Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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Eu ando pelas escadarias de cristal - embaixo o mar – Um navio de velas brancas e dourado o mastro vejo singrar. Ponho as paredes de minha casa de vento e pó O meu limite é o Universo - não estou só. Lá fora gritam os homens, cantam os pardais, passos distantes no horizonte descansam em paz. E ao por do sol, a bênção desce como orvalho, chuva e neblina E para dormir recito as preces de menina.
Apanhem todos os átomos do infinito; com eles vou construir sino, melodia, canção.
É forte e viva a alma que não se dobra e só entende a linguagem do coração.
NOTA: apenas texto, sem formatação especial de texto.
Passavam pelo ar aves repentinas O cheiro da terra era fundo e amargo, E ao longe as cavalgadas do mar largo Sacudiam na areia as suas crinas.
Era o céu azul, o campo verde, a terra escura. Era a carne das árvores elástica e dura, Eram as gotas de sangue da resina E as folhas em que a luz se descombina.
Eram os caminhos num ir lento, Eram as mãos profundas do vento Era o livre e luminoso chamamento Da asa dos espaços fugitiva.
Eram os pinheiros onde o céu poisa, Era o peso e era a cor de cada coisa, A sua quietude, secretamente viva, A sua exaltação afirmativa.
Era a verdade e a força do mar largo Cuja voz ,quando se quebra, sobe, Era o regresso sem fim e a claridade Das praias onde a direito o vento corre.