Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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Nas nossas vidas, por vezes, somos tentados a fazer um balanço de tarefas importantes que conseguimos implementar durante um longo período de tempo. Este é o sentimento que agora invade este blog: o sentimento de um tempo de balanço que se impõe. Tempo de olhar para o passado, enquadrá-lo no presente e aguardar para que o futuro, de novo presente, se imponha. São já alguns anos de literatura e ativismo ambiental e atualmente, com vários movimentos ambientais com grande impacto a ser notícia todos os meses (dias?!), parece que este trabalho deve ser repensado. Quem sabe para fazer mais e melhor ou simplesmente para continuar igual a si mesmo?!
Gostaria de pensar que vários(as) dos(as) visitantes deste blog um dia, apenas pelo sentimento suscitado pelo que aqui leram, foram capazes de ser mais amigos(as) da natureza e, quem sabe, plantar uma árvore, uma planta, uma esperança.
Ao longo destes anos este blog semeou alegria em muitos autores premiados nos concursos literários e criou esperança em tantos outros, ao mesmo tempo que patrocinava a plantação e o semear de árvores, plantas e arbustos, tudo de uma forma amiga do ambiente. Igualmente, surgiram muitos poemas e até livros inspirados pela veia naturalística deste blog e ainda relações de amizade e de profissionalismo, além de trabalhos de equipa e de sucesso, sempre a pensar no bem comum que é um ambiente preservado, amigo da humanidade. Um verdadeiro espaço de partilha de arte que por vezes, não teria outra forma de ser conhecida, ou mesmo não teria o estímulo para existir.
Sim é tempo de balanço e de descansar com um forte sentimento de dever cumprido.
Ficam as músicas inspiradoras, “4 Estações” de Vivaldi, em fundo ecológico e um fado por Jerónimo Caracol, que gentilmente nos cedeu uma música para aqui ser partilhada. Ambas têm um forte toque da natureza.
Antonio Vivaldi - The Four Seasons - Julia Fischer - Performance Edit (Full HD 1080p)
[“As quatro estações” de Vivaldi nos jardins de Gales]
AndreaBocelli: "Dell'amorenon si sa" nesta música transmite-nos a intemporalidade do tema que aborda. Apenas um grande músico e um excelente vídeo nos podem transmitir esta força. E estrelas têm tudo a ver com este blog.
Que bom existir um intérprete excelente e sensível como AndreaBocelli!
O nosso Concurso Literário "Natureza 2017-2018" começa hoje!
Boa sorte. Regulamento abaixo.
Contributos do mês:
por Fátima Esteves
Adeus, irmão lobo
Morreste sozinho... Abandonado, No meio da floresta que te viu nascer, No meio das árvores que te viram crescer. Morreste sozinho... Já não sentes o cheiro das flores silvestres, Já não sentes o vento que te afaga o dorso, Já não ouves o cantar das aves. Morreste sozinho... Tinhas frio e fome, E aquele pedaço de carne não era de ninguém. Aquele pedaço de carne envenenado, Que te queimou as entranhas, Que te corroeu por dentro até ao último suspiro. Morreste sozinho... Pela ignorância de quem pensa Que és perigoso. Morreste sozinho no espaço que era teu. De olhos abertos ainda, Olhas o céu E manténs um ar tranquilo, De quem partiu em paz.
por Karina Issa
A estação das amoreiras
A primavera chegou, e com ela muitas flores coloridas, jardins ornamentados e muitas lembranças...
Como não se lembrar da chegada da primavera e suas amoreiras carregadas de suculentas e deliciosas amoras? Só de pensar já me enche a boca d'água!
Lembro-me da minha infância na chácara de meu tio junto a meus primos, na disputa de quem conseguia devorar mais daquelas suculentas amoras, sempre aos berros disputando o espaço debaixo das amoreiras, descalços, com as solas dos pés manchados com a quela nódoa roxa, que depois teimavam em não sair no banho, “nem com caco de telha” brincava minha avó. E é claro que as amoras mais baixas e maduras acabavam primeiro; depois tínhamos que disputar as mais altas e mais difíceis com os passarinhos que, claro, saíam ganhando nessa!
