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Contos das Estrelas

Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)

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Revisão crítica de “Adágios” por José Vieira

por talesforlove, em 11.08.17

“Adágios” (2017) é o terceiro livro publicado por José Vieira, pseudónimo da autora Teresa Vieira Lobo, nascida na década de 80 do século passado em Gaula . Esta obra surge após o amadurecimento literário proporcionado pelo primeiro livro “Estranhas Coincidências”, publicado em 2014, e pouco depois, em 2016, com o romance “Dedicação, Palavra e Honra”. Alguns contos publicados na revista literária “Submersa” e na plataforma “Quem conta um conto”, somam-se a esta atividade literária laboriosa.
“Adágio significa provérbio popular com mensagens de teor moral, ditado. Assim, considerando apenas o título “Adágios”, poderíamos supor que no interior deste livro iríamos encontrar uma coletânea de ditados, todavia, tal não é verdade pois, encontram-se 5 contos autónomos, todos eles, é certo, com mensagens morais explícitas com diversa gradação na forma como nos surgem.
Em prosa cativante, em ritmo marcado pela ação e emoção, surgem diante de nós as vidas, realistas, de cinco mulheres que procuram o melhor para si, e para os seus, em contextos frequentemente tormentosos mas também frequentemente felizes, muitas vezes em simultâneo, sem dúvida que a par e passo; em relato de luta entre o bem e o mal.
Na contracapa diz-se que “Adágios é um livro de vidas. De mulheres. De luta. Um dia foram elas... Amanhã seremos nós.” Convém olhar com algum cuidado esta sequência afirmativa. As vidas são, sem dúvida, o núcleo central deste trabalho, são elas que lhe dão corpo. São-no na perspetiva das mulheres, o que adiciona detalhes comoventes e familiares ou mesmo de “amor quase maternal”, como às páginas tantas se menciona, de tal forma que, quando em certo momento se fala de “essência”, já compreendemos, antecipadamente, o que se pretende referir ou pelo menos isso assumimos, dada a profundidade de alguns dos conflitos éticos com que se deparam as personagens.
Quero todavia acreditar que vários destes elementos dramáticos seriam parte destas histórias caso se de homens se tratasse... A luta ética é algo que pode dizer muito a todo o ser humano e é de seres humanos que versam estas páginas, sensíveis e cativantes. Todavia, não se concorda com a afirmação que remete para amanhã esta luta, pois por vezes podemos esquecer mas ela nos envolve a cada momento e em cada ação pois somos seres dotados de livre arbítrio.
Em resumo, a leitura de “Adágios” leva-nos longe, quem sabe a olhar “por dentro” a natureza humana. A certa altura com um prisma religioso e em outros tantos momentos tão só pelo sentir que, de facto, nos transmite. Se assumirmos que a literatura proporciona mudança ou alicerces a quem dela frui, este livro pode ser entendido como um bom caso de “literatura de catarse”. São páginas que valem a pena ser lidas.

 

Referência da obra:

Vieira, J. (2017), “Adágios”, Chiado Editora, Lisboa, pp. 97

 

Tem interesse no livro?

Aqui tem o contacto da Autora: teresavieiralobo@sapo.pt

Breve crítica visual ao filme “Rei Artur: A Lenda da Espada” (2017)

por talesforlove, em 03.08.17

O filme “Rei Artur: A Lenda da Espada” é um filme dirigido por Guy Ritchie, e escrito o guião por Joby Harold, Guy Ritchie e Lionel Wigram, o qual estreou em Maio de 2017.
A lenda da espada está associada, desde a Idade Média, à legitimidade de ocupação do trono na Grã-Bretanha, e deu origem a vários trabalhos literários por exemplo, a trilogia em verso escrita pelo poeta Francês Robert de Boron's Merlin, cerca de 1200 (Timeless Myths; 2017).
Em termos visuais a informação relativa ao tempo da ação é essencial para estabelecer uma relação de “confiança” entre o filme e o espetador, pois este último, atualmente, está bem informado sobre o que corresponde, à Idade Média Europeia, tanto em termos civilizacionais, bem como no que diz respeito a um certo imaginário que conota esta época com uma determinada “Idade das Trevas”. Algo que, em boa verdade, não é totalmente certo, sendo que para este contexto interessa apenas a 1ª impressão mais vulgarmente aceite.
As imagens do filme permitem-nos ser transportados para um tempo diferente do nosso, sendo nós levados, confiantes, pois o retrato corresponde ao que já havíamos preconcebido. Os efeitos visuais, adicionados ao trabalho dos atores, no mesmo plano, conferem um grau extra de impacto ao drama que nos envolve, passo a passo, suavemente, como se nos puxasse para dentro da tela.
Eventualmente, por vezes, os efeitos especiais podem ser usados em demasia em certas zonas de conjunto, a tal ponto que por vezes podemos ficar confundidos com a imagem de um qualquer jogo de computador. Esta situação, não sendo algo necessariamente mau, pode contribuir para que alguns espetadores não se sintam tão atraídos. Adicionalmente, o desempenho dos atores principais parece ser excelente, na minha modesta opinião, sendo que talvez um pouco mais de tratamento da cor da pele dos atores, poderia acentuar o “ar” grave e de extremo contacto com a natureza rude que a ação parece exigir.
O filme é excelente, muito interessante e envolve-nos; sendo que vale a pena ser visto, tanto pelo imaginário Europeu como pelo realismo dramático de várias sequências.

Leva-nos a crer que tem uma certa aura, no sentido de Walter Benjamin.

 

Biografia:

Timeless Myths (2017), https://www.timelessmyths.com/arthurian/excalibur.html.

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