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Contos das Estrelas

Neste blog são apresentados conteúdos literários. Para qualquer assunto podem contactar o autor via ruiprcar@gmail.com. Aceitam-se contributos de outros autores, de 4 a 24 de cada mês, relativos ao tema Natureza ou Universo :-)

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2o Poema de Junho

por talesforlove, em 06.06.21

Aqui se partilha o Poema 2º Classificado do Concurso Literário. 

 

Lágrimas de sereia, por Regina Gouveia (Portugal)

 

 

As sereias leves dos cabelos roxos,

róseos, azuis ou de brancura alvar,

dançavam, lascivas, nas águas do mar.

Lembravam medusas.

Inspiravam poetas.

 

Dos seus olhos vagos e ausentes

se, porventura, lágrimas corriam,

com as águas do mar se confundiam.

Sereias, quais musas,

inspiravam poetas.

 

Talvez seus olhos verdes, de videntes,

previssem desgraças que rondavam o mar-

“Mermaid tears”, que nunca iriam chorar.

Lágrimas rudes, obtusas,

que não inspiram poetas.

 

“Plasticus marítimus”, espécie invasora.

Quando incautos humanos a criaram,

provavelmente não imaginaram

sequelas escusas,

que não inspiram poetas.

 

Pérfidas, “falsas medusas” infestam o mar,

ostentando as cores mais diversas.

Tartarugas ingénuas, pelo mar dispersas,

ingerem-nas, confusas.

Choram os poetas.

 

Plâncton “Errante”, alimentas seres marinhos,

de protozoários “insignificantes”

a raias, golfinhos e baleias gigantes.

A nenhum te recusas.

Cantam-te os poetas.

 

Pródigo, a maior fonte de oxigénio do planeta,

tu, minúsculo plâncton, tão generoso,

infiltrado por um inimigo poderoso.

“Esférulas intrusas”!

Choram os poetas.

 

Em que mares nadarão hoje as sereias

que enlouqueciam os marinheiros com seu canto?

Em que mares lembrarão medusas,

com seus cabelos longos e olhares de quebranto?

Em que mares recordarão tempos de glória?

Quiçá em mares de lágrimas, do seu sentido pranto.

 

Até breve.

A poesia de 1 de Junho

por talesforlove, em 01.06.21

Hoje apresenta-se o Poema Primeiro Classificado da Edição 2020-2021 do Concurso Literário Internacional Natureza.

Por ser Dia da Criança poderemos ceder à tentação de crer que apreciar uma poesia é algo que, verdadeiramente, apenas só pode ser real se tivermos a nossa mente aberta ao que nos rodeia, no sentido inocente. Não é verdadeiro este ponto de vista pois o que está em causa pode ser também ler algo emocional que se assemelha a ler uma história, como em um livro de 300 páginas. Um pouco exagerada na dimensão a comparação, é certo, mas o que interessa mesmo é o que temos pela frente e o que é retratado.

Este poema é um pouco de romance, é um pouco de natureza, muito de ligação entre humanidade e essa natureza e conta-nos uma história, se a ela estivermos abertos. Existe liberdade e alegria nestas palavras que nos trazem asas de imaginação. Uma música de floresta cheia de vida.

O melhor será mesmo ler e perceber o que está em causa. Fica o convite!

 

O gaio por Teresa Barranha (Portugal)

 

É a segunda vez que um gaio espreita a minha janela.

É do mais incomum, ver uma ave tão bela,

que parece trazer, naquelas penas azuis,

um pedacinho de céu.

E será isso mesmo…

Terão decidido em convenção,

todas as aves que se escondiam dos homens,

mostrarem-nos que há outras paragens

onde nos podemos olhar sem medo.

Até ver o gaio, na minha janela,

o homem era seu predador

hoje, esta ave tão bela,

mostrou-me que se veste de amor,

com aquelas penas de céu,

onde ele e eu

partilhamos o sentido da liberdade.

Liberdade que nasce,

primeiro, nos pássaros,

que cresce com a nossa imaginação,

e voa, com o gaio na minha janela,

sem precisar de o ter na mão.

 

 

Uma fotografia apelativa da Primavera.

tulipas para blog.png

 

Apresenta-se em breve o segundo classificado.

Até breve.

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