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Contos das Estrelas

Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)

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A América do Sul e um pouco de poesia

por talesforlove, em 04.10.24

Por não haver tempo para mais, porque têm surgido situações neste nosso planeta, com um tal ritmo que é impossível escrever tudo o que todas elas têm de relevante para a temática ambiental, centramo-nos hoje nas secas e nos fogos da América do Sul.

É um facto, fogos florestais descontrolados são hoje uma realidade visível em qualquer ponto do globo. Vejam-se as seguintes notícias relativas à América do Sul, com destaque para o Brasil, e a Floresta Amazónica em agonia, e Argentina.

https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/internacional/audio/2024-09/em-2024-america-do-sul-quebra-recorde-com-346-mil-focos-de-incendio

 

e

https://sicnoticias.pt/mundo/2024-09-03-video-cerca-de-700-bombeiros-combatem-incendio-no-vale-da-calamuchita-na-argentina-f52a232f

 

Foi possível trocar algumas impressões com uma pessoa que vive no Rio de Janeiro. O incómodo motivado pelo clima mais quente e seco não é ignorado, aliás é motivador de elevado desconforto.

Não se trata apenas de uma simples mudança na realidade climática, a permanecerem estas alterações, é a própria relação das comunidades locais com o seu meio ambiente em transformação que é colocado em causa. Existe em todo este contexto uma dimensão de incógnita, podemos imaginar algo acerca do futuro, todavia podemos errar por muito. Certa é a desflorestação e os restos da atividade humana que não têm um destino “renovável” ou “reciclável”.

Na Europa não existe nenhum exemplo comparável à importância da Floresta Amazónica, também porque há muito a floresta nativa foi fortemente danificada. As parcelas preservadas são muito pequenas, pelo que não será possível aprender muito ao olhar para uma paisagem como esta. Os incêndios descontrolados em Portugal e na Argentina foram mesmo quase em simultâneo…

Vamos continuar a acompanhar a realidade ambiental na América do Sul.

 

Terminamos com a poesia profunda de André Ramos e um excerto de um poema por Cleber Arantes, que nos questiona sobre a natureza (in)finita da humanidade.

 

“Ser?”, por André Ramos

 

Ser? Serei sempre que me receberem com exaltações de alegria...

Não ser? Matei a sede a fim de chegar à superfície

Quem é Homero ao luar não sabe o que perde

Viver só vive aquele que morre para a vida


Para quê referenciar coisas que ninguém entende?

Referencia apenas o teu estado de espírito!

Criticar? Critico aquele que com o mais se critica

Criar? Não sei, pois se tem criado em demasia


Aliar a crítica à criação! Ser humorista

que com aquela se opõe a direita à esquerda! Génese imperfeita da democracia


Falar com tons de ironia, soar bem apenas em poesia

Figurar corretamente se com isso formos reis em Belém do Oriente e não dos lusíadas. 

 

flor 1.jpg

 

Até breve.

Jogos Olímpicos e um poema

por talesforlove, em 11.08.24

Hoje terminaram os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris. Foi muito bonito assistir a inúmeras provas de desporto a apelar à superação humana. Aqui fica o perfil do Comité Olímpico de Portugal no Instagram em #comiteolimpicoportugal

 

Publica-se também um poema do Concurso Natureza 2018/2019, por Vitor da Costa, poeta do Brasil.

 

ALÉM DA TERRA


Somos tão diminutos
Seres microscópicos em um recipiente transparente
Ciosos de nossa sabedoria convincente
Mas, acima de nós, há um silêncio angustiante
E indiferente
Não sinto o chão de pedras
Meus olhos fitam o céu e além
O véu anil, as formas brancas
Que moldam a imensidão que me convém
Tenho acrofobia
Todavia, voar era o que eu queria
E explorar o teto infindável
Onde os olhos sangrariam de prazer
E temeriam o desconhecido
Muito além das nossas utopias
Nos atalhos esparsos, na superfície dos cometas
Além, muito além dos solitários planetas
E das definições do tempo
O espaço morto que encobre a vida
Tão vasto, tão casto
Imaculado, absoluto
Guarda os segredos da existência
E as minhas inquietas dúvidas
Se soubéssemos o tamanho da nossa pequenez
A dimensão da nossa ignorância
Desejaríamos, ao menos uma vez,
Ser aquelas privilegiadas estrelas
Que enxergam todo o universo
Em apenas um verso.

 

Novidades e Fotografia:

https://contosdasestrelas.blogs.sapo.pt/fernando-pessoa-e-o-teatro-165701

 

Até breve.

 

 

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