Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
Subscrever por e-mail
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Hoje partilham-se duas notícias. Uma alerta-nos para o consumo de água responsável e outra para os perigos das bicicletas elétricas... Infelizmente. Andar a pé pode ser mesmo muito positivo pois reparamos em detalhes que nos passariam despercebidos caso fossemos em deslocação mais rápida.
Hoje partilham-se os 2os e 3os lugares do Concurso Literário.
Parabéns!
Obrigado a Teresa B., Karina I. e Lince Verde pelo trabalho cuidado na leitura e seleção dos trabalhos recebidos.
Fica também o convite para conhecer o Jardim Botânico de Coimbra.
Aqui a ligação que poderá ser copiada e utilizada:
https://www.uc.pt/jardimbotanico/
É um local muito interessante que vale a pena conhecer.
2º Lugar Do mergulho, por Ana Pereira Murmúrio da água, por Luisa Andrade Rio, por ANogueira
3º Lugar Miragem /Fata Morgana, por Alberto Arecchi (Itália) Progresso, por Suzane Oliveira Mar, por Luciane Almeida
Menções honrosas Voa Passarinho, por Lenne Meblynne Lágrimas, por Luciane Almeida Amar(elo), por Brunno Andrade Sinais da Natureza, por Neida Rocha Água, por André Barros Aurora, por Francisco Fernandes Inspiração da Paixão, por Daiane Macedo As conchas, por David Ehrlich
Nota: A Antologia irá incluir um conjunto adicional de trabalhos de outros autores que participaram no Concurso.
Aqui ficam os poemas no 2º Lugar:
Do mergulho, por Ana Pereira
"Na beira da estrada Avisto imensidão azul Ânsia demasiada Lanço-me para as águas do sul
Um pé de cada vez Toca teu solo sagrado Envolvida em tuas mercês Coração bate acelerado
Teu cálido beijo Beija meus pés Suave desejo Mergulhar em tuas marés
Em pouco tempo Submersa em teu mar Para longe o tormento Que sufocava o meu ar
Tuas águas, ó oceano Abraçando-me sem fim Nesse amor cigano Curando o que doía em mim"
Murmúrio da água, por Luisa Andrade
Sou água que escorre, devagar, bem suave, do seio da terra. Sou essência, sou paz, respiro de vida que vida lhes traz.
Sou chuva, sou rio, gota delicada, olho d’água no chão. Sou tempestade, cicio, geleira, enxurrada; no mar, imensidão.
Sou alimento primeiro, revigoro, mato a sede; da natureza, esperança. Sou o caminho certeiro, essência pra todo vivente; no amanhã, confiança.
Sou umidade necessária à planta que rompe e cresce, à árvore bela e frondosa, que embeleza e oferece ar puro, alimento, alegria, como mãe tão cuidadosa.
Se acaso falta o cuidado, se há desperdício desregrado e o homem a árvore abate, o ser vivente, coitado, à escassez é fadado, e a vida em lágrimas se verte.
Ouça então meu murmúrio, meu grito, minha prece, meu clamor: – Defenda a vida, sem demora! Serei então suavidade, manso rio, como canção de paz, de amor na doce voz de Cesária Évora.
Rio, por ANogueira
Rio... Água que nasce da pedra, No seio da terra, no verde da mata, Ou no clarão do vazio, como um fio.
Rio... Água clara, sem cor, sem sabor, Vai engrossando, ganhando volume, Abre caminho, irriga o estio.
Rio... Água que vence barreiras, Que faz corredeiras e poço profundo, Margeia a prainha, acalma o cio.
Rio... Água que chega à cidade, Debaixo de ponte, garante o pescado, Margeia o progresso, suporta navio.
Rio... Água que agora tem cor, tem sabor, Gosto de lama, cheiro que agride, Lançam-te esgoto, lixo, ficas sombrio.
Rio... Água cinza, não nascestes assim, Não há mais pescado, não se pode banhar, Não desistes, continua teu rumo, bravio.
Rio... Água que vence a metrópole, segue seu desafio. Seu curso agora é triste, lento, fastio. O mar o acolhe, está vencido o desafio. Com brio!