Mas sem estresse, afinal a semana passava ligeiro e no próximo domingo outras amoreiras se encontravam “carregadas” com amoras doces e roxinhas, prontas para serem devoradas! E assim se iniciava a disputa entre os primos novamente...
Hoje esta chácara já não existe mais, mas andando pelas ruas da cidade nesta época do ano, as vejo por aí, espalhadas aos montes em parques, praças e vias públicas, sendo esquecidas e até ignoradas durante o ano, até a chegada da primavera. Então vejo “caçadores” parando, durante uma caminhada ou na volta do trabalho, sob suas frondosas sombras, se equilibrando nas pontas dos pés, apanhando e se fartando com estas frutinhas arroxeadas, uma delicia!
Vergonha por quê? Afinal de contas todos nós já fomos crianças um dia, e relembrar sempre faz bem!
Relembramos:
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Pode submeter/enviar o seu trabalho para publicação do mês entre 10 e 14 de cada mês.
A floresta respira e, como resultado, o planeta terra também respira, dando-nos o oxigénio de que necessitamos para viver. Durante o Inverno, no hemisfério norte, onde está a maioria da terra não submersa do Planeta, muitas árvores perdem as folhas, e o dióxido de carbono aumenta na atmosfera, de que resulta um pequeno aumento da temperatura global. Na Primavera e durante o Verão, as árvores criam folhas, que permitem a captura de dióxido de carbono, fazendo com que o clima se torne ligeiramente mais fresco.
Para vos dizer a verdade, considero que as árvores são preciosas onde quer que se encontrem, quer estejam sozinhas numa rua cinzenta quer estejam num pequeno grupo num bonito jardim artificial. Ajudar uma árvore a crescer é como ajudar a crescer uma amizade, é um acto de poesia, e quem sabe que contos podem inspirar os raios solares que atravessam os seus ramos.
Nenhum animal do mundo quer saber de poesia escrita porque lhe basta a poesia visual das flores ou dos recifes coloridos. Os animais simplesmente desfrutam a beleza das dádivas da natureza pura!
Mas você sabe que a subida de temperatura média do mar em dois graus Celcius pode causar sérios danos aos recifes? E sabe que o grande segredo dos cães é a sua amizade e abordagem simpática para connosco? Certamente, sente que toda a criatura viva é Natureza; nós mesmos somos parte da Natureza, e por isso também merecemos um poema… Proteger as flores é proteger-nos a nós.
A vida é especial, e é por isso que fazemos o convite para participar com o seu melhor poema ou conto sobre a Natureza.
Desejamos seleccionar 36 poemas e 4 contos para uma antologia que será publicada como e-book em PDF (e eventualmente para Windows 8).
Regulamento:
A participação neste concurso é gratuita.
Qualquer pessoa de qualquer país pode participar desde que submeta trabalho redigido em português.
Cada participante pode submeter dois poemas, sem limite de palavras, e um conto, com um máximo de 3000 palavras.
Os trabalhos devem ser enviados por e-mail para Rui M. (ruiprcar@gmail.com) juntamente com nome, país, contacto electrónico. O assunto do e-mail deve ser “Concurso Literário Internacional ‘Poemas e Contos para Natureza – 2015’”.
Os autores premiados têm direito a certificado em formato digital.
Os cinco primeiros classificados na categoria poemas têm direito a uma gravação áudio do seu poema.
Todos os poemas seleccionados serão publicados em antologia, a qual estará disponível em formatoPDF (possibilidade de vir a existir em Windows), com um custo de 2,5 € (pagamento por PayPal). Os autores premiados têm direito a uma versão gratuita. Do valor cobrado nas vendas, serão utilizados 50 % para pagar custos do concurso, 25 % para plantar árvores e 25 % para o prémio monetário do próximo concurso literário.
Data limite de participação: 30 de Setembro de 2015.