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Contos das Estrelas

Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)

Contos das Estrelas

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Concurso Literário Internacional Natureza 2022-2023

por talesforlove, em 29.01.23

Voltamos a divulgar a Edição 2022-2023 do Concurso Literário Natureza. Esta Edição tem aqui uma revisão dos seus objetivos pois a realidade atual assim o exige, pelos mais diversos motivos, não sendo justificável restringir ou modificar muito, este ano, as possibilidades de participação. Ainda assim também a equipa do Concurso vive tempos muito diferentes dos vividos em outros anos pelo que não poderemos aceitar contos. Agradecemos a vossa compreensão. Esta versão do regulamento substitui a anterior.

O convite é semelhante ao endereçado em 2020-2021:
https://contosdasestrelas.blogs.sapo.pt/concurso-literario-natureza-2020-2021-92476


Igualmente em:
https://contosdasestrelas.blogs.sapo.pt/a-antologia-natureza-2018-2019-61634

 

O mar é essa imensidão de água que nos acolhe, com o seu ondular e, lá longe, os pedaços de terra a que chamamos continentes. É o vento que eleva as ondas, tal qual um sinal distintivo da sua influência sobre os climas; afinal, existem estudos que afirmam que a velocidade dos ventos marítimos é superior em 6 % à velocidade que se verifica nos ventos terrestres (Barthelmie, R. et al., 1994). Assim, se revela poético este nosso escrever sobre esta outra terra coberta de água sobre a qual não caminhamos, mas sonhamos. Enquanto a maresia, com o seu som profundo, nos inspira… qual sereia fora d’época.

E para que existam lágrimas, de tristeza ou felicidade, nas nossas faces, mas também a criação poética, existe uma imensa evaporação marinha, a grande fonte de água na atmosfera, influenciando o ciclo hidrológico (Peixóto, J.P., 1983). Afinal, a água é vida, diz-se ser esta afirmação lugar-comum, e a poesia o seu espelho de interior encanto. Bebamos um copo de água, como brinde, a este continente lar de algas, focas e baleias azuis tais quais corais viajantes, por tempos e paisagens submersas em sal.

 

O Regulamento para 2022-2023 é o seguinte:

1. A participação neste concurso é gratuita;

2. Qualquer pessoa de qualquer país pode participar desde que submeta trabalhos escritos em português. No caso de trabalhos não submetidos por autores cuja língua materna não seja a portuguesa, fica o convite a que submetam também um poema na língua materna respetiva. Assim, estes autores têm como limite 3 poemas (o poema em português que desejam acompanhado pela sua tradução ou versão na respetiva língua materna e um outro apenas em português);


3. Cada participante pode enviar dois poemas, sem limite de palavras. Este ano os contos em prosa não são aceites por falta de disponibilidade da equipa, todavia pequenos contos em forma de poesia até ao limite de 100 palavras podem ser admitidas;

4. As obras devem ser enviadas por e-mail para Rui M. (blogsnat@gmail.com) juntamente com nome, país, contacto eletrónico. O assunto do email deve ser "Concurso Literário Internacional 'Natureza - 2022-2023'". Espaçamento entre linhas: espaçamento simples; Dimensão da letra: 12; textos no corpo do e-mail e não em ficheiro;

5. Os autores participantes concordam em receber e-mails no futuro que tenham como objetivo principal divulgar futuras iniciativas literárias. Devem subscrever o blog (caixa no topo). A subscrição não é obrigatória mas ajuda quem concorre e o próprio blog. Poderá subscrever, caso aceite este convite, por favor, através da caixa no topo ou por RSS em http://contosdasestrelas.blogs.sapo.pt/data/rss ;

6. Os finalistas vencedores dos 3 primeiros prémios têm direito a um certificado digital;

7. Todos os poemas selecionados serão publicados em Antologia, que estará disponível em formato PDF, com um custo de 2,5 € (pagamento de uma doação pelo PayPal). Os autores premiados têm direito à Antologia gratuitamente;

