Hoje
Nestes dias de interrogação,
Sinto ventos que não conheço,
E pequenas coisas no coração,
Me pedem um eterno recomeço.
Até breve.
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Nestes dias de interrogação,
Sinto ventos que não conheço,
E pequenas coisas no coração,
Me pedem um eterno recomeço.
Até breve.
Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predilecta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer coisa natural —
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.
Até breve.