No início de Outubro, Alfama, terra da alegria - Primeira Publicação
E ainda que Alfama seja sempre terra de alegria, sempre, pois é feita de pessoas livres como o vento, que lhe seguem os passos, aqui fica um poema mais triste, ironicamente belo e escrito pela poetisa brasileira Viviane P.
FADO
Eu fui grande um outro dia,
O meu nome era alegria,
Eu amava tal Maria,
Sempre sol era o que eu via.
Meu sorriso reluzia,
Minh´ alma se expandia,
Eu sonhava e não dormia.
Era noite, ouvi um fado,
Meu olhar ficou parado,
Nas lembranças do passado,
E eu fiquei logo cansado.
Descobri que ao meu lado,
A tristeza tinha estado,
Eu sofria, um coitado!
Madrugada, eu entendi,
Alegria eu não vivi,
E em Alfama descobri,
Naqueles bares em que caí,
Os fados todos que esqueci,
Cujas letras eu bebi,
E embriagado eu me vi.
E me vi em muita dor,
Em um fado de amor,
Deste fado, eu sou cantor,
Mostrando todo o esplendor,
De ser fadista, um sonhador,
Vou com ele onde for,
Pois, sou do fado o senhor!
É também com enorme satisfação que anunciamos para breve o Concurso Literário "Natureza 2018-2019".
Até breve.