8. Direitos do autor: os autores têm os seus direitos sobre os trabalhos publicados, a fim de publicar como quiserem em qualquer outro lugar. A organização do Concurso detém direitos totais sobre os trabalhos publicados no contexto da Antologia digital do Concurso ou Obra do Concurso em papel, que eventualmente venha a existir no futuro;

9. Prazo para participação: até 1 de Junho de 2023;

10. Os resultados finais serão anunciados cerca de dois meses depois do final do concurso em http://contosdasestrelas.blogs.sapo.pt e, quando possível, em outros websites a indicar no futuro próximo;

11. Este ano não haverá publicação impressa;

12. O primeiro classificado terá direito a um prémio: obra literária pela Escritora Maria Coquemala.

 

Membros do júri:

 

Lince Verde
Escritor Português
Com ligação à Universidade de Lisboa

 

Karina Issa
Escritora Brasileira

 

Teresa B.
Escritora (Poeta) Portuguesa

 


Poema inspirador:

2º Classificado do Concurso Literário Natureza África 2022
"Estação Seca (cacimbo, inverno)"
por Fernando Manuel Bunga (Angola)

Mergulho no rio –
A água transparente revela
o homem no fundo

Vejo os peixinhos
que mordiscam o meu pé –
N'água transparente

Sereno da manhã –
A gota d'água no vidro
baixa lentamente

Sereno da manhã –
A gota d'água pende
na ponta da folha

 

Obrigado. Até breve, com votos de escrita criativa.

 

Imagem inspiradora:

flor arame.jpeg

 

Vi-te nesse teu calor de cor
Amei-te nessa tua imagem de Primavera
Fui o teu servidor, com amor,
Sou o músico que te embala,
em sonhos de cloroplastos e mitocôndrias.
Eleva-se em mim o teu verde vida.

 


Fica ainda esta publicação de interesse:
https://contosdasestrelas.blogs.sapo.pt/um-poema-ao-sr-manoel-de-oliveira-76340

 

Bibliografia

Peixóto, J.P. e Oort, A.H. (1983), “The hydrological cycle and climate”. In: Street-Perrot, A., Beran, M., Ratcliffe, R. (eds) Variation in the global water budget. Springer, Dordrecht. https://doi.org/10.1007/978-94-009-6954-4_2

Barthelmie, R J; Courtney, M S; Hoejstrup, J; Sanderhoff, P (1994), “The Vindeby project. A description”, Technical Report, Risoe National Lab., Roskilde (Denmark).

 

2 de Abril de 2019: Água, Ambiente, Moçambique e “Rosa Branca, Floresta Negra”

por talesforlove, em 02.04.19

A água é considerada fonte de vida, sem dúvida, mas, o furacão Idai com o a sua força e água associada acaba por ser um exemplo de que esta, quando em excesso, pode ser uma fonte de morte. A falta de água, ao contrário, provocando uma seca, como tem sucedido várias vezes em Portugal Continental durante este século, tem suscitado forte preocupação e também ela exige uma adaptação da nossa forma de viver.

 

Água fonte de vida

 

Ontem e hoje recomeçou a chover abundantemente em várias regiões de Portugal, sendo, sem dúvida, um sinal de esperança para todos nós.

Mas, veja-se o que estava a suceder em Portugal antes destas chuvas:

https://www.ipma.pt/pt/oclima/observatorio.secas/

 

A situação é de tal modo digna de atenção que já existe um “Observatório das Secas”. A necessidade de novos comportamentos torna-se importante, portanto, para acautelar um futuro mais seguro para todos nós. Por exemplo, se tivermos em atenção o custo do tratamento da água potável que bebemos nas nossas casas e que sai das nossas torneiras, talvez, seja uma boa ideia aproveitar captar e armazenar alguma água da chuva, quando possível, para pequenas tarefas diárias como lavar vegetais ou lavar janelas ou o carro. Imagine-se o impacto que este pequeno gesto teria se multiplicado por muitos lares. Repare-se que mesmo a água utilizada para estas tarefas simples é tratada como se fosse utilizada em consumo humano. Algo que só pode ser justificado pelos custos de distribuição da água, a qual não deve ser feita de forma duplicada.

