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Contos das Estrelas

Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)

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Para as vítimas dos Fogos e Cheias

por talesforlove, em 17.07.21

Os recentes incêndios no Canadá, Chile e EUA, com as altas temperaturas a acompanhar a tragédia, só por si já eram manifestações importantes de alterações climáticas e/ou ação nefasta dos seres humanos sobre o ambiente.

Recentemente, as cheias na Alemanha, confirmadas como um resultado de aquecimento global, somam ao espanto já antes sentido... Afinal, é mais uma situação difícil de entender.

 

Fica hoje um conto por Vitor G. (Brasil), no qual a natureza é vista com alguma apreensão. 

 

Título: Conhecendo a natureza

 

Eu estava voltando do trabalho para casa, andando pelas ruas

movimentadas e escutando nada a não ser o som de motores e buzinas. O

ar estava fresco, mas eu sentia a poluição do trânsito, que o deixava

mais pesado. Já começava a anoitecer e as luzes dos postes já se

acendiam, tingindo o solo de um tom ora amarelado, ora azulado, num

contraste entre quente e frio que dava um aspecto ambíguo às ruas.

Isso se dava por estarem substituindo as lâmpadas de vapor de sódio,

amareladas, por lâmpadas LED mais modernas, de tom azulado. Segui pelo

caminho, observando as luzes e o intenso azul-escuro do céu que

anoitecia.

 

Caminhei pensativo, com as mãos nos bolsos e cabeça arriada, olhando

para o chão e desviando dos lixos que via pelo caminho. Minha vida era

infeliz. Eu podia até ter um trabalho que pagasse razoavelmente bem,

mas não tinha mais nada, nem amigos, nem família. Nada. Pensei em como

minha vida era desse jeito devido à maneira como a sociedade moderna

vive. Nós nos afastamos da natureza de tal maneira, que vivemos num

mundo artificial, fazendo atividades artificiais e vivendo

relacionamentos artificiais.

 

Imaginei então que eu pudesse buscar ter mais contato com a natureza.

Isso talvez me fizesse bem, mesmo que se fosse apenas por alguns dias.

Eu estava prestes a entrar de férias no trabalho, então imaginei que

eu pudesse aproveitar alguns dias em algum lugar mais afastado.

Cheguei em casa e logo pesquisei na internet por locais turísticos,

com natureza, próximo de mim. A maior parte dos lugares que eu

encontrava eram hotéis fazenda, mas não era o que eu queria. Eu queria

ter contato com algo natural, que pudesse me sintonizar com a natureza

de uma forma mais primal, então continuei pesquisando até encontrar um

hotel próximo a um morro na região. Não era um morro muito alto. Seu

ponto máximo estava a 405 m de altitude. Podia não ser tão alto, mas

para mim, que vivia preso dentro da cidade, seria algo fabuloso.

 

Pesquisei então pelos atrativos turísticos do local e vi que haviam

diversas trilhas que poderiam ser feitas. Isso era exatamente o que eu

precisava. Fazer uma trilha até o topo do morro certamente me faria

bem e me conectaria com a natureza, há tanto desconectada, pelos

longos anos preso dentro da mesma cidade.

 

Eu nunca havia feito uma trilha como essa antes e não fazia ideia do

que levar, então pesquisei na internet e encontrei diversos vídeos

explicando as dificuldades que eu enfrentaria e me recomendando que

utilizasse calças compridas, tênis, boné ou chapéu e repelente, além

de levar água para ir bebendo durante o percurso. Foram ótimas dicas.

Eu já pensaria em ir de calça e tênis, mas não teria lembrado de levar

o repelente.

