Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
Subscrever por e-mail
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Hoje pensamos um pouco sobre moda e ambiente, depois lemos um poema por Rui M. e finalmente, homenageamos Avicii (Tim Bergling), o DJ Sueco que partiu prematuramente a 20 de Abril de 2018.
O ambiente e a moda:
O conceito de “armário capsula”, já conhecido por tantas pessoas pode ser algo muito amigo do ambiente. Trata-se de ter um número limitado de peças de roupa que combinam perfeitamente umas com as outras e, portanto, significa ter menos roupa e utilizar mais a que temos.
Assim, se a nossa procura por roupa diminui a produção de roupa, eventualmente, também diminuirá, idealmente na mesma proporção, o que significa um estímulo a uma menor utilização dos recursos naturais.
Não defendo que a nossa vida se torne um suplício, no que diz respeito a vestir algo que gostamos, não o fazendo porque queremos ser mais “verdes”.
Fica apenas um “lembrete” relativamente a esta ideia, que até podemos tentar aplicar em parte. Porque não?
“Rosa Azul” por Rui M.
I
Doce é o vento do teu céu,
Que cai suavemente sobre os vales profundos
E os verdes que neles habitam,
Recobrindo os seus monstros, que neles vivem,
Quando liberto a minha imaginação, pura,
Sem a alegria da novidade, porque,
Tudo em ti me aprisiona com a tua força,
Feita de encantamento, como numa história
Das mil e uma noites e de uma esplanada
Na noite de faculdade.
De sonho é esse vento que me abraça,
Que beija as tuas faces e as de todos,
Que vem e tudo preenche,
Tal como quando uma criança adormece,
Embalada com a correria da tarde e já
Não sente o corpo; e seja o prolongamento
Do ambiente que a envolve e lhe garante tudo:
O futuro e ela são, então, suportados pela natureza.
A mãe de todas as cores e também tua mãe,
Que és azul como nunca uma rosa foi.
II
Não fosse o ser humano parte da natureza,
e tu não serias natural…
Fosse o mar sempre verde esmeralda ou escuro,
e tu não serias da cor dos oceanos…
Fosse eu imensamente desatento,
e tu não me surpreenderias tanto…
Sou atento, já não me julgava capaz de sentir surpresa.
Não fosse este mundo às vezes tão injusto…
Não te seria eu tão grato, por existires.
Não há espinho em ti que não seja meu,
porque o sangue que foge dos meus dedos
é a liberdade de te acariciar tal como és,
quem ama, ama plenitude,
não há dor que suplante o amor.
Estou certo, não sei porquê,
que terias sempre de existir,
para que o universo fosse pleno
e o azul do cosmos que cintila,
nos anéis de gelo e pó de Saturno,
decidiu repousar, em ti,
Vénus século XXI, que o seduziste,
até um só serem.
Como o arco e a mão de criança,
que brinca, brinca, brinca.
Por Avicii.
Este vídeo, além de ser muito apelativo, mostra-nos muito verde e inspira-nos a seguir sempre em frente.
Junho começa com o Dia da Criança. Símbolo também da esperança, futuro, sonho e presente.
Em Portugal, neste Junho, pela primeira vez, recorda-se o um ano após as mortes nos fogos florestais de 2017; sobretudo a tragédia de Pedrógão. Todos nós sabemos o que isso significa e significou; não é necessário, portanto, esclarecer o que esclarecido está. Queremos um novo horizonte mas, ainda neste mês de Maio esse evento, muito atual, se fez de novo nos seus tons próprios. Faleceu uma pessoa anónima, de seu nome João, a cortar erva/mato quando caiu de uma barreira com cerca de 2 metros de altura. Fim breve e com a simplicidade que fora a sua vida. Convém homenagear o anónimo, pois quem o faz?! O herói simples do dia comum que ninguém menciona por não se julgar merecer o gasto de tempo na escrita de um breve texto. Aquele que mesmo que fosse esquecido, ninguém repararia nesse facto e para quem ninguém tem necessidade de fazer a derradeira vénia publica. A homenagem aos mais notáveis faria quase um sentimento de dignidade a quem a faria mas, neste caso, esse sentimento é-nos mais pessoal, um exemplo, vindo de uma parte do mundo mais remota.
Entretanto, voltando a página, redescobrimos ou recordamos a combinação ardente de 2017: fogos florestais e a Feira do Livro de Lisboa. Em 2018, a pena mecânica criou mais um exército de livros comercialmente dispostos e apresentados (quase sempre), no Parque Eduardo VII. O tempo mais fresco brindou o país com a sua presença “salpicada”, um ou outro dia, com subtil chuva, pelo menos até ao dia de hoje. Mas será Junho assim tão morno?
À parte de perguntas como esta, “difusas”, dizem as “más línguas” que uma imagem pode erradicar a necessidade de 1000 palavras; motivo pelo qual vos oferecemos estas fotos:
Queremos acreditar que este ano a Feira terá ainda mais visitantes; nota-se uma enchente de famílias, de leitores, de turistas, de simples “olharapos”, que parece antever tal hipótese. Sem esquecer a nostalgia de feiras passadas… Afinal, onde está o telescópio que nos permite ver, lá longe, a lua cheia, redonda e perfeita como gostaríamos que fossem as nossas vidas?! As poesias impõem-se pois novamente.
Por Joan B. (EUA – Califórnia)
WHY ME?
There are so many times in one’s life
When we quietly murmur “Why Me?
Complications, frustrations and worry
Seem to take over our lives and
Depression sets in.
We must remember that we are not alone
In how we feel.
The world today is full of negative images and writing.
How much more do we need to take hold of our own
Self in a determination to bring thoughts that are positive.
We are thankful for the gifts we have been given
And take in the beauty that surrounds us in nature.
Healing does not take place overnight but as we
Take one day at a time and look at a beautiful sunset or
Perhaps an aura of a rainbow stretching across the sky,
We look to our future with strength of mind and the knowledge
That there will be brighter days ahead.
Tradução para Português, por Rui M.
Porquê eu?
Quantas vezes na vida de alguém Quando silenciosamente murmuramos “Porquê eu?” As complicações, frustrações e a preocupação Parecem dominar a nossa vida e A depressão se instala. Temos de nos recordar que não estamos sós Na nossa forma de sentir. O mundo dos nossos dias está repleto de imagens e literatura negativa. Tornando tão maior a necessidade de nos apropriarmos da nossa própria literatura Com a determinação para materializar pensamentos positivos. Nós estamos gratos pelos presentes que nos têm sido dados E tomamos para nós a beleza que nos rodeia através da natureza. A cura não acontece durante a noite mas na forma como nós Encaramos cada dia de cada vez e vemos um maravilhoso pôr-do-sol ou Talvez a aura de um arco-íris que se espraia pelo céu. Nós olhamos para o futuro com confiança e o conhecimento De que haverão dias mais cintilantes à nossa frente.
Nota: Dedicamos este poema a todos quantos sabem o que é a depressão e a todos quantos respeitam esta doença; em especial aos bons, os verdadeiros, profissionais de saúde que se preocupam com a dignidade da pessoa. Aqueles e aquelas que abraçaram a sua profissão por vocação e não como resultado de um mero exercício contabilístico.
E também se impõe a alegria de perceber que o livro que originou este blog, “Tales For The Ones in Love” já chegou ao Brasil. Ei-lo forte e intemporal, nas mãos da talentosa Escritora Brasileira Maria Coquemala.
Para terminar, fiquemos com a força das ideias, feitas música.