Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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É com enorme prazer que informamos estar “concluída” a produção da Antologia Natureza 2018-2019.
A conclusão deste trabalho poderia nunca ser dada como real, dada a tamanha beleza dos trabalhos recebidos e selecionados e a inspiração por ela suscitada.
Este ano, a Antologia divide-se em Caderno 1 e Caderno 2, em quase 300 páginas de sucesso crescente.
Fica um abraço suave e incondicional, como o de uma árvore, tal qual a árvore e o amor na música seguinte:
“Ombra Mai Fu” (“Sombra nunca foi” ou “A árvore nunca foi sombra”) por Franco Fagioli.
E como estamos em Agosto, tempo de regresso a Portugal de imensos Emigrantes Portugueses, fica uma música de homenagem, com um vídeo realizado durante uma dessas viagens de regresso, por exemplo, a partir de França.
Agosto começa com as suas promessas habituais de mês a meio caminho do final do ano: “como uma renovação sempre reafirmada na pausa das férias”. E muitos de nós olhamos com um pouco mais de atenção os dias que passam, como se o azul fosse mais azul. Fica hoje o convite para leituras que nos convidam a renovar o nosso olhar de leitor(a) e nos levam a crer em literatura renovada.
O livro “Requiem pelo planeta azul”, por Regina Gouveia, é um belo exemplo de obra literária inspirada pela natureza. Vale certamente muito a pena, conhecer este livro para o ler com o interesse de quem procura poesia naturalista e por vezes ativista da causa da conservação da natureza. Chegamos ao fim deste livro e lamentamos o seu final.
Cinzel
Entalhando o tempo, burilando o espaço,
um cinzel de artista
esculpiu este planeta azul de fundos oceanos.
Na memória, aprisionado,
o pó de um longínquo passado.
13.
Água, esquife de Ofélia,
fonte de vida para o lírio,
a bromélia, a rosa, a camélia,
para as flores no altar.
Água de sangues e linfas,
de sereias e ninfas,
dos homens cativa,
cada dia mais ténue o seu respirar.
O livro “Thoughts” (Pensamentos) de Mr. Ben (Chimezie lhecuna) é uma Antologia poética bastante introspetiva, que nos faz pensar sobre o mundo e sobre o que sentimos através dos olhos do autor, que nos colocam perspetivas diferentes das que alguma vez teríamos, pelo menos nas formas filosóficas de as conceber. Um bom exemplo é o seguinte poema:
Your Imagination is Your Reality
The beauty of the world is explained by its imagination
Hence, the reality behind its existence
The essence of humanity’s influence is predicated on the perceptive power of
Imagination
Hence, the reality behind its feats
The dynamic power of nature has its deep-rooted meaning in imagination
Hence, the reality behind its peculiar principles
The experiences you go through as a person have their foundations embedded
in your imaginations
Hence, the reality behind what shaped you as human.
Tradução, por Rui M.:
A Tua Imaginação é a tua Realidade
A beleza do mundo é explicada pela sua realidade
Portanto, a realidade que suporta a sua existência
A essência da influência da humanidade é explicada pelo poder percetivo da
Imaginação
Portanto, a realidade que suporta dos seus factos
O poder dinâmico da natureza tem o seu significado fortemente ancorado na imaginação
Portanto, a realidade suporta os seus princípios peculiares
As experiências que vives enquanto pessoa têm as suas fundações alicerçadas
nas tuas imaginações
Portanto, são a realidade do que te formatou enquanto ser humano.
Podemos encontrar algumas obras deste autor, em Inglês, em:
“Santa In Two Worlds” (“O Pai Natal em Duas Palavras” ou “O Papai Noel em Duas Palavras”)
Para terminar a nossa viagem poética deste início de Agosto de 2019, fica aqui um poema de Pedro Vale, cheio de e a transbordar de natureza marítima:
Açores
Nos campos de verde-chá Dorme a alva frescura habitada.
Sentir o azul cheiro no ar,
Sem gente
No lugar.
- Ah, o mar, o mar dos Açores!
Ouvir a espuma desse mar enxuto no olhar…
Esperamos que gostem dos poemas aqui publicados, caso tenham interesse por algum dos autores e falhe aqui algum link para alguma obra, basta contactarem-nos e iremos, se possível, facultar, com todo o gosto.
Hoje pensamos um pouco sobre moda e ambiente, depois lemos um poema por Rui M. e finalmente, homenageamos Avicii (Tim Bergling), o DJ Sueco que partiu prematuramente a 20 de Abril de 2018.