 

Sem delongas, fiz minha reserva no hotel e já no dia seguinte, comprei

o repelente numa farmácia. Aguardei ansiosamente até que entrasse de

férias, para comprar minha passagem e me preparar. Arrumei minha mala

dias antes, colocando tudo que precisava e conferindo várias vezes,

para me certificar de que não estava esquecendo nada. Enfim, o dia

chegou e caminhei com a mala nas costas até a rodoviária, onde peguei

o ônibus que me levaria ao local. Foi uma viagem tranquila e sem

eventos. Passei a maior parte do tempo olhando pela janela e

observando como a paisagem se transformava gradualmente, à medida que

eu me afastava dos centros urbanos. O cinza era substituído pelo verde

e as caóticas construções de concreto e argila eram substituídas,

primeiro por longos campos repletos de gramíneas, onde podia-se ver

numerosos rebanhos pastando sob o ameno sol da manhã. Em seguida, os

campos eram substituídos por densas matas, por onde os raios de sol

sequer conseguiam atingir o solo. Eu me aproximava do local.

 

Desci do ônibus num pequeno povoado próximo ao morro e de lá, segui

para o hotel, onde desfiz minha mala e tomei um banho. Em seguida,

desci para almoçar num restaurante próximo. Era um local rústico e de

comida caseira. Não havia nada de luxuoso, mas a comida era gostosa.

Retornei ao hotel para escovar os dentes e então caminhei até o parque

do morro, onde aguardei na recepção de turistas, enquanto esperava que

o pesar do almoço se aliviasse. A recepção era uma construção simples,

onde várias pessoas entravam e saíam. Os que estavam chegando, paravam

para ler as informações sobre o lugar, enquanto os que estavam

retornando, paravam para descansar.

 

De acordo com as informações nos cartazes, o morro tinha 405 m de

altitude, o que não era nada espantoso, mas era o ponto mais alto da

região e possuía um dos maiores isolamentos topográficos do país, de

aproximadamente 2000 km, significando que em um raio de 2000 km não

havia nenhum ponto mais alto do que aquele. Após ler diversas

curiosidades sobre o local, saí e caminhei rumo à trilha. Eu estava

preparado, com a roupa adequada, repelente e água. Não levei mais nada

e sequer carreguei o celular para tirar fotos, pois eu queria me

aproximar da natureza.

 

Iniciei a caminhada entusiasmadamente, em rápidas passadas. À minha

frente havia um grupo de jovens, que ocupavam toda a espessura da

trilha, então procurei a primeira oportunidade de deixá-los para trás

e segui. Passei por algumas pessoas que subiam sozinhas, alguns casais

e um grupo da terceira idade, que pareciam ser os mais animados de

todos.

 

Eu estava tão acostumado a andar em planícies, que a subida me cansava

facilmente. Eu sentia o esforço dos músculos das minhas pernas,

enquanto minha respiração ofegava. Percebi que eu jamais conseguiria

chegar ao topo se andasse daquela maneira, então diminuí o passo e

parei para descansar em alguns pontos. Logo vi algumas das pessoas que

eu havia deixado para trás me ultrapassando.

 

Bebi um pouco da água e continuei. Dessa vez, andei mais calmamente,

observando a paisagem. Havia a mata para ambos os lados e a trilha era

a única parte onde se podia andar. Estava ligeiramente escuro, apesar

de estar em pleno início de tarde. O verde das folhas parecia

refrescar a minha visão, há tanto contaminada pelo cinza O ar, embora

mais difícil de respirar, era agradável e de pureza inigualável.

Caminhei por entre as folhagens, escutando os sons de pássaros por

toda parte, num coro que superava em beleza a música de qualquer

orquestra. Segui, acompanhando a trilha com cuidado, sempre observando

onde pisava. Eu estava prestes a entrar em contato com a natureza e

conhecê-la como nunca antes.

 

Precisei fazer mais uma pausa e bebi o restante da água que eu tinha.

Meu suor escorria pelo rosto e meu coração estava disparado. Sentei

numa pedra e descansei por um longo tempo, até que me recuperasse por

completo. Não tardou até que o grupo de jovens passasse por mim, me

deixando para trás, numa ironia que parecia ser proposital.

