melodia as gotas entoam

E quem com elas souber entoar

Música infinita irá encontrar

 

Atualmente, existe algo de novo que surge em Portugal e que pouco tem a ver com poesia mas sim com trabalho e pragmatismo e ambiente, ou seja, o início da exploração de lítio a ser utilizado em baterias dos carros elétricos. Pode-se dizer que sim, que existe uma nova arte nas engenharias, o de proporcionar tecnologia mais amiga do ambiente e que isso é poético. E sim, com carros elétricos abre-se a fabulosa oportunidade de termos transportes menos poluidores, com menor emissão de dióxido de carbono e menor ruído. Sim, tudo isto é verdade. Mas, então porque temos manifestações em Portugal contra esta exploração de lítio? 
Veja-se esta notícia: 

 

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/cerca-de-400-pessoas-unidas-na-serra-da-estrela-contra-a-exploracao-de-litio

 

A verdade é que existe o receio de ver multiplicados os impactos negativos de outras explorações mineiras, os quais frequentemente não são minimizados. Assim, o teste de novas soluções para minimizar este impacto poderá ser benéfico. Afinal, hoje existem inúmeros estudos para acautelar a exploração de Marte e não se acautela a exploração da Terra? Por exemplo, existem estudos que sugerem a utilização de cianobactérias para produção de oxigénio no espaço, e estes resultados são divulgados, e seria excelente ver a divulgação e exemplos reais de uma exploração mineira mais amiga do ambiente.

No mundo do cinema existem alguns filmes que exploram o eventual fracasso da nossa exploração da Terra, como principal instigador de uma exploração do espaço. Veja-se este trailer do filme Interstellar:

 

 

 

Até breve.

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