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Contos das Estrelas

Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)

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A Antologia, Humbelina de Mattos e o Mar

por talesforlove, em 29.11.21

Porque a Antologia Natureza 2015/2021, em papel, contém um poema sobre o mar, aqui fica igualmente um vídeo sobre o filme Terra Nova, de 2021. O mar contém muita diversidade biológica e, por este motivo, deve ser igualmente o foco do estudo e antenção voltados para a preservação do ambiente. O mar dá-nos alimento mas também inspiração para a imaginação.

Mar, por Humbelina de Mattos, Brasil

Imprevisível em meu estado vivo
Sou o mar
Manso, leve e livre
Voraz, potente, exuberante
Guardo em minhas profundezas
Segredos , tesouros , lembranças
Objetos perdidos
Pra sempre, missing

[…]

 

Para obter um exemplar da Antologia, basta enviar-nos um e-mail.

Até breve.

Crítica a António Cisneros e Lisboa sempre revisitada

por talesforlove, em 02.04.21

Hoje, recorda-se o poema "Então nas águas de Conchán", de António Cisneros.

https://contosdasestrelas.blogs.sapo.pt/tempo-de-ciencia-esperanca-pandemia-e-95013

 

Uma tentativa de crítica literária.

 

Há mais marés que marinheiros, tal qual há mais interpretações possíveis para este poema… feito de uma baleia, baleias em sonho, pedaços de vidas, recortes de imaginários, esperanças e fonemas.

Existe uma baleia feita de esperança, a qual dá à costa e ilumina as vidas de gentes quase despidas dessa mesma esperança… Desprevenidas, aperceberam-se, então, que a sua mãe natureza já os e as havia dotado dos instrumentos físicos e mentais, para aproveitar tudo o que ali se encontrava à mão, para construir um futuro melhor.

A nossa mãe natureza é tal qual um canivete Suíço, contém em si todos os caminhos do universo, desde os abismos marítimos até à vizinhança de Cassiopeia. Resta-nos “olhar e estar de acordo” tal como no poema Girassol de Ricardo Reis. Afinal, ser uma pessoa é também ser natureza, nada somos sem que ela nos permita. Por decreto? Por regulamento? Não, quase determinismo inicial. Nós somos ela e ela somos nós. Ela domina-nos como a uma mão protetora que nos impõe obstáculos para que os possamos contornar, aprender, comunicando melhor, tornando-nos mais humanos. Que tal seja algo positivo.

A pobreza das gentes deste porto marítimo de 1976 é aquela material, permitissem-lhes, dessem-lhes, os mesmos caminhos e rapidamente se tornariam tão cintilantes quanto os outros “não pobres”.

Estas letras e palavras contam-nos como aquele estado de encantamento perante o mar se, por um lado, tolhe os movimentos, por outro, faz crescer a cana de pesca das ideias ou dos sonhos, nas palavras de Augusto Curry. Sim. Existe sempre uma réstia de sol que escapa por entre as nuvens, até que ilumine, com a sua energia, um qualquer óleo balear que irá aportar algures nas vidas de alguém. Tal qual um voltar de página, um salpico de letras sobre as areias depositadas pelas ondas, sempre maiores que quem quer que seja que as tente domar. E sim existe uma magia única a cada bater de uma barbatana de baleia que, azul, percorre os sete mares, sempre com uma aventura diferente, tal como fossem possíveis analogias com as viagens pelas sete colinas de Lisboa.

 

Entretanto, e porque a música se impõe, talvez pela luz da primavera, uma versão de "O Fado Português", pela I Maresias - TunaMaria.

https://www.facebook.com/TFIST/videos/819643462202052/

 

Um abraço.

Até breve.

 

 

 

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