 

Levantei então e continuei a subida, que se tornava mais íngreme. Os

músculos das minhas pernas doíam a cada passo e eu já me perguntava se

eu não deveria retornar, mas eu precisava me aproximar da natureza e,

certamente, o topo do morro seria um formidável ponto para meditação.

Além do mais, dizem que o caminho de volta é sempre mais fácil, então

persisti, ainda que em fortes dores.

 

Mais uma pausa foi necessária e dessa vez eu não tinha água para

beber. Enquanto eu repousava, o grupo da terceira idade me

ultrapassou, me deixando constrangido com a situação. Eles claramente

não viram maldade alguma em me ultrapassar e me cumprimentaram

calorosamente antes de seguir. Pensei em acompanhá-los, mas eu ainda

não havia descansado o suficiente. Olhei para uma placa de indicação e

vi que eu já estava na altura de 320 m, então não faltava muito para

terminar a subida.

 

Com sede, fome, cansado e dolorido, continuei o percurso, que se

tornava tão íngreme, que eu já apoiava as mãos no chão para ajudar,

mas, ainda assim, persisti na minha subida. O sol já não estava mais

tão intenso e, sob as folhagens, formava-se uma sombra assustadora,

que me dava uma sensação de pressa como nunca antes, fazendo com que

eu adiantasse os passos, apesar da minha condição física.

 

Eu já cruzava com diversas pessoas descendo o morro, fazendo o caminho

de volta. Muitas delas eu reconhecia, pois haviam subido comigo ou as

vi na recepção. O volume constante de pessoas retornando me fazia

perceber que já estava ficando tarde e que logo o sol se esconderia,

deixando uma profunda escuridão, que muito dificultaria o trajeto. Eu

me perguntei mais uma vez se eu deveria descer logo, mas faltava pouco

e eu precisava muito desse contato com a natureza, então persisti,

usando todas as minhas forças para terminar o percurso.

 

A vegetação já se tornava esparsa e dava lugar a um terreno rochoso,

indicando que eu me aproximava do topo, o que era confirmado pelas

placas de indicação, que mostravam a marca de 390 m. O céu já adquiria

uma tonalidade rosada, sinal de que o sol se aproximava do horizonte e

que eu deveria me apressar ainda mais. Eu apenas subiria ao topo para

contemplar a natureza e logo desceria, antes que escurecesse, pois não

fazia mais sentido retornar no ponto onde eu estava sem visitar o

tipo.

 

O momento chegou e eu estava prestes a atingir o topo do morro, de

onde eu poderia contemplar a natureza como nunca antes. Eu estava

sozinho, o que me daria uma maior introspecção. Um estado de ânimo se

espalhou pelo meu corpo, enquanto eu dava os últimos passos, forçando

minhas doloridas pernas a subir. O céu já estava prestes a iniciar a

escurecer e eu deveria ser breve. Apenas contemplaria brevemente a

natureza e retornaria.

 

Eu não sei o que eu esperava encontrar no topo do morro ou de que

forma a natureza se apresentaria lá de cima, mas a imagem que vi me

chocou, fazendo com que eu repensasse tudo que havia construído a

respeito da natureza. Assim que cheguei ao cume, avistei um gavião que

estava a devorar uma ave menor, que, ainda viva, sacudia o corpo em

vãs tentativas de fuga. A ave estava com o corpo aberto e suas

entranhas expostas, agonizando de dor, enquanto o gavião beliscava sua

carne esporadicamente e a engolia com uma calma perturbadora,

levantando o pescoço e olhando para algo distante a cada nova

beliscada, sem se importar com o sofrimento da ave e sequer se dando o

trabalho de matá-la antes de comer. A julgar pelo estado em que se

encontrava, a ave parecia estar ali há algum tempo, numa incessante

agonia, sem forças para sequer clamar por socorro.

 

Ao me aproximar, o gavião se assustou e voou, largando a desafortunada

ave para trás, diante dos meus olhos, em sua agonia terminal. Era uma

imagem perturbadora, que me fazia questionar minha subida ao morro.

