A assassina silenciosa
Recentemente, mais concretamente na Revista Visão, nr. 1562.9/2 a 15/2/2023, no dossier verde, Luís Ribeiro apresenta alguns dados sobre a “assassina silenciosa”, ou seja, a poluição do ar. Ficamos a saber, por exemplo, que em Lisboa os valores de dióxido de azoto chegam a ser 4,5 vezes superiores ao máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde.
Sem dúvida são dados dignos de nota. Mas o que temos nós feito de diferente para que esta situação não se verifique? Em 2020 muitas pessoas ficaram felizes porque, no meio de uma enorme tragédia, cujas consequências ainda são reais, existia algo positivo: a poluição do ar havia diminuído radicalmente.
Atualmente, causa alguma estranheza o número elevado de automóveis a circular em Lisboa. Talvez não seja demasiado perguntar o que temos feito? Sim, novamente a mesma questão. Naturalmente que as deslocações ao trabalho podem implicar a utilização do automóvel mas não haverá alguma deslocação de lazer a local relativamente próximo que não possa ser realizado a pé? Que tal uma caminhada ecológica?
E porque não utilizar alguns dias os transportes públicos mesmo que utilizando a máscara?
A esta realidade soma-se alguma seca que se parece sentir. Se se colocar um vazo com uma planta em local exposto poderemos ficar surpreendidos com o facto da sua terra fica seca passados alguns dias, se tanto.
Fica aqui hoje uma música para todas as pessoas que perderam alguém ao longo destes anos, pela pandemia, pela guerra, pela poluição, por tantos motivos. Na expectativa que a esperança por um mundo melhor não se esvaneça.
Fernando Daniel, Agir - Sem Ti
Até breve.