O aquecimento global e como o vemos...
Actualmente, a preservação do ambiente está na ordem do dia, por um lado, a poluição e a destruição dos locais naturais onde os animais e plantas selvagens vivem (são os ecossistemas que constituem os habitats dos seres vivos), e por outro lado, o aquecimento global. Este último, tal como inúmeros estudos pretendem demonstrar, desde a década de 70 do século XX, resulta da acumulação de CO2 (dióxido de carbono; 2 átomos de oxigénio – O2 – e um de carbono – C) na atmosfera, devido à ação do homem, quando provoca a poluição da atmosfera, sobretudo pela queima de combustíveis fósseis.
Porque este fenómeno é sobretudo “visível” com a “observação” de um número considerável de anos, existem muitas pessoas que duvidam da sua existência, e mesmo da sua real causa. Por exemplo, a subida das águas do mar são um dos fenómenos mais apontados como prova; portanto, é bom perceber que já é uma realidade... o divertido, fascinante, para os(as) mais curiosos(as), é compreender como se prova este facto; é simples: existem estruturas, à beira mar, como o marégrafo de Cascais, que medem a diferença entre a “altura” das águas na maré cheia e na maré vazia, sendo o ponto médio o ponto “0” (zero) da altitude nos mapas, a partir do qual se mede a altitude das montanhas em terra... Ora, como este marégrafo começou a funcionar em 1882, sabemos que, até hoje, o nível médio do mar subiu cerca de 20 centímetros. A estimativa, até 2100, é que venha a subir mais um metro, aproximadamente.
Fascinante... é também saber que a comparação da temperatura actual é feita relativamente ao seu valor médio entre 1850 e 1880, pois são necessários 30 anos, no mínimo, para calcular valores “atmosféricos” fiáveis e, adicionalmente, são anos anteriores à Revolução Industrial, época em que a máquina a vapor revolucionou a produção fabril e os transportes, e com a sua utilização o consumo de carvão subiu muito, levando à 1ª grande libertação de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera, devido à atividade humana!
Não temos fotos originais do marégrafo mas, convidamos a uma visita virtual, fascinante, a partir da página da Câmara Municipal de Cascais:
https://www.cascais.pt/noticia/mareografo-de-cascais-a-medir-mares-desde-1882
Em Portugal, por exemplo, existe ainda outro na Figueira da Foz e, no resto do mundo, existem em inúmeros países.
Nota: para mais informação recomenda-se a leitura do livro “Reportagem Especial Adaptação às Alterações Climáticas em Portugal”, de Bruno Pinto, Penim Loureiro e Quico Nogueira, editado pela primeira vez em Novembro de 2016.
Fica ainda uma fotografia noturna, no Jardim do Museu de História Natural de Lisboa:
Até breve.