Tentei observar a paisagem, mas eu não conseguiria ignorar o

sofrimento da ave, porém, ao mesmo tempo, não havia nada que eu

pudesse fazer para salvá-la, pois sua morte era inevitável naquelas

condições.

 

Incomodado com a cena e sentindo compaixão pela ave, decidi que o mais

correto a se fazer seria matá-la de uma vez, para pôr fim em seu

sofrimento. Porém, eu não possuía nada comigo que pudesse ser

utilizado para matar a ave, então teria que pisar em cima dela, com

toda a minha força. Olhei em seus olhos e vi o retrato da agonia. A

ave parecia implorar para que eu a matasse, então, relutante, fechei

os olhos e desferi um forte golpe com os pés, numa tentativa

fracassada de encerrar sua vida, mas que causou apenas mais sofrimento

ao animal e me deixou perturbado por acertar algo de textura maleável,

que se movia em agonia, em efêmera tentativa de escapar.

 

Com um forte sentimento de culpa, tentei pisar mais uma vez, para

matá-la, mas, novamente, a ave não morreu. Eu já entrava em desespero

por causar ainda mais sofrimento ao animal, em vez de encerrá-lo,

então, movido pela aflição, dei uma sequência de pisadas fortes sobre

o bicho, que finalmente encerraram sua vida.

 

Ofegante, me afastei e observei o corpo do animal, já inanimado. Eu

havia subido o morro para conhecer a natureza e havia visto o seu pior

lado. Passei meus momentos de introspecção pensando no que havia

acabado de acontecer e desde então, eu tive a consciência do quão

cruel ela pode ser e nunca mais a glorifiquei como havia feito.

 

Se desejar fazer algo em memória das vítimas, poderá, por exemplo, fazer menos uma viagem de automóvel (movido a combustíveis poluidores) ou diminuir a velocidade durante a viagem. Ambas formas de diminuir a emissão de gases responsáveis pelo eveito de estufa.

Até breve.

2 de Abril de 2019: Água, Ambiente, Moçambique e “Rosa Branca, Floresta Negra”

por talesforlove, em 02.04.19

A água é considerada fonte de vida, sem dúvida, mas, o furacão Idai com o a sua força e água associada acaba por ser um exemplo de que esta, quando em excesso, pode ser uma fonte de morte. A falta de água, ao contrário, provocando uma seca, como tem sucedido várias vezes em Portugal Continental durante este século, tem suscitado forte preocupação e também ela exige uma adaptação da nossa forma de viver.

 

Água fonte de vida

 

Ontem e hoje recomeçou a chover abundantemente em várias regiões de Portugal, sendo, sem dúvida, um sinal de esperança para todos nós.

Mas, veja-se o que estava a suceder em Portugal antes destas chuvas:

https://www.ipma.pt/pt/oclima/observatorio.secas/

 

A situação é de tal modo digna de atenção que já existe um “Observatório das Secas”. A necessidade de novos comportamentos torna-se importante, portanto, para acautelar um futuro mais seguro para todos nós. Por exemplo, se tivermos em atenção o custo do tratamento da água potável que bebemos nas nossas casas e que sai das nossas torneiras, talvez, seja uma boa ideia aproveitar captar e armazenar alguma água da chuva, quando possível, para pequenas tarefas diárias como lavar vegetais ou lavar janelas ou o carro. Imagine-se o impacto que este pequeno gesto teria se multiplicado por muitos lares. Repare-se que mesmo a água utilizada para estas tarefas simples é tratada como se fosse utilizada em consumo humano. Algo que só pode ser justificado pelos custos de distribuição da água, a qual não deve ser feita de forma duplicada.

 

Furacão Idai e Morte em Moçambique e África

 

É certamente do conhecimento de todos nós o impacto que o Furacão Idai teve em África e sobretudo em Moçambique. Muitas vidas roubadas, localidades inteiras destruídas, de novo o debate sobre as alterações climáticas e mesmo a localização de habitações face ao mar, cujo nível médio das suas águas tende a subir.