 

Furacão Idai e Morte em Moçambique e África

 

É certamente do conhecimento de todos nós o impacto que o Furacão Idai teve em África e sobretudo em Moçambique. Muitas vidas roubadas, localidades inteiras destruídas, de novo o debate sobre as alterações climáticas e mesmo a localização de habitações face ao mar, cujo nível médio das suas águas tende a subir.

Basta olhar para estes dois jornais online e podemos ver detalhes que nos podem fazer levar a pensar na efemeridade das nossas vidas e da sua fragilidade:

https://www.mundoportugues.pt/tag/ciclone-icai/

https://www.publico.pt/mocambique?page=2

 

É neste contexto que aqui deixamos um poema por Stelio F. que obteve o 2º Lugar na Categoria Poesia no Concurso Literário “Natureza 2018-2019” (Versão em Inglês)

 

Paint me

 

Paint with forgetfulness

like the wall of time

with smoke flashing souvenirs

in all private emotions

Paint me with a brush

Paint me

grab me

No brush

With coal

  ripping me off the ground

slowly paint without haste

with dry ink

that prides itself

on this screen that is life

without coming

in the roots of my being

from my intimate pleasure

 

Tradução para Português por Rui M.

 

Pinta-me

 

Pinta com esquecimento

tal como a parede do tempo

com lembranças psicadélicas de fumo

com todas as emoções privadas

Pinta-me com uma escova

Pinta-me

Agarra-me

Sem pincel

Com carvão

   arranca-me do chão

pinta-me lentamente sem pressa

com tinta em pó

que se orgulha

neste ecrã que é a vida

sem vir

nas raízes do meu ser

do meu prazer íntimo

 

foto2ok.jpg

foto3ok.jpg

 

 

“Vozes da Primavera” (2017) por Maria A. S. Coquemala

 

Novamente, com a Primavera, justifica-se uma nova visita ao livro “Vozes da Primavera” (Editora Porto de Lenha, Brasil, contato@portodelenha.com) o qual nos encanta com a beleza da sua escrita. O livro é composto por um conjunto de contos com uma prosa muito cativante e com um ritmo muito próprio. Sem dúvida, uma oportunidade de leitura cativante e instrutiva, nesta Primavera que agora começa (em Portugal).

 

É tempo agora de olhar, pela primeira vez, um livro que nos fala de personagens que salvam as suas vidas na Floresta Negra. As árvores bebem a água para viver.

 

Um primeiro olhar sobre o livro “Rosa Branca, Floresta Negra”, por Eoin Dempsey (Irlanda)

 

“Aqueles que queimam livros acabarão um dia por queimar pessoas.” Esta parece ser a frase-chave no livro “Rosa Branca, Floresta Negra” (Editora Minotauro) a qual se bastaria a si mesma para nos fazer pensar. A profecia desta frase concretizou-se durante o regime Nazi na Alemanha da 2ª Guerra Mundial. Não será o objeto livro que está em causa mas sim as ideias que nele se perpetuam e através delas as pessoas que com elas viveram e nelas acreditaram. Hoje, os nazis poderiam queimar equipamentos kindle, por exemplo, para alcançar o mesmo propósito. Em “Rosa Branca, Floresta Negra” a crueldade contra as outras pessoas surge-nos como um crescendo: 1º anulam-se as pessoas psicologicamente, de forma cada vez mais absoluta, e depois, em 2º lugar, anulam-se fisicamente… Talvez hoje os Nazis tivessem de desligar toda a internet pois a liberdade não era um valor em que confiassem. 
Quem não se adequava aos padrões de Adolf Hitler, o Furer, seria aniquilado fosse ou não fosse Alemão e foi isso que a heroína, a enfermeira Franka Gerber, viveu, perdendo toda a família, ainda que o seu pai tivesse sido morto por um bombardeamento dos Aliados a edifícios civis. Fruto da depressão profunda que se apoderara dela, ela dirigia-se um dia para a Floresta Negra, para se suicidar, mas, todavia, não o fez, porque encontrou um soldado recém caído de paraquedas na neve, com ambas as pernas partidas. Salvando-o salvou-se.

 

[Continua]

 

Até breve.

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