O ambiente e a moda:
O conceito de “armário capsula”, já conhecido por tantas pessoas pode ser algo muito amigo do ambiente. Trata-se de ter um número limitado de peças de roupa que combinam perfeitamente umas com as outras e, portanto, significa ter menos roupa e utilizar mais a que temos.
Assim, se a nossa procura por roupa diminui a produção de roupa, eventualmente, também diminuirá, idealmente na mesma proporção, o que significa um estímulo a uma menor utilização dos recursos naturais.
Não defendo que a nossa vida se torne um suplício, no que diz respeito a vestir algo que gostamos, não o fazendo porque queremos ser mais “verdes”.
Fica apenas um “lembrete” relativamente a esta ideia, que até podemos tentar aplicar em parte. Porque não?
“Rosa Azul” por Rui M.
I
Doce é o vento do teu céu,
Que cai suavemente sobre os vales profundos
E os verdes que neles habitam,
Recobrindo os seus monstros, que neles vivem,
Quando liberto a minha imaginação, pura,
Sem a alegria da novidade, porque,
Tudo em ti me aprisiona com a tua força,
Feita de encantamento, como numa história
Das mil e uma noites e de uma esplanada
Na noite de faculdade.
De sonho é esse vento que me abraça,
Que beija as tuas faces e as de todos,
Que vem e tudo preenche,
Tal como quando uma criança adormece,
Embalada com a correria da tarde e já
Não sente o corpo; e seja o prolongamento
Do ambiente que a envolve e lhe garante tudo:
O futuro e ela são, então, suportados pela natureza.
A mãe de todas as cores e também tua mãe,
Que és azul como nunca uma rosa foi.
II
Não fosse o ser humano parte da natureza,
e tu não serias natural…
Fosse o mar sempre verde esmeralda ou escuro,
e tu não serias da cor dos oceanos…
Fosse eu imensamente desatento,
e tu não me surpreenderias tanto…
Sou atento, já não me julgava capaz de sentir surpresa.
Não fosse este mundo às vezes tão injusto…
Não te seria eu tão grato, por existires.
Não há espinho em ti que não seja meu,
porque o sangue que foge dos meus dedos
é a liberdade de te acariciar tal como és,
quem ama, ama plenitude,
não há dor que suplante o amor.
Estou certo, não sei porquê,
que terias sempre de existir,
para que o universo fosse pleno
e o azul do cosmos que cintila,
nos anéis de gelo e pó de Saturno,
decidiu repousar, em ti,
Vénus século XXI, que o seduziste,
até um só serem.
Como o arco e a mão de criança,
que brinca, brinca, brinca.
Por Avicii.
Este vídeo, além de ser muito apelativo, mostra-nos muito verde e inspira-nos a seguir sempre em frente.
Nada melhor do que começar o ano com sol e alguma bela poesia!
É interessante verificar que a par da publicação em papel surge imediatamente a publicação em formato digital. É algo que parece ser bom para o ambiente pois existe menor consumo de papel e o gasto de energia dos equipamentos de leitura parece ser negligenciável. A estes factos acresce que o formato digital é menos oneroso que o formato em papel. Para muitas pessoas, o livro continua a ser algo privilegiado na leitura de poemas e outra literatura, sendo que, podemos alegar, ainda contém a magia das coisas sem tempo e eventualmente sem grande complexidade.
Assim, com grande alegria, convidamos à leitura do livro “FAZENDO AMOR COM O UNIVERSO EM VERSOS” (Outubro 2018) de Claudete Soares (Brasil – Bento Gonçalves - RS), Editores Valdir Ben e Vânia Bortoletti, o qual nos apresenta um conjunto de poemas de grande sensibilidade estética e humana, a par de uma composição gráfica belíssima. Entre esses trabalhos encontra-se o seguinte:
Ainda outro livro de poesia, que vale a pena conhecer, é “Azul Instantâneo” (2018) por Pedro Vale (Portugal – Madeira). A poesia visual é muito importante neste livro e sem dúvida oferece uma diversidade na interpretação do que se pretende transmitir. Assim, não é de estranhar que o design gráfico da obra, nomeadamente na capa, apresente linhas tão simples, não ofuscando, de forma alguma, o conteúdo poético já de si tão gráfico.
Um poema, sem nome, a ler será:
Talvez um dia recordes
num qualquer espelho torto
quão simples fora a tua salva
e te lembres daquela vez
em que ceáramos apenas meia
laranja e nada de pão naquela casa cega
com o telhado a verter lágrimas
de fel.
E ainda este:
Para contactar o autor, recomenda-se o seguinte contacto: valedepedro@gmail.com
Finalmente, convida-se à leitura de um poema naturalista por Marcelo de Oliveira Souza, IwA (Brasil):