Basta olhar para estes dois jornais online e podemos ver detalhes que nos podem fazer levar a pensar na efemeridade das nossas vidas e da sua fragilidade:

https://www.mundoportugues.pt/tag/ciclone-icai/

https://www.publico.pt/mocambique?page=2

 

É neste contexto que aqui deixamos um poema por Stelio F. que obteve o 2º Lugar na Categoria Poesia no Concurso Literário “Natureza 2018-2019” (Versão em Inglês)

 

Paint me

 

Paint with forgetfulness

like the wall of time

with smoke flashing souvenirs

in all private emotions

Paint me with a brush

Paint me

grab me

No brush

With coal

  ripping me off the ground

slowly paint without haste

with dry ink

that prides itself

on this screen that is life

without coming

in the roots of my being

from my intimate pleasure

 

Tradução para Português por Rui M.

 

Pinta-me

 

Pinta com esquecimento

tal como a parede do tempo

com lembranças psicadélicas de fumo

com todas as emoções privadas

Pinta-me com uma escova

Pinta-me

Agarra-me

Sem pincel

Com carvão

   arranca-me do chão

pinta-me lentamente sem pressa

com tinta em pó

que se orgulha

neste ecrã que é a vida

sem vir

nas raízes do meu ser

do meu prazer íntimo

 

foto2ok.jpg

foto3ok.jpg

 

 

“Vozes da Primavera” (2017) por Maria A. S. Coquemala

 

Novamente, com a Primavera, justifica-se uma nova visita ao livro “Vozes da Primavera” (Editora Porto de Lenha, Brasil, contato@portodelenha.com) o qual nos encanta com a beleza da sua escrita. O livro é composto por um conjunto de contos com uma prosa muito cativante e com um ritmo muito próprio. Sem dúvida, uma oportunidade de leitura cativante e instrutiva, nesta Primavera que agora começa (em Portugal).

 

É tempo agora de olhar, pela primeira vez, um livro que nos fala de personagens que salvam as suas vidas na Floresta Negra. As árvores bebem a água para viver.

 

Um primeiro olhar sobre o livro “Rosa Branca, Floresta Negra”, por Eoin Dempsey (Irlanda)

 

“Aqueles que queimam livros acabarão um dia por queimar pessoas.” Esta parece ser a frase-chave no livro “Rosa Branca, Floresta Negra” (Editora Minotauro) a qual se bastaria a si mesma para nos fazer pensar. A profecia desta frase concretizou-se durante o regime Nazi na Alemanha da 2ª Guerra Mundial. Não será o objeto livro que está em causa mas sim as ideias que nele se perpetuam e através delas as pessoas que com elas viveram e nelas acreditaram. Hoje, os nazis poderiam queimar equipamentos kindle, por exemplo, para alcançar o mesmo propósito. Em “Rosa Branca, Floresta Negra” a crueldade contra as outras pessoas surge-nos como um crescendo: 1º anulam-se as pessoas psicologicamente, de forma cada vez mais absoluta, e depois, em 2º lugar, anulam-se fisicamente… Talvez hoje os Nazis tivessem de desligar toda a internet pois a liberdade não era um valor em que confiassem. 
Quem não se adequava aos padrões de Adolf Hitler, o Furer, seria aniquilado fosse ou não fosse Alemão e foi isso que a heroína, a enfermeira Franka Gerber, viveu, perdendo toda a família, ainda que o seu pai tivesse sido morto por um bombardeamento dos Aliados a edifícios civis. Fruto da depressão profunda que se apoderara dela, ela dirigia-se um dia para a Floresta Negra, para se suicidar, mas, todavia, não o fez, porque encontrou um soldado recém caído de paraquedas na neve, com ambas as pernas partidas. Salvando-o salvou-se.

 

[Continua]

 

Até breve.

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