Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)
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Tentativa de crítica literária da obra (IN) CONSTANTE (2018)
(IN) CONSTANTE é um livro de poesia que parte dos conceitos de inconstante, ou seja, que é instável, e constante, ou seja, que é firme, o oposto do primeiro. Todavia, logo na poesia UM se refere “Era noite e ela partiu.” Assim, física e emocionalmente o autor nos leva a um movimento entre estes dois polos da existência. Em impulso, este livro parece resultar do objetivo aparente de se pretender construir um “pêndulo poético” que confronta o “absurdo”.
Surgem muitas perguntas e muitas respostas ao longo desta obra que nos parece querer confrontar mais que apaziguar e, se nos apazigua, é porque, por vezes, nos relembra o que já sabemos, se o soubermos, como um relógio despertador que nos quer arrancar de um sono letárgico. A obra pode ser vista como um instrumento de questionamento e por essa via de moldagem da ação do leitor.
E, quando encaramos o poema TRINTA, que começa com:
“Viver
É como uma folha de árvore
Que cai numa tarde de Outono”
surge na nossa mente uma questão: “porquê?!” não nos surpreende um poema longo, talvez demasiado, arriscando a repetibilidade, atendendo a que refere o mito de Sísifo, ou talvez não o seja, considerando que a pergunta inicial remete implicitamente, neste caso, para complexidade, cuja resposta ou explicação não é banal.
Sim, este livro pela poesia sem rima, “livre” e questionadora, convida a releitura se a vida para isso nos preparar…
O livro: https://www.leyaonline.com/pt/livros/poesia/in-constante-ebook/
NOTA: Tal foi a força criadora do autor que alguns erros ortográficos passaram para esta primeira edição. Algo que pode esclarecer através do contacto disponível.
O sono profundo toma conta do meu ser; Vastos são os desejos que afloram no meu corpo ao fechar dos olhos; O véu da noite brilha radiante; como uma raposa do deserto, eu farejo os teus rastros, sinto a brisa fresca carregar o teu perfume por quilômetros sendo impulsionados pela poeira levantada do teu vestido de cor vermelho escarlate; Quando balanças teus cabelos e andas com teus passos largos, as flores em tua volta se envergonham com tamanha beleza e se escondem ofendidas; Tu não és musa, não és miss, muito menos princesa, mas o teu peso, a tua presença física e o teu poder sobre a natureza e os mortais te dão status de Deusa! No teu caminhar, até a tua sombra ganha vida, quando passas rente ao mar, o teu poder é sentido, deixando as ondas sem direção e longe da calmaria; Tu carregas em teus braços o segredo da sedução e da servidão, a magia das ilusões, a chama que aquece os corações dos puros, o sono dos amantes e a chave do que se chama amor! Tu atormentas os homens oferecendo desejos que jamais serão alcançados; Por que carregar tantos corações apaixonados no teu manto sagrado da perdição, se sabes que todos os homens jamais irão possuir o que querem de ti?
Amor à primeira vista
Real e lúdico ao mesmo tempo, energia paralisada; O mundo deixa os seus movimentos de rotação e translação para trás por alguns minutos; É o começo de uma vida a dois, sabendo que vai dar certo antes de acontecer; Troca de olhares cheios de mistérios e enigmas incompreendidos pela grande maioria dos seres vivos; Momento natural e único, eternizado com o doce sabor do tempo; Amor que já nasce com o tema de uma boa novela ou de uma bela poesia. Privilegiados, são os que sabem amar com o soprar do vento no rosto, com o calor crescente tomando conta do corpo sendo acompanhado de batidas aceleradas do coração. Amor a primeira vista, me perdoem os que nunca sentiram; confesso que é para poucos!